sexta-feira, 13 de junho de 2014

Dia de Santo António

Em Portugal, este mês de Junho, é um mês dedicado aos Santos Populares com festas e arraiais por todo o país, nas noites de Santo António, de São João e de São Pedro.
No dia 13 de Junho, é feriado municipal em Lisboa. As festividades da cidade são marcadas pelos desfiles de marchas populares, casamentos de Santo António, (com a celebração de vários casamentos em conjunto) e pelos arraiais nos bairros da cidade.
Pelas ruas, espalha-se a alegria e o cheiro dos manjericos, as ruas da cidade são enfeitadas, não esquecendo as casas e bairros históricos, que nesta altura ficam bastante coloridas com bandeirinhas, arcos e balões e o manjerico nas janelas.
Em Lisboa, as marchas populares de cada bairro desfilam pela Av. da Liberdade, enchendo a avenida, de centenas de figurantes, música, colorido e muito público.
Concorrem diversos bairros, que desfilam a cantar e a dançar, em trajes regionais. Cada marcha, arranja um padrinho, para dar carisma ao seu bairro e na maior parte das vezes eram pessoas do bairro que toda a gente conhecia. Depois começaram a escolher figuras conhecidas no país, como foi o caso de Amália Rodrigues.
Por volta dos anos 1990, a realidade dos padrinhos alterou-se, quando as marchas passaram a ter direito a intensa cobertura televisiva.
A partir daí, as marchas procuram ter padrinhos sobejamente conhecidos pelas pessoas, pelo público, porque isso arrasta mais apoiantes, mesmo que não sejam do bairro…
Também neste dia de Santo António, os foliões seguem a tradição e comem sardinhas assadas, caldo verde, pimento assado e broa, bem regado com o nosso excelente vinho, tinto ou branco, seguindo assim uma tradição bem portuguesa, que talvez seja um escape deste povo, que tem sido espremido e massacrado por uma troika sem escrúpulos, mas que não lhe tira a alegria e o bairrismo nestas festas de santos populares.

Mandei a tristeza embora
Ela não foi, sina minha
Alegro-me como posso
Com pão, vinho e sardinha.
Santo António é o santo padroeiro da cidade de Lisboa e conhecido como o santo casamenteiro, sendo o santo a quem os jovens devem pedir ajuda para arranjar namorada(o) e/ou casar.
Não resisto em aqui deixar um poema de Augusto Gil, dedicado ao Santo António

Saíra Santo António do convento,
A dar o seu passeio costumado
E a decorar, num tom rezado e lento,
Um cândido sermão sobre o pecado.
.
Andando, andando sempre, repetia
O divino sermão piedoso e brando,
E nem notou que a tarde esmorecia,
Que vinha a noite plácida baixando…

E andando, andando, viu-se num outeiro,
Com árvores e casas espalhadas,
Que ficava distante do mosteiro
Uma légua das fartas, das puxadas.

Surpreendido por se ver tão longe,
E fraco por haver andado tanto,
Sentou-se a descansar o bom do monge,
Com a resignação de quem é santo…
.
O luar, um luar claríssimo nasceu.
Num raio dessa linda claridade,
O Menino Jesus baixou do céu,
Pôs-se a brincar com o capuz do frade.
.
Perto, uma bica de água murmurante
Juntava o seu murmúrio ao dos pinhais.
Os rouxinóis ouviam-se distante.
O luar, mais alto, iluminava mais.
.
De braço dado, para a fonte, vinha
Um par de noivos todo satisfeito.
Ela trazia ao ombro a cantarinha,
Ele trazia… o coração no peito.
.
Sem suspeitarem de que alguém os visse,
Trocaram beijos ao luar tranquilo.
O Menino, porém, ouviu e disse:
- Ó Frei António, o que foi aquilo?…
.
O Santo, erguendo a manga de burel
Para tapar o noivo e a namorada,
Mentiu numa voz doce como o mel:
- Não sei o que fosse. Eu cá não ouvi nada…

Uma risada límpida, sonora,
Vibrou em notas de oiro no caminho.
- Ouviste, Frei António? Ouviste agora?
- Ouvi, Senhor, ouvi. É um passarinho.
.
- Tu não estás com a cabeça boa…
Um passarinho a cantar assim!…
E o pobre Santo António de Lisboa
Calou-se embaraçado, mas por fim,

Corado como as vestes dos cardeais,
Achou esta saída redentora:
- Se o Menino Jesus pergunta mais,
… Queixo-me à sua mãe, Nossa Senhora!

