terça-feira, 30 de junho de 2009

Educar & Ensinar


Numa escola oficial estava a ocorrer uma situação inusitada: uma turma de miúdas de 12 anos, que usavam baton todos os dias, removiam o excesso, beijando o espelho da casa de banho.
O director andava bastante aborrecido, porque a senhora da limpeza tinha um trabalho enorme para limpar o espelho ao final do dia.
Mas, como sempre, na tarde seguinte, lá estavam as mesmas marcas de baton.
Chegou a chamar-lhes a atenção durante quase 2 meses, e nada mudou, todos os dias acontecia a mesma coisa, até que um dia.... o director juntou as meninas e a senhora da limpeza na casa de banho, explicou pacientemente que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas que elas faziam por todo o espelho todos os dias.
Após uma hora de conversa, e elas com cara de gozo, o director pediu à senhora "para demonstrar a dificuldade que ela tinha com esse trabalho".
A senhora da limpeza imediatamente pegou no pano, molhou na sanita e passou no espelho. Nunca mais apareceram marcas no espelho!!!!

"Há professores e há educadores".

O mundo inteiro preocupa-se e pensa em deixar um planeta melhor para nossos filhos... Quando é que “pensarão” em deixar filhos melhores para o nosso planeta?"

Uma criança que aprende o respeito e a honra dentro de casa e recebe o exemplo vindo dos seus pais, torna-se um adulto comprometido em todos os aspectos, inclusive em respeitar o planeta onde vive...

Precisamos começar JÁ!

sábado, 27 de junho de 2009

Silêncio


Quem passa debaixo da minha janela,
ultimamente,
não ouve nada: só o silêncio!
Eu guardo-o como um luto fechado no meu peito,
amarrado com a tristeza e um fio de saudade.
Aqui dentro,
ele dorme como um cão vigia.
O meu grande medo,
é o seu sobressalto e...
ai de mim,
se me toma de assalto!
Quem por aqui passa,
não nota o meu lento e cuidadoso movimento;
só mesmo o barulho do vento.
Não quero lembrar que eu existo.
Ultimamente só quero silêncio.
Silêncio ...

sexta-feira, 26 de junho de 2009

O nó chinês


O folclore chinês desperta-nos sempre grande interesse! Nele se integra um grande leque de legados culturais ao longo de cinco mil anos da civilização chinesa, traduzindo-se através das nítidas características geográficas e étnicas em que é composto o território chinês.
Hoje vamos conhecer uma dessas artes folclóricas:
O NÓ CHINÊS!
Este, é um dos produtos artesanais mais conhecidos e populares em todo o mundo. A sua característica começa por ser um entrelaçado numa corda fina unida por diferentes nós, que formam desenhos, cuja finalidade é a de dar boa sorte a quem os adquira. Estes foram os primeiros nós e, com o passar dos anos, seguiram-se outros mais elaborados e coloridos.



Em chinês, o "Jie" (nó) significa harmonia e união e possui o som parecido com "Ji" que por sua vez, significa boa sorte, felicidade, longevidade e prosperidade. É por isso que o nó de corda, se tornou o portador de um símbolo da cultura tradicional chinesa.
Cada um dos nós chineses possui um nome específico, de acordo com a sua forma e significado, como por exemplo "Ruyijie", (o nó do desejo), ou "Panchangjie", (nó da longevidade) e por aí adiante... todos eles expressam os desejos de felicidade e boa sorte, reflectindo as antigas crenças assim como a aspiração do povo chinês pela sinceridade, bondade e beleza.
O nó chinês é uma arte milenar. Conta-nos alguns dos antigos arquivos históricos que, ainda nos tempos remotos, os ancestrais chineses registavam os vários assuntos do governo com os nós nas cordas. Esta tradição foi mantida até o surgimento dos caracteres primitivos. Durante a formação da civilização chinesa, a corda era muito usada. Na pronúncia chinesa, a corda tem o mesmo som da palavra “divindade”.



Há ainda uma lenda, onde se acredita que o dragão divino venerado pela nação chinesa pode ser considerado como "o descendente do dragão" e a corda parece justamente um dragão curvado. Na pré-história, a imagem do dragão-divindade era expressa através da variação de nós na corda.



