sábado, 19 de junho de 2010

Adeus Saramago...

Saramago deixou-nos… deixou-nos mais pobres, é esta a sensação que senti ao ouvir a notícia.
Senti um certo vazio que se associou à sensação desconfortável de que o mundo está agora mais triste e ainda mais "tacanho". Saramago era um homem inteligente acima de tudo, lúcido e lógico.
Expressava o seu sentir, sem perder a visão crítica da realidade e isso dava credibilidade às suas letras, sem diminuir a beleza e a profundidade dos sentimentos expressos.

É com pesar que me despeço do homem, do cidadão e da obra ainda possível, que viu um fim sem ter tido tempo sequer de principiar, porque ainda tinha muito para dar.
É hora de louvarmos a obra, imensa, que nos ajuda a compreender um pouco melhor a necessidade humana, de pensarmos e reflectirmos sobre quem somos, para onde vamos e o que queremos ser.
O estilo de Saramago, único na literatura contemporânea, é considerado por muitos críticos, um mestre no tratamento da língua portuguesa.
E é hora de prestarmos homenagem ao génio, Saramago, por nos ter levado tão longe na sua viagem.

"De que adianta falar de motivos, às vezes basta um só, às vezes nem juntando todos..."

"O que as vitórias têm de mau é que não são definitivas. O que as derrotas têm de bom é que também não são definitivas."

"O espelho e os sonhos são coisas semelhantes, é como a imagem do homem diante de si próprio."

"Sempre chega a hora em que descobrimos que sabíamos muito mais do que antes julgávamos."

"Fisicamente, habitamos um espaço, mas, sentimentalmente, somos habitados por uma memória."

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