Voltando-lhe a carinha contra a luz
E contra aquele amor sem casamento,
Pegou-lhe ao colo e acrescentou: - Jesus,
São horas…
... E abalaram pró convento.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

Finalmente a Primavera!

Quando o sol nasce
Também há um renascer de vida
Uma beleza sem medida
Que aparece no horizonte multicolor
No murmurar que há na brisa
E mais tarde no fim do dia
A magia do sol-pôr

Poder desfrutar das flores,
Na magia dos odores,
Que em cada dia regressa.
Sentir nas tardes amenas,
Doces suaves, serenas,
E a Primavera finalmente começa!

Que alegria sinto
Ao ver em cada canto
Toda a magia e encanto
Ver os passarinhos a voar
No seu doce chilrear,
São a voz da Primavera

Para quem sabe sonhar
E pode desfrutar
O que de melhor há na Natureza
Por não a saberem proteger
Vão deixar morrer
Tanto bem, tanta beleza

No sonho que nos afaga
Somos tudo e somos nada
Tudo na vida é quimera
Dedico por isso,
Este poema à Primavera!

terça-feira, 13 de maio de 2014

13 de Maio - Dia de festa da Igreja Católica

Treze de Maio é uma data importante para toda a Igreja Católica. É o dia em que se relembra a primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima, acontecida em 1917, em Portugal, para os jovens pastorinhos Francisco, Lúcia e Jacinta.

Mas também hoje, faz 33 anos que o Papa João Paulo II sofria um atentado a tiros precisamente no dia 13 de Maio de 1981, quando abençoava a multidão, na Praça São Pedro, em Roma.
O Papa foi atingido por quatro balas disparadas de uma pistola de 9mm a uma distância a menos de 5 metros, pelo estudante turco Mehmet Ali Agca, então com 23 anos.
Duas balas atingiram o estômago, uma delas no braço direito e a outra, num dedo mindinho. Os cirurgiões realizaram uma operação de cinco horas e esperavam que o Pontífice se recuperasse, o que felizmente aconteceu e que foi considerado um milagre, uma vez que teve várias complicações…

Ainda hoje, as razões deste atentado, é um mistério para o público em geral, muita tinta correu e continua a correr sobre os motivos que estão por detrás da tentativa de assassinato do santo padre, inventando culpados, (desde uma ordem de Ayatolah Khomeini, passando por interesses do serviço secreto búlgaro (KDS) e acabando por uma conspiração dentro da própria igreja de Roma, que terá chegado através de um agente do Vaticano, identificado por Agca, como sendo o "padre Michele”) nada se apurou de concreto e assim, jamais saberemos a verdade e as razões que levaram Ali Agca a tentar assassinar o Papa João Paulo II.

O atentado de 1981 está ligado às “Aparições de Fátima” e à revelação da terceira parte do segredo (uma mensagem anunciada por Nossa Senhora de Fátima aos Pastorinhos, em Julho de 1917 e escrita por Lúcia na década de 40 dirigida ao Vaticano, Roma, em que descreve que na sua visão, o bispo vestido de branco na Praça do Vaticano que foi morto); mas, João Paulo II escapou de uma morte quase certa e não teve mais dúvidas depois de ler o Segredo: naquela visão da Irmã Lúcia, reconheceu o seu próprio destino e se convenceu de que a sua vida foi salva, ou melhor, lhe fora novamente dada, graças à intervenção de Nossa Senhora, que o protegera.
A bala foi guardada e levada pelo Santo Padre a Fátima, onde foi incrustada na coroa de ouro de Nossa Senhora de Fátima, que se encontra na redoma de vidro, na Capelinha das Aparições em Fátima, Portugal.