O entrelaçamento da corda também era muito usado no quotidiano do povo chinês, como por exemplo, no vestuário, os chineses gostavam de entrelaçar panos na cintura para ajustar as roupas. Posteriormente, surgiu o nó em forma de botão. Os chineses costumavam utilizar um pedaço de jade como botão, usavam ainda várias pedras de jade presas a uma corda, formando um belo cinto. E, outra nota curiosa: os ancestrais transportavam os seus carimbos para toda parte e é por isso que muitos carimbos possuem um buraco para ser amarrado por uma corda para andar preso ao corpo. Os espelhos de bronze também possuem orifícios para facilitar o manuseio. Na dinastia Qing (1644-1911), o nó nas cordas era considerado uma arte.



O seu estilo era diversificado e era empregado como decoração. Hoje, é bastante utilizado em cortinas, liteiras, miniaturas para usar nos telemóveis ou nas malas das senhoras e em muitos instrumentos em geral.
O nó de corda possui ainda outras funções que ultrapassam o âmbito decorativo, pois são simbólicos. Por exemplo, é comum nos casamentos colocar o nó de corda na cortina do leito dos noivos, pois acreditam que impedirá que o casal se separe e que irá mantê-los apaixonados para sempre.
Colocar o entrelaçamento de corda numa peça de jade, significa o desejo de que tudo corra bem, que vá de "vento em popa"; nos leques, significa boa sorte e que tudo aconteça de acordo com o desejado pela pessoa que o possui. Muitas poesias chinesas também descrevem o nó de corda como um chamamento à prospriedade.
Fonte: adaptado da Rádio Internacional da China

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Desilusão...


A escola onde eu estudava na minha infância, teria eu uns dez anos, costumava encerrar o ano lectivo com um espetáculo teatral com a participação de alguns alunos. Ainda hoje é assim!
Eu adorava aquilo, porém nunca me tinham convidado para participar, o que me trazia uma secreta mágoa e confidenciei isso mesmo a uma colega que, soube mais tarde, foi contar à professora.
Talvez por isso, no ano seguinte, quando fiz onze anos, avisaram-me que, finalmente iria ter um papel para representar. Fiquei felicíssima, mas esse estado de espírito durou pouco porque escolheram várias colegas minhas para os desempenhos mais relevantes e a mim, coube-me um pequeno e muito reduzido papel sem ponta de importância. Hoje, passados tantos anos, acho que foi mesmo para me contentar o desgosto. Naquela altura a minha decepção foi imensa. Cheguei a casa em prantos e a minha mãe quis saber o que se passava.
Ouviu com atenção toda a minha história, entre lágrimas e soluços.
Sem nada dizer, ela foi buscar o bonito relógio de bolso do meu pai e colocou-o nas minhas mãos, dizendo:
- “Muito bem, o que é isto que estás a ver?”
- “Um relógio de bolso com mostrador e ponteiros” - respondi meio distraída.
Em seguida, a minha mãe abriu a parte traseira do relógio e repetiu a pergunta: - “E agora, o que estás a ver?”
- “Oh mãe, aí dentro deve haver centenas de rodinhas e parafusos, porquê?”
Começava a ficar surpreendia, pois aquilo nada tinha a ver com o motivo do meu aborrecimento. Mas calmamente ela prosseguiu:
- “Este relógio tão necessário ao teu pai e tão bonito, seria absolutamente inútil se nele faltasse qualquer peça, mesmo a mais insignificante das rodinhas ou o menor dos parafusos...”
Enfrentei o seu olhar calmo e amoroso, e então compreendi o que ela queria dizer: apesar do meu insignificante papel na peça de teatro, eu era uma "peça" tão necessária como qualquer outra, para formar um todo.
Esta pequena lição tem-me ajudado muito a ser mais feliz na vida, aprendi que, tal como a máquina daquele relógio do meu pai, quão essenciais são mesmo os deveres mais ingratos e difíceis, que nos cabem a todos.
Não importa que sejamos o mais ínfimo parafuso ou a mais ignorada rodinha, desde que o trabalho, em conjunto, seja para o bem de todos. E percebi também que se o esforço tiver êxito o que menos importa são os aplausos exteriores. O que vale mesmo é a paz de espírito do dever cumprido.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Dica de limpeza: VINAGRE

