quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Ano Novo 2013

E um novo ano começou! Com alegrias, com tristezas e novas esperanças.

Olhando para trás, o ano que passou, foi de muitas mudanças políticas e governamentais e o mundo inteiro piorou socialmente, os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres…. Bem… nem sei o que dizer, tenho amigos que ficaram sem emprego e estão num sufoco.

Uma vizinha da minha mãe, que trabalhou desde os 14 anos, fez os seus descontos durante 40 anos, tinha uma pequena reforma que foi dando para sobreviver durante uma década, agora, com tantos aumentos e impostos disto e daquilo, vê-se com dificuldades tais que, se não fosse o filho e a nora darem uma ajuda, já tinha morrido à fome. Outros, não terão tanta sorte e estão mesmo mal. E depois há a pobreza chamada de  “envergonhada”, ou seja, aqueles que sempre se bastaram com o seu trabalho, viram-se de repente sem emprego e sem forma de pagarem os seus compromissos. São incapazes de pedirem “esmola” por confronto à sua dignidade. E assim, o tempo passa sem fé nem esperança para milhares de portugueses ou de outra qualquer nacionalidade, porque o mundo inteiro está em crise. Uma crise que só a ganância de alguns poderosos governa e beneficia.
E assim, na arrogância de um individualismo egocêntrico, a sociedade de hoje tornou-se fria e alheia ao "outro".

Existem momentos em que gostaríamos muito de ajudar determinada pessoa, mas não podemos fazer nada. Ou as circunstâncias não permitem que nos aproximemos ou, a pessoa está fechada para qualquer gesto de solidariedade e apoio.

Então, só nos resta o amor, o carinho e estar atentos a essas pessoas que no seu desespero, tentam muitas vezes o suicídio. Infelizmente, essa tem sido uma realidade cada dia mais real e que os mídea silenciam, não convém que se saiba que há pessoas que preferem o suicídio, à morte lenta da vergonha, por não terem meios dignos de viver.

Nos momentos em que tudo o mais é inútil, ainda podemos amar – sem esperar recompensas, mudanças, agradecimentos, àquele nosso vizinho que foi despedido, ao colega solitário ou aos velhotes isolados, abandonados pelos familiares ou pelo destino.

Se conseguimos agir dessa maneira, quem sabe? Talvez a energia do amor comece a transformar o Universo à nossa volta?!

“O tempo não transforma o homem. O poder da vontade não transforma o homem. Só o amor transforma”, diz Henry Drummond."
Às vezes criticamos a falta de fé dos outros. Não somos capazes de entender as circunstâncias em que esta fé foi perdida, nem procuramos aliviar a miséria do nosso irmão - que gera a revolta e a incredulidade no poder divino.
Na nossa consciência, podemos semear de novo essa fé e muitos milagres acontecem. É só olhar à nossa volta e teremos muito para fazer, porque apesar de todos os enganos, dificuldades e desilusões, vivemos num mundo bonito e está na nossa mão para que os outros também o apreciem.

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