Mas porque raio Deus criou estes intoleráveis bichos?
Para além das baratas serem uns seres nojentos e péssimos “colegas” de
quarto, casas de banho, cozinha, escritório, elas estão por toda a parte,
pregando-nos sustos e é impossível conseguirmos conviver com elas, tal é a repulsa. E isto há mais de 300 milhões de anos! Ousados somos nós,
ao tentarmos matá-las à chinelada e a insecticidas em spray.
Se procurarmos uma razão científica, dizem-nos
que foi para equilibrar o ecossistema, pois o desaparecimento delas, talvez causasse uma superpopulação de mosquitos,
moscas e outros insetos, que infernizam a nossa vida, e que fazem parte, por
exemplo, da alimentação das lagartixas.
Tudo bem, mas porquê… as baratas urbanas? Que afinal se instalam nas
nossas casas, usufruindo comidinha da boa, passeiam-se na nossa cama e por tudo
quanto é sítio. Isso, é que eu não suporto!
Basta aparecer UMA! E pronto, está instalado o caos de uma luta sem tréguas.
Mesmo com os cuidados habituais, de
tapar ralos com fitas grossas, não deixar comida ou loiça suja na cozinha, colar
inseticida por trás das portas, pozinhos venenosos nos cantinhos dos armários,
enfim, prevenção não tem faltado, mas elas, ao fim de “provarem” alguns dos
venenos que se vendem nos supermercados, ficam imunes.
Quando me deparo com uma, exclamo
intrigada: “Por onde é que ela entrou!?” Enquanto, é claro, não sossego até
vê-la morta, porque não dá para baixar a guarda.. Pois mesmo com todos os
cuidados e prevenções, elas ENTRAM e INSTALAM-SE a fazer filharada, a pontos de
não haver spray nem chineladas que lhes resista.
Neste último mês, experimentei de tudo
quanto é veneno. Levantava-me a meio da noite com uma lanterna para as
surpreender e… lá estavam elas, em cima da bancada da cozinha, no corredor ou
mesmo em cima da minha secretária, em reuniões baratais de invasão/ataque a
todos os cantos da casa.
Alimentam-se de jornais, de livros, de migalhas, tudo
lhes serve para sobreviver. Onde estão as lagartixas para se alimentarem delas?
Porque as donas baratas não comem afinal os mosquitos/melgas, que de vez em
quando zumbem lá por casa?
Repito: porque Deus fez as baratas… urbanas?
Pois, não tive outro remédio senão combatê-las com “armas
semi atómicas”, pois tive de acabar por chamar a desinfestação, para as arrasar
de vez. Nós é que tivemos de sair de casa para durante dois ou três dias, o veneno letal
ficar a pairar por toda a casa e mergulhar nos sítios mais escondidos, a fim de
envená-las!
Só que, quando regresso a casa, deparei com uma delas
a passear na parede, outra dentro do roupeiro, outra em cima da mesa… mas
afinal estes bichos são imortais? Eu que para entrar em casa quase ao fim de
três dias, tive de levar uma máscara, quase não conseguia respirar e elas a
divertirem-se à minha custa?
A sua resistência é bem
conhecida, pois elas conseguem sobreviver um mês sem comer e vários dias com a
cabeça arrancada, e, segundo li, são as únicas a sobreviver a uma explosão
nuclear.
São bichos muito
sofisticados! Os seus pelinhos do traseiro (os cercis) que funcionam como
radares, capazes de perceber movimentos subtis do ar e que lhe permitem obter
informações sobre possíveis ameaças, como localização, tamanho e velocidade do
que se aproxima, que somos nós em princípio, é por isso que não as vemos,
porque se escondem. Ainda tem uma outra
característica que é o de ser um animal nocturno, pois não gosta de luz.
E, pasme-se com esta informação: uma barata que é encontrada durante o dia, indica uma infestação, pois encontrando uma, há mais 1.000 escondidinhas, motivo porque aquela ficou sem lugar na comunidade e teve que perambular à procura de lugar para se esconder.
E, pasme-se com esta informação: uma barata que é encontrada durante o dia, indica uma infestação, pois encontrando uma, há mais 1.000 escondidinhas, motivo porque aquela ficou sem lugar na comunidade e teve que perambular à procura de lugar para se esconder.
E pronto, querem guerra, é guerra que vão ter! Nova
chamada para a desinfestação, que foi ainda mais exigente no veneno e na
fumegação.
Mais dias de ausência do nosso lar e, passados três dias, o chão parecia uma batalha campal, com um mar de baratas de papo para o ar por toda a casa.
Mais dias de ausência do nosso lar e, passados três dias, o chão parecia uma batalha campal, com um mar de baratas de papo para o ar por toda a casa.
O pior foram as limpezas, na casa inteira. Ter de lavar
TODAS as loiças com água, detergente e lexívia, armários, roupas, chão mais de
uma vez, etc, etc, um trabalhão que parece não ter fim. Esses malditos bichos
conseguem alterar a vida de uma família inteira, só porque existem, são nojentos
e procriam-se a uma velocidade vertiginosa.
Estou exausta, mas de momento, durmo mais descansada,
até ver uma de novo, e então começa outra vez a infindável batalha contra estes
“bichinhos de Deus”, que não deve ter pensado muito bem nas futuras
consequências, ao permitir a sua existência…
PREVENÇÃO:
http://www.univap.br/campi/cipa/docs/dica_II_baratas.pdf
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