sábado, 15 de janeiro de 2011

Homicidio em New York - à procura de um sonho

Toda a gente tem sonhos. E segredos. E pecados. Quem não sonha está morto; quem não se resguarda é tonto; quem não peca é santo. Sonhos, segredos e pecados não são crime. O problema está na fronteira que determina as respectivas definições. E, mais importante, na maturidade e no bom-senso necessários para suportar cada um deles. Como em tudo na vida, de vez em quando é preciso colocar o pé no travão.

Renato Seabra, 21 anos, finalista de Ciências do Desporto, em Coimbra, tinha um sonho: ser manequim, provavelmente internacional. Ambição legítima. Candidatou-se a um concurso televisivo, que a televisão parece ser o único veículo reconhecido como eficaz pela geração à qual pertence. Ficou em segundo lugar. A família há-de ter ficado feliz. Os amigos também. Ninguém questionou. Ninguém accionou o travão. Neste tempo, nada parece satisfazer mais as pessoas do que exibir o seu talento, seja ele qual for, na televisão - e a televisão dá para tudo: para cantar, dançar, representar, cozinhar, emagrecer ou só para simular o quotidiano dentro de uma jaula. Vale tudo. Daqui a cem ou duzentos anos, há-de falar-se deste tempo como um tempo muito sinistro.Mas nem a televisão, com toda a sua pressa, parece ter conseguido responder à urgência do sonho de Renato. E, por isso, talvez ele tivesse também um segredo.
Que mal teria aproximar-se de Carlos Castro, 65 anos, velho colunista do suposto glamour nacional a quem os transeuntes desse suposto glamour agradeciam a rampa de lançamento, se com isso conseguisse acelerar a projecção da sua carreira? Aparentemente, não teria mal nenhum. Se tivesse tido travão. Maturidade e bom senso. E verdade, já agora, que é coisa que também começa a escassear. Ou alguém por ele. Se tivesse havido uma mãe ou um pai que tivesse pensado duas vezes antes de autorizar o filho a viajar (para Madrid, Londres e Nova Iorque) com aquele homem, por muito conhecido que fosse. Com aquele ou com qualquer outro. Mas os holofotes cegam quem nos holofotes quer ser feliz.

E foi seguramente um Renato cego, independentemente de ser homo ou heterossexual, que matou outro homem, também ele cego, Carlos Castro. O primeiro, cego pela ambição; o segundo, cego pela devoção de um rapaz mais novo. Num crime que se presta a tanto folclore - as piadas ainda não começaram, mas não hão-de tardar -, o que mais me choca não é a morte, por monstruosa que tenha sido. O que verdadeiramente me choca é disponibilidade mental que as pessoas cada vez mais parecem ter para permutar a honra pela desonra. Mesmo que para sempre consigam manter a desonra em segredo. E, neste caso, não sei quem a permutou primeiro: se o homem que não teve coragem para se afastar de um miúdo sequioso de fama, preferindo acreditar que este o amava; se o miúdo, perigosíssima e preocupante amostra de uma geração, que é capaz de se violentar ao ponto de fingir amar alguém só para daí retirar benefício. Choca-me ainda mais a quantidade de histórias destas que hão-de pulular por aí sem que delas tenhamos conhecimento só porque não tiveram um desfecho trágico. E choca-me, finalmente, que a comunicação social, tão empenhada que está em abordar o assunto com pinças e pruridos, esteja a passar ao lado do assunto que mais interessa: quem é responsável pela desintegração dos valores desta gente, que é muita, para quem a vida só é vida se for mediática? E quem os protege?

Do sonho e do segredo de Renato, restou-lhe apenas o pecado. Capital. Poderia ser mais triste?

5 comentários:

Anónimo disse...

Mas afinal quem era Carlos Castro??

Um homem que era um jornalista que vivia à custa da bisbilhotice da vida alheia, no pântano lisboeta, um homosexual que fomentou as práticas homosexuais nos nossos jovens, aqui no Porto foi responsável pela abertura de um antro de homosexualidade chamado Boyz are Us, na Cordoaria, onde jovens a partir dos 15 anos são incitados às práticas homosexuais, numa discoteca decadente, onde curiosamente a ASAE ou a PJ nunca fizeram razias, nem controle de identidades ou busca de menores.