Está provado há muitos anos que o vinagre não serve apenas para uso culinário. Este poderoso ingrediente pode ser usado em todas as suas limpezas e pode assim livrar-se de produtos perigosos. É incrível como gastamos dinheiro com tantos produtos de limpeza, não é? Pois saiba que pode alterar muitos desses hábitos, uma vez que muitos desses produtos são tóxicos e perigosos para quem tem crianças pequenas em casa.
Nos anos 60, não existiam produtos especiais, apenas o sabão e o detergente OMO ou o TIDE para lavar a roupa. Lembro-me, na minha infância, lá em casa o nosso frigorífico era lavado por dentro com água quente e vinagre, por ser um bom desinfectante e igualmente, removia todos os odores.
Agora, a moda voltou por terem reconhecido a utilidade deste simples ingrediente culinário: O VINAGRE BRANCO, que pode ser aplicado na limpeza de toda a casa.
Aqui vão algumas dicas para o uso do vinagre, na limpeza de paredes, armários e até de panelas.
Além de ficar livre de produtos tóxicos, também pode eliminar odores, desinfectar e dar brilho aos azuleijos da cozinha e casa de banho com maior facilidade. E por um custo bem menor do que o dos imensos produtos comuns e alguns bem caros, que afinal fazem o mesmo trabalho.



LIMPE A SUA CASA COM VINAGRE E VERÁ OS EXCELENTES RESULTADOS OBTIDOS!

PAREDES: faça uma solução de vinagre e água morna em partes iguais.
Aplique-a sobre riscos de lápis e marcas espalhadas pelas paredes. Esfregue o local com um pano macio até que as manchas desapareçam. Este conselho vale também para as manchas de humidade.
ARMÁRIOS: para eliminar o odor de mofo, esvazie os compartimentos e deixe pernoitar, dentro do móvel, uma bacia com vinagre branco puro. Em seguida, passe um pano embebido nesse líquido pelo armário e deixe secar.
ODORES DE ANIMAIS: para eliminar o cheiro de urina e fezes dos bichos de estimação, remova a parte sólida dos resíduos. Em seguida, aplique uma solução de dois terços de água morna e um terço de vinagre branco.
 A seguir, aplique um pouco de vinagre puro sobre o local e deixe secar naturalmente.
CASA DE BANHO: remova o mofo da junção dos azulejos, aplicando uma boa quantidade de vinagre branco puro com uma escova de dentes velha.
 Deixe-o agir cerca de duas horas e, depois, lave a superfície com água e sabão. Para esfregar as saliências e sulcos de algumas peças de louça, use uma esponja macia embebida numa solução (meio a meio) de água e vinagre.
ROUPA: coloque num borrifador a mesma quantidade de água e vinagre branco. Aplique sobre manchas nas roupas antes de colocá-las na máquina de lavar. Para aumentar o poder de limpeza do seu sabão em pó, espere que a máquina de lavar encha e adicione à água uma chávena de chá de vinagre puro. Depois, deixe lavar normalmente.



E pronto! Experimente e comprove a eficácia da sua garrafinha de vinagre que, para além de ser óptima para temperar a carne de porco, entre muitas outras capacidades, é igualmente fantástico na limpeza da sua casa…

terça-feira, 23 de junho de 2009

Os leques (orientais)

O leque chinês concentrou ao longo do tempo a essência da cultura chinesa. A arte embutida no seu fabrico e na sua estética, nutre desta forma, a sabedoria milenar chinesa que ainda é usada por exemplo na dança tradicional chinesa.
Os leques começaram a ser fabricados na China há 3 mil anos. Os antepassados chineses utilizavam penas, bambu e seda na sua confecção.

