quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulher sofre...

Apesar de, actualmente, perante a lei da maioria dos países, não existir qualquer diferença entre um homem e uma mulher, porém, na prática, demonstra que ainda persistem muitos preconceitos em relação ao papel da mulher na sociedade.
Mas, se no âmbito familiar se assiste a uma rápida mudança, na sociedade em geral a situação da mulher está ainda sujeita a velhas mentalidades que, embora de forma não declarada, cerceiam a sua plena igualdade.
O número de mulheres em lugares directivos é ainda diminuto, apesar de muitas delas demonstrarem excelentes qualidades para o seu desempenho. Hoje, as mulheres estão integradas em todos os ramos profissionais, mesmo naqueles que, ainda há bem pouco tempo, apenas eram atribuídos aos homens, nomeadamente a intervenção em operações militares de alto risco.

Mas os "velhos" problemas persistem nos dias de hoje e, é no seio familiar, que a violência contra as mulheres ainda se faz sentir. As mulheres são maltratadas das mais diversas formas, agredidas fisicamente, moralmente e psicologicamente, muitas vezes sob o olhar dos filhos e o silêncio dos vizinhos, a quem falta coragem para denunciar e testemunhar dentro do principio popular de que "entre marido e mulher, não metas a colher"...
A mulher continua a ser vitima das mais variadas formas, não só de violência doméstica, descriminação, mas também de violação, não nos seus direitos como cidadãs, que também o são, mas de violação sexual.
As violações não acontecem apenas fora de casa, acontece com muita frequência nas pessoas que mais nos são próximas (pais, padrastos, tios, primos, amigos) são muitas vezes estes, que ganhando a confiança da família, usam a mesma, para se aproximar e violar.
Todos os anos são muitas as queixas de violação que chegam ao conhecimento das autoridades, mas muitas outras ficam pelo caminho devido à vergonha e ao sentimento de marginalidade, que elas sentem depois de uma violação.
Isto, para não falar nos malditos confrontos militares, queraas e guerrilhas... as notícias são sempre de arrepiar: 8.000 mulheres foram violadas na República Democrática do Congo no último ano, onde se sabe haver situações deploráveis, que muitas mulheres enfrentam diariamente. Quase metade das mulheres do mundo sofrem algum tipo de violência física e/ou sexual pelo menos uma vez nas suas vidas, enquanto em alguns países, o número chega aos 87 por cento.

Enquanto as leis forem feitas pelos homens, para servirem os homens, que ignoram na maior parte das vezes situações deste tipo, ao permitirem que os violadores andem à solta, em vez de lhes darem castigos exemplares, continuará a ser preciso um dia dedicado às mulheres para lembrar que continuam a não ser amadas e respeitadas...

Hoje,
eu quero deixar que,
a mulher sensível, delicada,
romântica, frágil...
seja vista e sentida!

Quero olhos que vejam
a minha fragilidade,
que me admirem por ser delicada,
e que não desejem que eu,
tenha que ser sempre forte!

Quero ser admirada, notada,
e quero que me queiram e protejam
por também ter um lado frágil.

Quero que me admirem por ser,
mulher na minha essência,
não só o lado leoa, mas
o lado beija-flor e também flor!
O lado que necessita do outro,
que também precisa receber!
Quero hoje... a fragilidade de ser
MULHER!!!

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