sábado, 10 de maio de 2014

Para ti, Mãe

Hoje é um dia dedicado à mãe e não podia deixar de aqui deixar um post, onde expresso aquilo que penso como mãe e como filha. Infelizmente a minha mãe partiu há alguns anos e, apesar das nossas diferenças, sempre a amei e respeitei. Sinto uma enorme saudade da sua presença, era a minha melhor ouvinte e conselheira.
Nenhum de nós é filho de uma chocadeira. Todos nós tivemos como primeira morada, o ventre materno e foi de lá que chegámos a este mundo. Quando cortaram o cordão umbilical que unia mãe e filho, separaram os corpos, mas não as almas de ambos. Essas continuam unidas e ligadas para todo o sempre, quer queiram, quer não.
Infelizmente não podemos escolher o modelo de mãe ou filho que gostaríamos de ter nas nossas vidas, ninguém é perfeito e por muitas razões que possam existir entre as duas gerações, uma mãe merece sempre respeito e carinho

Aqui está uma pequena história que ilustra a imagem de uma mãe:
Certo dia um homem ajoelhou-se e perguntou a Deus:
“- Senhor, diga-me... desde criança que vejo a minha mãe a chorar e gostava de saber porque é que as mulheres choram com tanta facilidade?
E Deus respondeu-lhe:
- Quando eu criei a mulher, tinha que fazer algo muito especial. Fiz os seus ombros suficientemente fortes, capazes de suportar o peso do mundo inteiro... porém, suficientemente suaves para confortá-lo. Dei-lhe uma imensa força interior para que pudesse suportar as dores da maternidade e também o desprezo que muitas vezes provém dos seus próprios filhos!
Dei-lhe a fortaleza que lhe permite continuar sempre a cuidar da sua família, sem se queixar, apesar das enfermidades e do cansaço, até mesmo quando outros desistem de lutar!
Dei-lhe sensibilidade para amar os seus filhos, em qualquer circunstância, mesmo quando esses filhos a tenham magoado muito... Essa sensibilidade permite-lhe afugentar qualquer tristeza, choro ou sentimento da criança, e compartilhar as ansiedades, dúvidas e medos da adolescência! Porém, para que possa suportar tudo isso, meu filho... eu dei-lhe as lágrimas, e são exclusivamente para usá-las quando precisar. Ao derramá-las, a mulher verte em cada lágrima, um pouquinho de amor. Essas gotas de amor desvanecem no ar e salvam a humanidade!”

À minha mãe:

Ainda dentro do teu ventre Mãe,
Aprendi a escrever poesia
prestando atenção aos sons da natureza
Escutando as aves na sua melodia
Sonhando com jardins de rara beleza!

Através de ti Mãe,
Aprendi o cheiro das flores
O barulho do vento, o ruído da maresia
Sensitivamente, provei muitos sabores

Mostraste-me o caminho da verdade
Pois tu própria trilhaste-o com sofrimento
Tu, que nunca conheceste a felicidade
Mas que deste amor a todo o momento

Morrer acontece,
Como tudo o que é breve e passa
Lembrando-me de ti, o meu coração estremece...
Mãe, que saudade…
Serás sempre lembrada com carinho
Porque Mãe, é eternidade!

FELIZ DIA DA MÃE!

terça-feira, 29 de abril de 2014

O primeiro selo...

Sabia que a antes da criação do selo, o destinatário é que a pagava quando recebia uma carta, criando assim um enorme número de devoluções?

Conta a lenda ou a história que, certo dia em Inglaterra, um homem vê uma jovem mulher recusar ao carteiro, entre lágrimas, uma carta do seu amado, por não ter dinheiro para pagar o transporte.

Nesses tempos, o pagamento no destino era uma realidade com um final incerto.

Conta-se que foi ao presenciar esta cena que Rowland Hill, membro do Parlamento do Reino Unido, terá tido a ideia de criar o selo postal, utilizando pela primeira vez a 6 de Maio de 1840, sendo assim o primeiro selo postal a circular em Inglaterra, para acabar com as tarifas a pagar no destino. Foi adoptada uma taxa nacional de 1 penny (centavo) paga pelo remetente.
O selo seria colado no canto superior direito dos envelopes, sendo a primeira estampa com o retrato da Rainha Vitoria a preto e branco conhecido como “Penny Black” que andou em circulação durante 40 anos. O selo foi mudando de cor e de feitio, deixando um interessante legado para interessados e coleccionadores.
Os selos passaram então a representar personalidades do país de origem ou traços culturais.
A chegada do selo foi fundamental para o sucesso da reforma postal, que revolucionou os Correios no mundo inteiro.