Posteriormente, com o desenvolvimento da indústria do papel, este substituiu outras matérias primas empregues para cobrir a sua superfície.
Em 1975, numa tumba recém descoberta no distrito de Jin Tan, na Província de Jiangsu, foi desenterrado um leque com a superfície em papel e um cabo móvel de laca talhada.
Desde a dinastia Song, no século XXI, a China começou a produzir leques dobráveis em grande escala. As superfícies mais empregues, eram as de papel.
Além do seu uso prático, também servia como artesanato. Os literados chineses gostavam de escrever poemas e pintar os leques e oferecê-los depois de presente aos amigos ou à mulher amada.
No século XVIII, a obra "Leque da Flor dos Pessegueiros" criada pelo dramaturgo mais conhecido da China, Kong Shangren, descreve um romance que envolve um leque como tema principal.
Na obra clássica "O Sonho do Pavilhão Vermelho", também há poemas em homenagem aos leques. Até hoje, nas áreas rurais do Sul da China, as mulheres expressam o seu amor através de leques fabricados a partir do caule do trigo.
Nas zonas rurais da China, quando uma mulher se apaixona, constroi um leque e aguarda a chegada do verão para entregar nessa altura à pessoa desejada, onde mostra que ela deposita o seu amor e esperança através do leque.

Na primeira Festa dos Barcos Dragão, após o casamento, a família da jovem visita a filha levando presentes e, entre estes, o leque de caule de trigo é indispensável na casa dos recém-casados.
O número de leques pode variar entre 20 a 100. Estes leques serão entregues aos parentes do marido, a fim de manifestarem respeito e amizade.
Além do uso quotidiano, o leque também servia como objecto de honra nas cortes. Um leque de dois mil anos de história, descoberto nas ruínas de Mawang, em Changsha, Capital da Província do Hunan, testemunha isso.

O leque mede 1.76 m de altura e era sustentado por um escravo ou vassalo, que tinha duas funções: por um lado, servia como uma sombrinha; por outro, simbolizava o status social do seu dono.

Actualmente, com o avanço da tecnologia e a mudança estética das pessoas, surgiram outros tipos de leques que podem ser feitos de plástico, automáticos, multifuncionais etc.
A vida moderna faz com que a função original do leque, a de nos refrescarmos abanando esse objecto, tem tendência em diminuir ainda mais.

Porém, como peça de arte e decoração, ele está e continuará na moda. Podemos encontrá-los espalhados em todas as metrópoles, feitos a partir de vários materiais e continua a ter a sua utilidade nos dias de calor, viajando na mala das senhoras de todos os continentes.
Fonte: adaptado da Rádio Internacional da China

O vendedor de balões


Era uma vez um velho homem que vendia balões de todas as cores.
A certa altura, ele deixou um balão vermelho soltar-se e elevar-se nos ares, atraindo, desse modo, uma multidão de jovens compradores de balões.
Já tinha poucos quando reparou que ali perto, um menino negro observava-o e é claro que, para além de observar todo o movimento em seu redor, ao mesmo tempo apreciava os balões que ondolavam ao vento.
Depois de ter soltado o balão vermelho, o homem soltou um azul, depois um amarelo e finalmente um branco. Todos foram subindo até desaparecerem de vista. O menino, de olhar atento, seguia o rasto de cada um. Pelo seu ar sonhador, ali ficou algum tempo imaginando mil coisas...
Mas havia algo que o intrigava, é que o homem nunca soltou o balão preto. Então aproximou-se do vendedor e perguntou-lhe: - “Se o senhor soltasse o balão preto, ele subiria tanto quanto os outros?”
O vendedor de balões sorriu compreensivamente para o menino, soltou a linha que prendia o balão preto e enquanto ele se elevava nos ares disse:
- “Não é a cor filho, mas sim, é o que está dentro dele que o faz subir.”

Aconteça o que acontecer, ame, apoie, agasalhe, ajude o próximo, esteja em paz!

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A quem pertence a prenda?


