sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Esperança...

O dia a dia é tão cheio de pormenores, no entanto, apenas algumas pessoas reparam neles.

Lá bem no alto do décimo segundo andar do Ano
Vive uma louca chamada Esperança.
E ela pensa que quando todas as sirenes,
Todas as buzinas,
Todos os reco-recos tocarem,
Atira-se
E…
— ó delicioso vôo!
Ela será encontrada miraculosamente incólume na calçada,
Outra vez criança...
E em torno dela indagará o povo:
— Como é teu nome, meninazinha de olhos verdes?
E ela lhes dirá
(É preciso dizer-lhes tudo de novo!)
Ela lhes dirá bem devagarinho, para que não esqueçam:
— O meu nome é ES-PE-RAN-ÇA...

(Mário Quintana)


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