sexta-feira, 25 de abril de 2014

25 Abril (40 anos depois...)

Hoje festeja-se mais um ano da “revolução de Abril” em Portugal. Mas, quarenta anos depois, persistem, na sociedade portuguesa, resquícios da ditadura do ‘Estado Novo’, ou, os actuais governantes são os herdeiros do mesmo e a liberdade que tanto custou a ganhar pela luta dos oprimidos no tempo do salazarismo, perdeu-se.
Há muitas forma de perder a liberdade! Sem pão não há democracia, que se dilui no medo de se perder o emprego, entreabrindo a porta para a aceitação de limitações e condições, que pertenciam ao “antes” do 25 de Abril.
A Justiça é cara e não funciona. O alargamento da escolarização não correspondeu à qualificação nem à promoção da cidadania.
As aldeias estão desertificadas, nas ruas dormem cada vez mais os sem-abrigo; as cantinas das escolas quase não conseguem dar de comer a todos os que passam fome e que para a maioria, é a única refeição do dia; a “sopa dos pobres”, vê todos os dias a crescer o número de pessoas carenciadas; há filas enormes nos centros de emprego para ouvirem o desespero dos desempregados (porque eles, políticos, têm sempre emprego assegurado), choros de desespero nos aeroportos dos que são obrigados a emigrar, lares e hospitais onde os velhos são abandonados pelas famílias e a lista não tem fim.
Em suma, ao país real onde vivem aqueles a quem, há 40 anos, foi prometido as amanhãs cantantes, vitória certa na unidade de todos, o fim dos vampiros que tudo comem, além das indispensáveis “liberdade”, “igualdade” e “fraternidade”, nada existe!
A Liberdade vai sendo amordaçada. A igualdade, ou seja, os direitos dos trabalhadores estão ameaçados. Há, inclusive, empresários que agridem verbal e fisicamente os trabalhadores, em especial, mulheres, e as autoridades assobiam para o lado… A violência sobre a mulher não desapareceu e os jornais continuam a noticiar a morte de mulheres que não tiveram a devida protecção.
A desigualdade de género não se extinguiu. O desrespeito por quem pensa de forma diferente manifesta-se com frequência, gerando situações de intolerância e ostracismo. Para terminar, e a propósito, só me ocorre uma palavra de ordem muito gritada na Revolução:
A LUTA CONTINUA!
Pela democracia, claro!)

"Eu queria estar na festa, pá
Com a tua gente
E colher pessoalmente
Uma flor no teu jardim
Sei que há léguas a nos separar
Tanto mar, tanto mar
Sei, também, que é preciso, pá
Navegar, navegar
Lá faz primavera, pá
Cá estou doente
Manda urgentemente
Algum cheirinho de alecrim"

Chico Buarque


De todas as revoluções democráticas e populares já havidas no mundo, a Revolução Portuguesa de 25 de Abril, certamente, é uma das mais belas e poéticas. Inspira até hoje milhares de jovens e trabalhadores lutadores por um mundo melhor.
O vermelho dos cravos e a beleza das músicas e poesias que cantaram a revolução até hoje, emocionam profundamente os revolucionários pelo mundo.
Por isso,

25 de Abril SEMPRE!





sexta-feira, 11 de abril de 2014

A Páscoa é...

Chegámos à Primavera, que parece promover à abertura de novos caminhos, incentiva-nos a mente com pensamentos mais positivos, aquece-nos o coração e a alma.
Quando amanhece com sol, tudo nos parece mais leve, desbloqueado, trazendo-nos um novo brilho no olhar e um sorriso no rosto.
Esta é a época de ponderação, da boa vontade e, porque estamos a chegar à Páscoa, há um estímulo especial que nos faz sentir igualmente especiais:

A Páscoa é sinónimo de mudança
É partilhar a vida na esperança
É lutar para vencer todo o sofrimento
É ajudar gente a ser mais gente
É viver em constante libertação
É crer na vida que vence a morte
É dizer sim ao Amor e à Vida
É investir na Fraternidade e lutar por um mundo melhor…
É vivenciar a solidariedade
É renascimento e recomeço
É vermos que hoje somos melhores que ontem
É afinal uma nova oportunidade para melhorarmos aquilo que não gostamos em nós, para sermos mais felizes e conhecermo-nos mais um bocadinho
Desejo a todos uma FELIZ PÁSCOA, cheia de Paz, Amor e muita saúde!

sábado, 15 de março de 2014

Renascer

Agora que terminou a folia carnavalesca, que foi um pequeno mergulho fora da realidade, voltámos à dureza do dia-a-dia, onde a fantasia que nos trouxe uma alegria diferente e especial já não existe, onde as máscaras e pinturas podem esconder o que realmente sentimos, onde estranhos se parecem amigos, pelo simples facto de viverem o mesmo momento.
Quando qualquer período festivo termina, vem a calmaria de dias normais com as cobranças diárias a que normalmente nos submetemos, dos objectivos a serem atingidos, da convivência com pessoas que temos dúvidas, das incertezas do amanhã e do sentimento de estar só e voltamos a questionar a nossa vida…
Agora, que estamos perto da Páscoa, é um caminho para uma festa diferente de uma alegria contida, é a festa do Cristianismo, ponto alto do ano litúrgico, lembrando provações e lutas contra a injustiça e morte que, dolorosamente persistem no mundo.
Certamente não é por acaso que a Primavera e a Páscoa apareceram juntas, num renascer que inunda a natureza e as nossas vidas.
A Primavera aparece florida, o sol espreita menos tímido e tudo se renova, gerando vida.
A Páscoa, é a vitória depois da morte, sobre o Outono e o Inverno das nossas vidas.
Aqui fica, nesta época pascal, um pensamento do filósofo e pintor Jean Guitton:
“Tudo se passa como se fôssemos feitos de outra coisa, para um futuro não realizado, para uma felicidade ainda não obtida, para um “outro mundo”, para uma “outra vida’, para uma libertação das aparências opressivas, para uma vitória sobre a morte… “
Sei demasiado bem, que amadurecer, é ver o infinito cada vez mais perto de nós.
PÁSCOA FELIZ!

sábado, 8 de março de 2014

Dia Internacional da Mulher (2014)

Hoje, 8 de Março, é o dia internacional dedicado à mulher. É uma data para refletirmos sobre os valores e igualdade entre homens e mulheres. Infelizmente e embora estejamos no século XXI, ainda vemos mulheres que sofrem nas mãos de homens e em regimes políticos ou religiosos, que insistem em excluí-las da sociedade e puni-las em praça pública por dirigentes fanáticos como tem acontecido nos países islâmicos, entre outros.
Mais do que receber uma flor, neste dia 8 de março de 2014, confraternize com as pessoas mais importantes do mundo, aquelas que são mães, amigas, companheiras.
A todas as mulheres, namoradas, esposas, executivas e vencedoras, as que sofrem, que lutam e labutam, esta é mais uma data comemorativa para todas as mulheres sem excepção, que possam comemorar em pleno este dia no mais completo significado da palavra igualdade.

Mulher!
Que traz beleza e luz aos dias mais difíceis
Que divide a sua alma em duas
Para carregar tamanha sensibilidade e força
Que ganha o mundo com a sua coragem
Que traz paixão no olhar…
Mulher!
Que luta pelos seus ideais,
Que dá a vida pela sua família

Mulher!
Que ama incondicionalmente
Que se arranja e se perfuma
Que vence o cansaço

Mulher!
Que chora e que ri
Mulher que sonha…
Tantas mulheres, belezas únicas, vivas,
Cheias de mistérios e encanto!
Mulheres que deveriam ser lembradas,
amadas, admiradas todos os dias…
Para si, Mulher tão especial…
Feliz 8 de Março

terça-feira, 4 de março de 2014

CARNAVAL 2014

 A vida são dois dias e de Carnaval são... três!

