sábado, 28 de fevereiro de 2009
Dica de cozinha
Aqui vai uma dica para as cozinheiras e... simpatizantes de cozinha:
Se tiver que fazer uma feijoada...
Siga esse conselho: coloque uma laranja inteira e não descascada (bem lavada certo?) e coloque inteirinha na dita feijoada junto com as carnes...
Realmente funciona, até parece milagre, a gordura fica toda dentro da laranja, basta cortá-la para ter a confirmação.
A laranja não modifica em nada o gosto da feijoada que fica super light!
Se quer, tente com os enchidos, chouriço, farinheira, linguiça, etc: ferva a água, fure o enchido que pretende cozinhar com 1 garfo, coloque a laranja na panela e depois o tal enchido e....
Comprove, em 5 minutos a gordura estará toda dentro da laranja, depois frite o ou os enchidos e eles ficarão deliciosos... E a sua panela sem gordura...
Bom apetite!
Hoje...
Hoje, sim, sou eu!
Olho estas minhas mãos e encontro-lhes
vontade de acariciar as palavras.
Solto do peito as amarras e agarro as palavras como
quem as abraça, como quem as afaga e as beija.
Hoje desejo um cesto no braço de onde se soltem
os ramos de lavanda num rasto perfumado
de primavera e verde.
Hoje sonho em semear um jardim de tulipas
e sentir o macio das pétalas no meu rosto.
Hoje renasço de mim mesma como se um mágico
germinasse no meu peito e me trouxesse à
garganta uma cascata de deliciosos poemas.
Hoje, sim, sou eu!!
sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Segredos da nossa mente
Um dia destes vi um programa na TV sobre o poder da mente, onde a certa altura era feita uma interessante comparação: a nossa casa, com a nossa mente.
Numa explicação leiga, explica que a nossa mente, o inconsciente, é a parte onde raramente temos acesso, mas é vital; o subconsciente é uma parte que temos pouco acesso e o consciente é onde vivemos.
Em nossa casa fazemos a mesma divisão com os objectos que guardamos. Há aqueles que ficam armazenados e que raramente usamos. De vez em quando lembramo-nos que existem, mas não nos conseguimos desfazer deles, e ali permanecem guardados, escondidos, porque não dependemos deles no dia a dia: são as lembranças, fotos antigas, coisas herdadas, roupas e brinquedos da infância que afinal representam o nosso inconsciente, as nossas recordações adormecidas. Também estão armazenados os objectos de utilidade, porém não são usados com frequência, temos disso o exemplo de: uma roupa de festa, uma mala de viagem, um livro, um serviço de jantar ou de chá, uma bandeja de prata..., são semelhantes ao subconsciente e por fim, os objectos de uso constante, que estão à nossa disposição a qualquer hora, como a cama, o sofá, a televisão, frigorifico, arranjos florais, revistas, tapetes... que podemos chamar de “o nosso consciente”.
Por causa desta comparação é que decidi escrever este texto, porque mudei recentemente de casa para uma bem mais pequena que a anterior, foi-me muito difícil escolher, dar, deitar fora, enfim, em pouco menos de um mês, tive de decidir desfazer-me de coisas que fui acumulando e guardando por esta e aquela razão.
Os objectos que são comparados ao nosso inconsciente, aparentemente sem muita utilidade, são precisamente os mais valiosos. Existe uma razão para eles estarem ali, escondidos, desfazer-nos deles seria uma grande dor. Eles recordam-nos os momentos de plena alegria vividos com pessoas que passaram pela nossa vida. Elas deixaram um vazio, e esse vazio é preenchido com algo que as recorde. Não importa se esses objectos estão velhos, partidos, amassados, rasgados, fora de moda... Têm um valor incalculável, são únicos. Uma dessas perdas seria algo irreparável. Alguém pode até considerá-los lixo, mas para o possuidor são os verdadeiros tesouros.
Uma lenda...
Esta é a história de um homem a quem eu definiria como um pesquisador.
Um pesquisador é alguém que busca; não é necessariamente alguém que encontra. Tão pouco é alguém que, necessariamente, saiba o que anda a buscar.
É simplesmente alguém para quem a vida é uma busca.
Um dia, o pesquisador sentiu que deveria ir até á cidade de Kamir. Tinha aprendido a respeitar rigorosamente aquelas sensações que vinham de um lugar desconhecido de si mesmo.
Por isso deixou tudo e partiu. Depois de dois dias de marcha pelos caminhos empoeirados, avistou, ao longe, Kamir.
Um pouco antes de chegar à povoação, chamou-lhe vivamente a atenção uma colina à direita da azinhaga. Estava atapetada de um verde maravilhoso e tinha uma grande quantidade de árvores, pássaros e flores encantadoras, inteiramente rodeada por um pequeno muro de madeira brilhante. Um portão de bronze convidava-o a entrar.
Sentiu logo que o povoado lhe fugia da memória e sucumbiu à tentação de descansar por um momento naquele lugar.
O pesquisador ultrapassou o tal portão e começou a caminhar lentamente por entre as pedras brancas que estavam dispostas ao acaso por entre as árvores.
Deixou que os seus olhos pousassem como borboletas em cada pormenor daquele paraíso multicolor.
