quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Festa das Lanternas





 É uma festa em que as pessoas vêm para a rua com diferentes tipos de lanternas vermelhas, símbolo das almas dos antepassados que, estando de visita, são depois reconduzidas de novo para o outro mundo
Macau e as comunidades chinesas do mundo, assinalam assim esta noite, a passagem do equinócio do Outono com a milenar Festa da Lua, cheia de tradição e modernidade, festejada alegremente por toda a população.
As lanternas apareceram no reinado do imperador Han de Leste, Ming Di (57-75) e por ordem deste, na primeira Lua Cheia do Ano, era costume as famílias colocarem-nas acesas nas portas das suas residências, conjuntamente com ramos de abeto, para atraírem a prosperidade e a longevidade. No entanto, apenas no reinado do imperador Yang (604-617), da dinastia Sui, a Festa das Lanternas foi oficializada para ser celebrada na capital, nessa época em Da Xing (Xian).
A festa das Lanternas popularizou-se durante a dinastia Tang, quando era celebrada durante três dias e o imperador Rui Zong (710-712), na noite de 15 da primeira Lua, abria as portas do parque do palácio imperial em Dong Du (Luoyang) para que a população pudesse admirar uma gigantesca árvore iluminada com 50 mil lampiões. Nessa noite, o imperador saia do palácio e convivia com os súbditos, havendo uma alegria generalizada. Eram as únicas noites do ano que não havia toque para as pessoas recolherem às suas casas e, por isso, as ruas encontravam-se cheias de foliões até à alvorada. Já na dinastia Song, a festividade passou a ser realizada durante cinco dias, e no período Ming, entre o oitavo dia ao décimo sétimo dia do primeiro mês lunar, estendendo-se desde então a celebração da capital para o resto do país.
Chegou a ser uma festividade exclusivamente destinada às crianças, quando passeavam à noite transportando lanternas acesas com formas de diversos animais e outros seres estranhos e iam representar em espectáculos infantis. Se em Macau chegou a existir quem construísse essas vistosas lanternas de formato poligonal, revestidas com papéis de seda pintados e decorados com caracteres significando felicidade e longevidade, actualmente esse artesanato é realizado em Foshan, na província de Guangdong.
Nas ruas e praças, passou-se a pendurar as lanternas como decoração e, nas que eram trazidas pelas pessoas, tornou-se costume escreverem adivinhas, charadas e inigmas.
 

Nesta época, amigos e familiares, oferecem caixas de bolos da Lua. Em toda a China, os bolos da lua são os mais respeitados e todos têm de comer nem que seja um pouco, para dar sorte.
Criados há mais de mil anos pela etnia Hans, envoltos nessa história milenar, os bolos na sua maioria são redondos, como a lua cheia que é celebrada pelo festival do outono. Geralmente são do tamanho da palma da mão e feitos com uma massa de torta seca, fina e levemente adocicada, com recheios bastante espessos.
Os bolos mais tradicionais, têm recheios de sementes de lótus, pasta de feijão, jujubas e uma mistura de sementes e castanhas. Muitos outros, cuja receita é proveniente da Província de Cantão, no sul da China, é conhecida por colocar uma gema de ovo salgada no centro do recheio, com o intuito de simbolizar a lua cheia.
Muitas famílias, vão até à praia e ali ficam a converar, a petiscar os bolinhos e a olhar para a lua, exibindo as suas lanternas... 

FELIZ FESTA DA LUA!




1 comentário:

Anónimo disse...

"Etnia Hans". E eu a pensar que o bolo era chinês ,quando afinal é alemão! As coisas que a gente aprende...