Perto de Tóquio vivia um grande samurai idoso que agora se dedicava a ensinar zen aos jovens. Apesar da avançada idade, corria a lenda de que ainda era capaz de derrotar qualquer adversário.
Certa tarde, um guerreiro conhecido pela sua total falta de escrúpulos apareceu por ali. Era famoso por utilizar a técnica da provocação: esperava que o seu adversário fizesse o primeiro movimento e, dotado de uma inteligência privilegiada para reparar os erros cometidos, contra-atacava com uma velocidade fulminante. O jovem e impaciente guerreiro jamais havia perdido uma luta. Conhecendo a reputação do samurai, estava ali para derrotá-lo, e aumentar a sua fama. Todos os estudantes se manifestaram contra a ideia, mas o velho aceitou o desafio.
Foram todos para a praça da cidade, e o jovem começou a insultar o velho mestre. Chutou algumas pedras na sua direcção, cuspiu, gritou todos os insultos conhecidos, ofendendo inclusive os seus ancestrais. Durante horas fez tudo para provocá-lo, mas o velho permaneceu impassível. No final da tarde, sentindo-se já exausto e humilhado, o impetuoso guerreiro retirou-se.
Desapontados pelo facto do mestre aceitar passivamente todos os insultos e provocações, os discípulos perguntaram: - “Como é que o senhor pode suportar tanta indignidade? Por que não usou a sua espada, mesmo sabendo que podia perder a luta, ao invés de mostrar-se covarde diante de todos nós?”
- “Meus amigos, se alguém chega até um de vocês com um presente, e vocês não o aceitar, a quem pertence o presente?”
- “A quem tentou entregá-lo” - respondeu um dos discípulos.
- “O mesmo vale para a inveja, a raiva, e os insultos” - disse o mestre – “Quando não são aceites, continuam a pertencer a quem os carregava consigo.”
A sua paz interior, depende exclusivamente de si. As pessoas não podem tirar-lhe a calma e a dignidade, só se você o permitir...
LAO TSE disse:
aquele que:
… conhece os outros, é sábio;
… conhece-se a si mesmo, é iluminado;
… vence os outros, é forte;
… vence a si mesmo, é poderoso;
… conhece a alegria, é rico;
Seja humilde e permanecerá íntegro.
O sábio não se exibe, por isso brilha. Ele não se faz notar e por isso, é notado.
Ele não se elogia, e é por isso que tem mérito, precisamente porque não está a competir, ninguém no mundo pode rivalizar com ele.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Como Conservar Bananas

Aqui vai uma dica simples e que resulta mesmo:
Quando comprar bananas, logo que chegue a casa corte todas elas pelo tronco, com uma tesoura ou uma faca da forma como se vê nas fotos para evitar 2 problemas:
01 - mosquitos;
02 - conservá-las por mais tempo sem haver deterioração nas pontas.



Normalmente, as bananas maduras separam-se do tronco até mesmo pelo peso.
Quando isso acontece, elas começas a ficar meladas e aparecem aqueles "mosquitos de fruteira", além de se estragarem mais rapidamente.



No dia seguinte ao corte, as bananas já estão com a ponta seca e fechada, conservando-se íntegras durante uma semana.



A última foto mostra as bananas já maduras com uma semana, bem preservadas e com as pontas secas.
Eu recomendo, vale a pena e não complica ou altera em nada o seu amadurecimento.

Feliz daquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina

terça-feira, 16 de junho de 2009

Deusa Sarasvati


A cultura indiana é uma das mais ricas e antigas do mundo. A mitologia hindu que surgiu da sabedoria e da religiosidade dos hindus, foi repassada de geração para geração.
A Deusa Sarasvati é a protectora dos artesãos, pintores, músicos, actores, escritores e artistas em geral. Ela protege, também, aqueles que buscam o conhecimento, sendo apreciada por estudantes, professores, e por todos os que se relacionam com a eloquência, é por isso que há um dia que lhe é consagrado, é o dia de Savitu-Vrta, comemorado, normalmente, a 16 de Maio. (dedico-lhe hoje, um mês depois...)

Num reino distante, um jovem entrou numa floresta em busca de um mestre espiritual. Mal o encontrou, pediu-lhe sem rodeios:
- "Quero possuir uma riqueza ilimitada para poder ajudar o mundo. Por favor, conte-me, qual é o segredo para poder gerar a abundância"?