Os seus olhos eram os de um pesquisador e foi talvez por isso que descobriu aquela inscrição sobre uma das pedras:
“Abdul Tareg, viveu 8 anos, 5 meses, duas semanas e 3 dias”
Ficou um pouco surpreendido ao dar-se conta de que aquela pedra não era simplesmente uma pedra: era uma lápide!
Sentiu pena ao pensar que um menino de tão tenra idade estava enterrado naquele lugar. Olhando á sua volta, o homem deu-se conta que a pedra ao lado também tinha uma inscrição. Aproximou-se para a ler. Dizia:
“Yamir Kalib, viveu 5 anos, 8 meses e 3 semanas”
O pesquisador sentiu-se terrivelmente comovido. Aquele lindo lugar era um cemitério e cada pedra era uma campa. Começou a ler as lápides uma por uma. Todas tinham inscrições semelhantes: um nome e o tempo exacto de vida do morto. Mas o que o enleou de espanto foi comprovar que aquele que tinha vivido mais tempo mal passava os onze anos. Paralisado por uma dor terrível, sentou-se e pôs-se a chorar.
O encarregado do cemitério passava por ali, aproximou-se dele. Ficou a observá-lo a chorar durante algum tempo, em silêncio, e finalmente perguntou-lhe se chorava por algum familiar.
- Não, não é por nenhum familiar - disse o pesquisador. – O que se passa nesta povoação? Que coisa horrível acontece nesta cidade? Porque é que há tantas crianças enterradas neste lugar? Qual é a maldição horrível que pesa sobre estas pessoas que as obrigou a construir um cemitério só de crianças?
O ancião sorriu e disse:
- O senhor pode tranquilizar-se. Não existe nenhuma maldição. O que acontece é que temos um costume muito antigo vindo dos nossos antepassados. Vou explicar-lhe: "Quando um jovem completa quinze anos, os seus pais oferecem-lhe um livrete como este que tenho aqui, para que o pendure ao pescoço. É tradição entre nós que, a partir desse momento, cada vez que alguém desfrute de alguma coisa, abra o livrete e anote nele o seguinte:
À esquerda, o que foi desfrutado. À direita, quanto tempo durou esse prazer:
Conheceu a sua noiva e enamorou-se dela. Quanto tempo durou essa paixão enorme e o prazer de a conhecer? Uma semana? Duas? Três semanas e meia?
E depois, a emoção do primeiro beijo. Quanto durou? O minuto e meio do beijo? Dois dias?
Uma semana?
E a gestação e o nascimento do primeiro filho?
E as bodas dos amigos?
E a viagem mais desejada?
E o encontro com o irmão que regressa de um país longínquo?
Quanto tempo durou o desfrutar dessas situações? Meses? Horas? Dias?
Assim vamos anotando no livrete cada momento que desfrutamos em intenso prazer.
Quando alguém morre, é nosso costume abrir o seu livrete e somar o tempo em que sentiu prazer para anotarmos sobre a sua campa. Porque é esse o que conta para nós o único e verdadeiro tempo VIVIDO!!"
(Autor desconhecido)
Um poema inacabado
...um poema inacabado
é como um filho por fazer
é como um beijo com sabor de sal
um poema inacabado
é o caminho por onde vou
é o trilho que eu não quero seguir
um poema inacabado
é aquilo que eu não sou
é o amor que não amei
um poema inacabado
é o grito que eu calei
as palavras que não falei
um poema inacabado
é a diferença inaceitável
é a confusão descontrolada
um poema inacabado
é a vida que eu não vivi
aquilo que não fui
os sonhos que não realizei
um poema inacabado
é um orgasmo que ainda não provei...
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
O meu "Valium"
Há já algum tempo que procurava algo com que me identificasse e pudesse passar adiante conversas e ideias de coisas com que convivo e aprendo, através de experiências vividas em Macau e por trabalhar numa universidade. Pensei muito, mas não sabia como. Surgiu uma luz: porque não um blog?
Juntando muita curiosidade e alguma pesquisa, iniciei esta criação. Consegui o primeiro blog, que não resultou por falta de tempo. Aproveitando os arquivos e aprendendo com os próprios erros, surgiu o Valium 50. Porquê o nome de um calmante? E… 50? É forte, não? Bem… é o ano em que nasci e… como todos nós precisamos de relaxar… porque o meu blog não há-de ser algo de relaxante pelo menos para mim, com os meus desabafos e porque não? partilhar ideias, conviver num espaço virtual que é moda e distracção para quem busca curiosidades, ideias, incentivos.
Como gosto de temas espirituais, fotografia, pintura, artesanato e culinária...decidi publicar sobre essas matérias também, penso que assim não fica cansativo para o visitante nem para mim.
Não sou escritora. Pode ser que você conheça muitos dos textos publicados, o que não significa que devem ser descartados. Muitos deles são aulas que aproveitei de professores, os quais ajudei a preparar materiais durante esta minha vida profissional, claro que fiz uma actualização mais apropriada para publicar aqui. Analise, você tem a opção de escolher, criticar, colaborar.
Não prometo publicar todos os dias, porque não é nada fácil fazer um blog que exige muitos conhecimentos, sofisticação informática, etc, o que também não é fácil quando se trabalha fora de casa, mas espero que com isto eu vá ganhando alguma experiência porque sou obrigada a actualizar-me, a aprender para partilhar e, só por isso, valeu a pena todo este trabalho.
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