Mesmo que a vida nem sempre seja favorável para podermos estar junto daqueles que mais amamos, por isso, os nossos últimos dois natais, têm sido passados em Pequim, com a nossa filha, que estuda numa universidade para estrangeiros.
Como os chineses não dão o mesmo significado a esta nossa festa religiosa, aqui em Pequim não há férias de natal como nos países cristãos, por isso juntamos o útil ao agradável e aproveitamos para fazer uma pausa no trabalho, metendo alguns dias de férias e assim matamos as saudades da filha e festejamos juntos.
Mais uma vez encontrámos Pequim gelado nesta altura. No ano passado andámos sempre com temperaturas de 14 graus negativos e este ano tem oscilado entre os 4 e os 13 negativos, mas com uma aragem vinda da Sibéria, deixa-nos por vezes tão gelados que os músculos da cara adormecem e as órbitas dos olhos doem.
Mas nem estes "pequenos pormenores" nos desanimam e, começam então os preparativos para a abençoada noite e mais uma vez, na ante-véspera da noite de natal, recorremos ao “Mercado da Seda”,
uma espécie de bazar, na zona de Chang’an East Street, onde há de tudo, desde camisolas de lã, de caxemira ou de algodão, casacos de todos os estilos e qualidades, roupas de cama, toalhas de mesa, artigos diversos em seda, malas, biblots, perfumes, pérolas, telemoveis, etc, etc., um mundo de tentações...
As negociações são renhidas, os preços são discutidos durante algum tempo, porque cada um tem o seu papel: os vendedores tentam lucrar o máximo e nós, os compradores, tentamos que os artigos tenham um desconto razoável. Acabou por se fazer bom negócio para ambas as partes e ainda acabámos em amizade com as simpáticas meninas, que se desenbaraçam muito bem no inglês...
Acabámos por vir carregados de compras...
Depois dos embrulhos feitos, foi o preparar dos doces e, quando a véspera de Natal chegou, encontrou-nos bem preparados.
Ah, o Natal! Tempo de paz, amor, compreensão, família e muitos presentes, (mesmo porque o nascimento de Cristo parece ter sido relevado para segundo plano há algum tempo), é assim a tradição que tentamos manter, com ou sem família mais próxima, onde estivermos, fazemos o possivel para que tudo corra com alegria. É claro que não faltou o bacalhau, carne, arroz doce, rabanadas, bolo de Rei,figos, nozes, broas...
Depois do jantar, que foi animado com a presença de dois estudantes bolivianos amigos da minha filha, trocámos algumas lembranças no meio de gargalhadas, pelo inesperado que vai saindo dos embrulhos rasgados nervosamente...
No final das contas, por mais que todos possam reclamar que o Natal é uma festa de crianças, dá para se curtir estes momentos e ainda se consegue resgatar a magia que sentíamos quando éramos crianças...
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2 comentários:
Muito obrigado pela visita amiga...
Que postagem maravilhooooooooosa e q família linda!!!
Quero ser como vc quando eu crescer, rsrsrsr!!!
Linda é vc amiga.
Um beijo grande.
Estimada Amiga e Ilustre Romancista Irene,
Para mim o Natal é todos os dias do ano, e mesmo tendo familiares em países tais como a America e Canada, nunca lá vou nesta altura do ano.
O meu filho esteve uns 5 anos em Winnipeg, Canadá, a estudar, onde as temperaturas atigem os 45 graus negativos, por muitas saudades que tivesse dele, só o fui visitar dois vezes, e foi no verão.
Mas pelo que me meu a ver pelas imagens que apresenta passou um Feliz Natal em pequim junto de sua estimada filhinha e ainda bem.
Eu, fiquei por cá por Macau e esteve até uma temperatura bem boa, mas como já começa a arrefecer, estou de saída para o Reino do Sião, e penso regressar cá à urbe, somente em Maio.
Adorei as fotos e a narração dessa passagem pela capital do norte.
Um abraço amigo e Feliz Ano Novo.
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