O mestre espiritual, que não era outro senão Vishnu (o Deus que controla a manutenção do Universo) respondeu prontamente:
- "Existem duas deusas que moram no coração dos seres humanos. Todos somos, profundamente, apaixonados por essas entidades supremas. Mas elas estão envoltas num segredo que precisa de ser revelado, e eu posso contar-te qual é, uma vez que queres partilhar essas riquezas com o mundo". - fez uma pausa e depois prosseguiu:
- "Embora ames as duas deusas, deves dedicar maior atenção a uma delas, a deusa do Conhecimento, cujo nome é Sarasvati (deusa da sabedoria e das artes e esposa, de Brahma, o criador do mundo).
Persegue-a, ama-a, dedica-te a ela.

A outra deusa, chamada Lakshmi, é a deusa da Riqueza. Quando deres mais atenção a Sarasvati, então a deusa Lakshmi ficará extremamente enciumada, e vai fazer de tudo para receber o teu afecto. Assim, quanto mais buscares a deusa do Conhecimento, mais a deusa da Riqueza quererá entregar-se a ti. Ela te seguirá para onde fores e jamais te abandonará. E a riqueza que tanto desejas será tua para sempre.
Existe poder no conhecimento, no desejo e no espírito. E esse poder que habita em ti, será a chave para a criação da tua prosperidade!"
É por isso que no mundo existem pessoas que tudo fazem para, através da sabedoria e da arte, ajudarem outros seres a progredir enquanto tantos outros, tudo fazem para roubar o sustento e enriquecer à custa dos que trabalham e são honestos.
Todos têm acesso à atenção e ao carinho destas deusas, mas só o uso correcto da sua oferta, é que nos dirá se nos tornaremos deuses ou demónios. Depende das nossas escolhas, das renúncias e das nossas doações. O segredo está dentro do nosso coração.

NOTAS:
A religião hindu tem no seu centro uma trindade de Deuses:
Brahma (o Criador),
Shiva (o Transformador) e,
Vishnu (o Preservador).
Cada um deles tem como consorte uma companheira chamada Shakti.
Nos primórdios das tradições indianas, essas consortes eram vistas tão somente como emanações dos Deuses masculinos individuais; contudo, a partir do século V d.C., a Deusa começou a ser um importante arquétipo para a consciência indiana. Durante este período, as Shaktis tornaram-se divindades muito importantes e conseguiram o direito à adoração. Com o tempo, adoptaram qualidades e características associadas a um nível mais primário do culto da Deusa, que remonta a muitos milénios nas tradições orientais.
Brahman: O Deus que criou esse universo. (Na cosmologia hindu, também existem outros universos)
*Kali: A forma ameaçadora da Deusa.
*Mantra: Palavras ou sons sagrados. Diz-se que meditar com um mantra, leva a pessoa aos estados superiores da consciência.
*Parvati: Literalmente, "filha da montanha". A bondosa Deusa de tez escura é mulher de Shiva e os filhos são Ganesha (removedor de obstáculos), a divindade com cabeça de elefante, e Skanda (Deus Guerreiro).
*Sarasvati: Deusa da sabedoria e das artes.
*Shakti: Energia espiritual. A suprema força consciente: a Deusa.
*Shiva: Deus da destruição/transformação. Também um nome masculino para a consciência divina, em contraposição a Shakti.
*Vishnu: Deus que controla a manutenção do universo
*Lakshmi é uma divindade do hinduísmo, esposa do deus Vishnu, o sustentador do universo na religião hindu. É a personificação da beleza, da fartura, da generosidade e, principalmente, da riqueza e da fortuna. A deusa é sempre invocada para o amor, abundância, riqueza e poder. É o principal símbolo da potência feminina, sendo reconhecida pela sua eterna juventude e formosura.

domingo, 14 de junho de 2009

Cerâmica de Shiwan


Uma vez em Cantão, (Guangdong), decidimos visitar a cidade de Foshan que fica no distrito de Shiwan, conhecido desde a dinastia Ming, como a capital da cerâmica do Sul, e que fica a 25 quilómetros para sudeste de Cantão, contando, actualmente, com sete, das 12 maiores empresas de cerâmica para a construção civil existentes na China.
O nome de "Foshan" que, traduzido significa "colina do Buda", apareceu na dinastia Tang (618-907) quando foram descobertas na colina da povoação Ji Hua Xiang, três estátuas do Buda deixadas por um monge.
E assim, percorremos a estrada recortada por canais, paisagem de bananais, casas castanhas, culturas e mais culturas, até chegarmos à cidade, que regista uma longa história na produção da cerâmica.
À semelhança do que sucede noutras cidades da China, também aqui o trânsito, a publicidade e a multidão são intensos, no entanto é o seu centro histórico, com os seus monumentos e a arquitectura que são, sempre, os predilectos para as câmaras fotográficas dos turistas que, como eu, se entusiasmam com esta cultura.