Foi um jornalista que destruiu muita gente com os seus comentários venenosos da vida alheia, um homem que poderá ter desviado um rapaz de 20 anos para Nova Iorque, com falsas promessas de fama e deslumbramento.

Um homem responsável pelas galas dos travestis e de outras bicharocas. Um devasso!

Um idoso depravado, cuja falta não faz mesmo falta à Nação!

Este tipo de indivíduos e seu séquito são como o bolor, instalam-se em tudo o que é sítio e se não arejarmos o País multiplicam-se, que é o que está a acontecer.

Façam uma pesquisa aos meios da moda, modelos, meios do cinema, teatro, escolas de cinema e de artes.
O panorama é desolador!
Só jovens bichas. Qualquer dia nào há portugueses para a continuidade do país!

Anónimo disse...

Há um ditado popular que diz: " mais vale prevenir que remediar"
E isto porquê???
Porque a partir de sábado vamos ter de ter nervos de aço. Preparem-se, porque o país vai ser avassalado pelo fenómeno "Carlos Castro", que Deus tenha a sua alma em paz.
Então... preparem-se MESMO!!!! Porque eu, já estou a antever o cenário!
Parece que as suas cinzas afinal irão ser espalhadas pelo nosso país em acções certamente mediáticas!

Aí vão vir as galas repetidas, como de certeza, retratos gigantes do homem em pano de fundo, vamos ter de aturar as figuras públicas do costume e ainda os bicharocos Herman José, Goucha, a Maya, a Fátima Lopes a Júlia Pinheiro (os tais desenvergonhados que ganham 50 000 Euros / mês e o povo ainda aplaude, em vez de boicotar os shows deles na tv) e tudo o mais que está ligado ao mundo da homosexualidade e da bisbilhotice / intriga.
E ainda vamos ter direito a ver alguns políticos, os quais agradecerão aos céus, haver um acontecimento como este, que mantenha ao menos o povo entretido e longe da revolta interior que vem crescendo dia após dia. "Portugal no seu melhor"!

Anónimo disse...

Numa entrevista dada por um grande amigo dele dos tempos da juventude, um tal Guilherme de Melo, conta que:
"Na cabeça dele, existia o amor romântico[...]O amor mais maduro não resultava para ele. Porquê rapazes tão novos? Porque era ávido por beleza e só se é belo quando se tem 20 ou 30 anos.
Ele só tinha um grande defeito: quando amava, era extremamente absorvente, possessivo e obsessivo. Eu às vezes dizia-lhe: deixa-os respirar!"
Pois o velho e nojento maricas, dizia-se "apaixonado" pelo miúdo, que não aguentou as investidas do oportunista e nojento velho, porque afinal só queria fazer carreira como modelo.

Anónimo disse...

O canibalismo de celebridades que passou a ser rotina neste país (e em todo o mundo ocidental), graças a um sistema de comunicações, que evita assuntos sérios, mas que fornece um “circo” permanente, obsessivo, avassalador, sobre a vida dos bem-sucedidos e ricos, excitando sentimentos contraditórios, da adoração dos fãs. E pronto, com isto, o paneleiro "merece" uma rua com o seu nome! São estes os valores que são transmitidos às futuras gerações. Valores morais? para que te quero?!

Alexandre disse...

Olha eu ja ouvi muito sobre os portugueses, mas nao sabia que eles eram tao preconceituosos, os portugueses tem fama de serem pessoas sujas e burras, o que mais se tem é piada de portugues burro. Nunca gostei desses rotulos que dao ao seu povo mas as vezes é bem merecido para alguns, estamos no sec XXI e existe muito mais homossexualidade do que nos imaginamos, nao sou gay e nem estou levantando bandeira nenhuma. Eu ri foi muito quando li "antro de homosexualidade chamado Boyz are Us, na Cordoaria, onde jovens a partir dos 15 anos são incitados às práticas homosexuais" Gente BURRA, pq ninguem incita ninguem a ser gay, voce é ou nao é! Ponto final! E o que eles fazem nao é muito diferente do que nós heterossexuais fazemos quando vamos pra festas e boates. Agora só falta voces dizerem que foi a homossexaulidade que provocou esse crime. Conheço alguns portugueses e graças a Deus sao pessoas maravilhosas, inteligentes e de bom coração. Imagino que o meu comentario nao será posto mas mesmo assim me sinto aliviado em poder me expressar!