terça-feira, 24 de agosto de 2010

Defunto transforma-se em diamante


Agora a moda é, em vez de ser enterrado num caixão, ou ser cremado, transforma-se em diamante após a morte.
Ao custo de alguns milhares de euros e graças a uma sofisticada transformação química, uma empresa suíça garante ao falecido reservar o seu lugar na eternidade sob a forma de um diamante humano.
Na Suíça, a empresa Algordanza recebe todos os meses, entre 40 e 50 urnas funerárias procedentes de todo o mundo. O seu conteúdo será pacientemente transformado em pedra preciosa.
"Quinhentos gramas de cinzas bastam para fazer um diamante, enquanto o corpo humano deixa uma média de 2,5 a 3 kg depois da cremação", - explica Rinaldo Willy, um dos co-fundadores do laboratório onde as máquinas funcionam sem interrupção 24 horas por dia. Ou seja, cada defunto pode gerar uns 5 diamantes, ou mais, dá para distribuir para toda família.
Os restos humanos são submetidos a várias etapas de transformação.

Primeiro, transformam-se em carbono, depois grafite. Em seguida são expostos a temperaturas de 1.700 graus, finalmente se transformam-se em diamantes artificiais num prazo de quatro a seis semanas. Na natureza, o mesmo processo leva milénios.
-"Cada diamante é único! A cor varia do azul escuro até quase branco. É um reflexo da personalidade", - comenta Willy. A personalidade pela cor? Que coisa doida!
Uma vez obtido, o diamante bruto é polido e talhado na forma desejada fornecida pelos familiares do falecido para depois ser usado num anel ou num cordão.
Já pensou poder levar o seu ente querido, depois da morte, num colar ou anel? Se perguntarem sobre o falecido você vai poder dizer: - "Ele é uma jóia'".
Se roubarem o diamante é que é o problema, você vai ter que gritar: -"Roubaram o defunto, pega que é ladrão"!
O preço desta alma translúcida oscila entre 2.800 e 10.600 euros, segundo o peso da pedra (de 0,25 a um quilate), o que, segundo Willy, vale a pena, já que um enterro completo custa, por exemplo, 12.000 euros na Alemanha.

Como se pode ver, a moda tem tudo para pegar, é até mais barato transformar o defunto em jóia!
A indústria do 'diamante humano' está em plena expansão, com empresas instaladas na Espanha, Rússia, Ucrânia e Estados Unidos.
A mobilidade da vida moderna é propícia para o setor, explica Willy, que destaca a dificuldade de se deslocar com uma urna funerária ou o melindre provocado por guardar as cinzas de um falecido na própria casa. Vá pensando...