sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Vimos chegar as andorinhas

Vimos chegar as andorinhas!
Conjugarem-se as estrelas,
impacientarem-se os ventos...
Agora,
esperemos o verão do teu nascimento,
Tranquilos, preguiçosos...
Tão inseparáveis as nossas fomes,
Tão emaranhadas as nossas veias
Tão indestrutíveis os nossos sonhos.
Espera-te um nome,
breve, como um beijo
e o reino ilimitado
dos meus braços
Virás,
como a luz maior
no solstício de Junho.

Rosa Lobato de Faria
A Gaveta de Baixo, Edições ASA, 1999 - Porto, Portugal

1 comentário:

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Estimada Amiga e Ilustre Historiadora Irene Abreu,
É lindo este belo poema, essa ANDORINHA, para o Céu partiu e junto de Deus estará.
Essa garnde poetisa, artista e romancista era uma das minhas preferidas.
Deus tenha a alma no seu reino e em descanso eterno.
Um abraço amigo