segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Malditas baratas...



Mas porque raio Deus criou estes intoleráveis bichos? Para além das baratas serem uns seres nojentos e péssimos “colegas” de quarto, casas de banho, cozinha, escritório, elas estão por toda a parte, pregando-nos sustos e é impossível conseguirmos conviver com elas, tal é a repulsa. E isto há mais de 300 milhões de anos! Ousados somos nós, ao tentarmos matá-las à chinelada e a insecticidas em spray.
Se procurarmos uma razão científica, dizem-nos que foi para equilibrar o ecossistema, pois o desaparecimento delas, talvez causasse uma superpopulação de mosquitos, moscas e outros insetos, que infernizam a nossa vida, e que fazem parte, por exemplo, da alimentação das lagartixas.
Tudo bem, mas porquê… as baratas urbanas? Que afinal se instalam nas nossas casas, usufruindo comidinha da boa, passeiam-se na nossa cama e por tudo quanto é sítio. Isso, é que eu não suporto!
Basta aparecer UMA! E pronto, está instalado o caos de uma luta sem tréguas.
Mesmo com os cuidados habituais, de tapar ralos com fitas grossas, não deixar comida ou loiça suja na cozinha, colar inseticida por trás das portas, pozinhos venenosos nos cantinhos dos armários, enfim, prevenção não tem faltado, mas elas, ao fim de “provarem” alguns dos venenos que se vendem nos supermercados, ficam imunes.
Quando me deparo com uma, exclamo intrigada: “Por onde é que ela entrou!?” Enquanto, é claro, não sossego até vê-la morta, porque não dá para baixar a guarda.. Pois mesmo com todos os cuidados e prevenções, elas ENTRAM e INSTALAM-SE a fazer filharada, a pontos de não haver spray nem chineladas que lhes resista.
Neste último mês, experimentei de tudo quanto é veneno. Levantava-me a meio da noite com uma lanterna para as surpreender e… lá estavam elas, em cima da bancada da cozinha, no corredor ou mesmo em cima da minha secretária, em reuniões baratais de invasão/ataque a todos os cantos da casa.
Alimentam-se de jornais, de livros, de migalhas, tudo lhes serve para sobreviver. Onde estão as lagartixas para se alimentarem delas? Porque as donas baratas não comem afinal os mosquitos/melgas, que de vez em quando zumbem lá por casa?
Repito: porque Deus fez as baratas… urbanas?
Pois, não tive outro remédio senão combatê-las com “armas semi atómicas”, pois tive de acabar por chamar a desinfestação, para as arrasar de vez. Nós é que tivemos de sair de casa para durante dois ou três dias, o veneno letal ficar a pairar por toda a casa e mergulhar nos sítios mais escondidos, a fim de envená-las!
Só que, quando regresso a casa, deparei com uma delas a passear na parede, outra dentro do roupeiro, outra em cima da mesa… mas afinal estes bichos são imortais? Eu que para entrar em casa quase ao fim de três dias, tive de levar uma máscara, quase não conseguia respirar e elas a divertirem-se à minha custa?
A sua resistência é bem conhecida, pois elas conseguem sobreviver um mês sem comer e vários dias com a cabeça arrancada, e, segundo li, são as únicas a sobreviver a uma explosão nuclear.
São bichos muito sofisticados! Os seus pelinhos do traseiro (os cercis) que funcionam como radares, capazes de perceber movimentos subtis do ar e que lhe permitem obter informações sobre possíveis ameaças, como localização, tamanho e velocidade do que se aproxima, que somos nós em princípio, é por isso que não as vemos, porque se escondem. Ainda tem uma outra característica que é o de ser um animal nocturno, pois não gosta de luz. 
E, pasme-se com esta informação: uma barata que é encontrada durante o dia, indica uma infestação, pois encontrando uma, há mais 1.000 escondidinhas, motivo porque aquela ficou sem lugar na comunidade e teve que perambular à procura de lugar para se esconder.
E pronto, querem guerra, é guerra que vão ter! Nova chamada para a desinfestação, que foi ainda mais exigente no veneno e na fumegação. 
Mais dias de ausência do nosso lar e, passados três dias, o chão parecia uma batalha campal, com um mar de baratas de papo para o ar por toda a casa.
O pior foram as limpezas, na casa inteira. Ter de lavar TODAS as loiças com água, detergente e lexívia, armários, roupas, chão mais de uma vez, etc, etc, um trabalhão que parece não ter fim. Esses malditos bichos conseguem alterar a vida de uma família inteira, só porque existem, são nojentos e procriam-se a uma velocidade vertiginosa.
Estou exausta, mas de momento, durmo mais descansada, até ver uma de novo, e então começa outra vez a infindável batalha contra estes “bichinhos de Deus”, que não deve ter pensado muito bem nas futuras consequências, ao permitir a sua existência…


PREVENÇÃO:
http://www.univap.br/campi/cipa/docs/dica_II_baratas.pdf

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