Hoje é um dia especial: Terça-feira de Carnaval e amanhã será a Quarta-feira de Cinzas. Após o Entrudo, vem a Quaresma. (Aliás, chama-se Entrudo por ser precisamente entrada na Quaresma). E, de facto, já estamos na Quaresma.
A origem do Carnaval remete para uma série de elementos e ritos religiosos das antigas sociedades grega e romana entre 600 e 520 a.C.; e, no início, a festa era um agradecimento aos deuses pela fertilidade do solo. A Igreja Católica acabou por adoptar oficialmente o Carnaval em 590 d.C. – sim, mesmo o Carnaval cristão é uma festa que remonta à Idade Média e que se foi estendendo por toda a Europa. 
Por outro lado, já na época medieval, a Igreja assume estas celebrações, conferindo-lhes um novo significado: a preparação para o longo período de jejum, que são os quarenta dias da Quaresma. Daqui, o uso indistinto dos termos carnaval, do latim carne, vale, isto é, adeus, carne e entrudo, introitu , entrada. Que é como quem diz, adeus, carne que vamos dar entrada na Quaresma.
Em países como Itália e França, o Carnaval ocorria em formas de desfiles urbanos, onde os carnavalescos usavam máscaras e fantasias. Personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo também foram incorporados ao carnaval brasileiro, embora sejam de origem europeia.
O uso de máscaras, está relacionado com o facto de os nobres não quererem ser identificados nesses dias de excessos…
 
 Em Portugal, o feriado passou a ser comemorado a partir do século XV, nas festas chamadas “entrudos” influenciado pelas festas carnavalescas que aconteciam na Europa
Portugal tem uma grande tradição carnavalesca, que evoluiu ao longo dos anos e continua a levar multidões para a rua, com carros alegóricos, fazendo sátiras aos acontecimentos sociais onde os políticos são os mais visados. São muito populares as Matrafonas (homens mascarados de mulheres). Ao longo do desfile, os carros alegóricos também são acompanhados por outras figuras típicas, os divertidos Cabeçudos, ou seja, pessoas que vestem os fatos carnavalescos, aos quais foi adicionado um elemento bem típico – uma cabeça gigantesca, que lhes dá um ar tipicamente caracteristico Finalmente, também há a realçar as Marias Cachuchas, mulheres que se disfarçam de homem e que funcionam como o contraponto às Matrafonas, bailando pelas ruas e metendo-se com o público.

O REI DO CARNAVAL: BRASIL!
O Entrudo chegou ao Brasil, quando chegaram as primeiras caravelas portuguesas da colonização e receberam depois a influência das máscaras italianas no século XX e elementos africanos, com os escravos. 
No final do século XIX, começam a aparecer os primeiros blocos carnavalescos, cordões e os famosos "corsos". Estes últimos, tornaram-se mais populares no começo dos séculos XX. As pessoas fantasiavam-se, decoravam os seus carros e, em grupos, desfilavam pelas ruas das cidades. Aparecem então os carros alegóricos, típicos das escolas de samba actuais.
O Carnaval como o conhecemos hoje em dia, começou a tomar forma durante o Renascimento, quando as festas incorporaram os bailes de máscaras, as fantasias elaboradas e os carros alegóricos.
Muito mais que o Carnaval, o Brasil transformou-o numa festa de alegria, única em todo o mundo, onde o “Ô Abre Alas!”, música composta por Chiquinha Gonzaga, que foi a primeira feita especificamente para o Carnaval e cantada pela primeira vez em 1890; época em que os foliões passaram a usar as máscaras que são, até hoje, as mais tradicionais da festa, tornando o Carnaval no Brasil, o mais famoso do mundo, atraindo turistas de todos os cantos do planeta. É celebrado por todo o país e em cada uma das regiões assume um formato ligeiramente diferente, sem nunca perder as suas características principais: a música, a dança, a alegria e a descontracção.
A partir do século XX, o Carnaval foi crescendo e torna-se cada vez mais uma festa popular. Esse crescimento ocorreu com a ajuda das marchinhas carnavalescas. As músicas feitas de prepósito para esta época, deixavam o Carnaval cada vez mais animado e começam os primeiros campeonatos para verificar qual a escola de samba seria a mais bonita e a mais bem produzida.
Apesar do Carnaval mais famoso do mundo ser o do Brasil, ele é comemorado em muitos países e de muitas maneiras diferentes, de acordo com os costumes e tradições de cada nação.