Esta é a entrada da fábrica de esculturas figurativas, peças artísticas, onde é feita a recriação de peças antigas, estátuas, utensílios de culto e frontarias.




A fábrica está dividida em diversos estúdios, onde cada um tem a sua especialidade.



É feito o molde com gesso e outras misturas e mais tarde, depois de seco, são descoladas as figuras de vários tamanhos e feitios...




Depois de saírem dos moldes, os pormenores tais como as barbas, pregas dos fatos, acessórios nas mãos dos bonecos,etc., são feitos manualmente.




Esta é a fase da pintura em série. As figuras seguem depois para o forno.




Este é o forno que, segundo nos disse o guia, tem mais de seiscentos anos. Tem vários níveis, patamares ligados por túneis que obliquamente em rampa, encaminham o calor do forno, feito com lenha para as diferentes câmaras. Colocam-se as peças separadas dentro dos cilindros de barro, para evitar que, se alguma estoirar, danifique as outras. O forno tem três câmaras, cada uma com diferentes temperaturas de cozedura, o que permite os efeitos desejados nos vidrados.



Em visita guiada entrámos no museu da fábrica onde nos foi explicada a técnica tradicional da cozedura e a História da Cerâmica da região. Falam-nos de um outro forno a gasóleo, mais fácil de manusear que, actualmente, é controlado por computador.
Após muitas experiências, tem havido uma grande evolução nos vidrados, começando, assim, a aparecer os brancos e uma grande gama de cores que evoluíram, surgindo peças que parecem de porcelana.



Repare-se na perfeição desta figura, parece de porcelana!




Aqui está uma mesa com os banquinhos e um elaborado painel, tudo em cerâmica, que, os mestres dos fornos, com a sua vasta experiência, conseguem resultados admiráveis como estes aqui expostos.



Esta belissima jarra, com um metro e setenta, (mais alta que eu...), tem uma história:- no reinado do imperador Qianlong (1735-1796) os artesão eram tantos que cada um começou a especializar-se e depois a organizaram-se em cooperativas. Uma delas, a "cooperativa dos produtores de potes de flores", cuja especialidade era o fabrico de vasos, jarras de grandes dimensões e telhas ornamentais, mostra através da peça, aqui exposta, a beleza do seu espantoso e elaborado trabalho em relevo e cor. Só apetecia levá-la para casa!







Aspecto das peças em cerâmica, à venda na loja à saída da fábrica. Há uma grande colecção de esculturas figurativas de Shiwan, algumas encontram-se no Museu de Arte de Macau, que conta com cerca de 300 peças. São obras de arte, de famosos escultores, muito admiradas pelo seu realismo e perfeição.






Este é o encantador jardim que circunda toda a fábrica. A filosofia chinesa afirma que o corpo, a mente e o ambiente externo se influenciam mutuamente e por isso é preciso recrear um ambiente de ar puro, para manter a saúde e a paz espiritual.
De facto, neste lugar, o silêncio, a água e o verde das árvores, trazem-nos um sentimento de paz e relaxamento ao contemplarmos toda aquela beleza, tão caracteristica em qualquer recanto da China.
Um dos recantos do jardim...



E chegou a hora do almoço! Foi-nos servida uma excelente refeição no restaurante de um hotel, e, a pedido do nosso guia (e motorista, que se vê aqui na foto), foram incluídos pratos típicos regionais desta zona. O nosso guia garantiu-nos que era necessário um alimento abundante e nutritivo para nos abastecer de energia essencial, para podermos prosseguir no nosso "tour" e, de facto, tivemos um dia bastante intenso...
Depois do almoço, fomos visitar o "jardim residência" da Família Liang, que eram poetas e pintores famosos nesta cidade, mas essa história ficará para um outro dia.