terça-feira, 30 de agosto de 2011

O valor de um especialista

Ganha-se pelo que se SABE e não apenas pelo que se faz...

Algumas vezes é um erro julgar o valor de uma actividade só pelo tempo que leva a realizá-la... Um bom exemplo diiso, foi o caso de um engenheiro, que foi chamado para arranjar um computador muito grande e extremamente complexo de uma empresa, um computador que valia alguns millões de euros. Sentado em frente do ecrã, carregou numas poucas de teclas, abanou lentamente a cabeça, murmurou qualquer entre dentes para si próprio e finalmente desligou o aparelho.
Depois, tirou do bolso uma pequena chave de fendas e apertou um minúsculo parafuso. Ligou novamente o computador e comprovou que funcionava perfeitamente. O presidente da companhia ficou impressionado e ofereceu-se para pagar a conta de imediato.
-“Quanto é que lhe devo? "- perguntou
-“São mil euros, se faz favor."
-“Mil euros? Mil euros por uns minutos de trabalho!? Mil euros por apertar uma porra de parafuso!?! Eu sei que o computador custa muitos milhões de euros, mas mil pelo seu trabalho é um absurdo! Pagar-lhe-ei se me enviar uma factura perfeitamente detalhada e que justifique esse preço."
O engenheiro aceitou o pedido e foi-se embora. No dia seguinte, o presidente recebeu na sua secretária a factura. Olhou-a com calma e procedeu ao seu pagamento naquele momento, sem qualquer objecção.
A factura dizia:

Detalhe sobre os serviços prestados à Empresa....
Apertar um parafuso................ .... .... .... ... ..1 dólar
Saber qual parafuso apertar.............. ..... ... 999 dólares
Total ............................................. ..1000 dólares

Muitos técnicos enfrentam desconsiderações de pessoas que, na sua ignorância, não dão o devido valor ao saber de um profissional competente.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Cartão de Cidadão (alerta)


Este novo cartão, pode ser muito útil e prático, isso não contesto, mas há que ter cuidado com algumas situações, como por exemplo, o caso de esta senhora que tem circulado pela net e que aqui fica como alerta:

-"O meu Bilhete de Identidade caducou e passei a ser portadora do Cartão de Cidadão. No momento do levantamento deste, numa Loja do Cidadão, fui confrontada com cuidados muito complexos do que os até então utilizados, para o levantamento de BI (neste contexto, entrega ao próprio, identificação pelas impressões digitais dos indicadores direitos e esquerdos, assinatura presencialmente na recepção do mesmo).
Perante o enorme volume de falsificações de documentos a que hoje em dia se assiste, todos estes cuidados pareceram-me correctos.
Apercebi-me, contudo, que o cartão contém diferentes informações não visíveis (que me dizem respeito) e às quais só com acesso a um leitor de cartões.
Aparentemente, a maioria dos usuários, não possui esta máquina. Refiro-me concretamente a todas as informações recolhidas nos documentos, que este novo cartão congrega: direcção, freguesia, número de contribuinte, data de validade, etc
Um dia tive de me deslocar fora da minha localidade e pernoitar num Hotel. Aí pediram-me o BI. Obviamente, apresentei o meu novo Cartão do Cidadão.
Qual não foi o meu espanto quando percebi que o jovem que me atendeu, colocou o meu Cartão de Cidadão num leitor de cartões e, num segundo, teve acesso a mais informações sobre mim do que eu própria! (foi ele mesmo que me disse que até via data de validade, que eu nem sabia qual era!) Meus amigos, isto faz algum sentido?
Então, têm todos os cuidados para entregar o cartão ao próprio cidadão e depois qualquer sujeito privado ou público tem acesso a esses dados? Deixam omissas informações que, depois qualquer pessoa tem acesso desde que tenha um leitor? Então o leitor de cartões não está acessível exclusivamente a organismos públicos? Para que diabo é que um serviço privado, como um hotel, tem acesso à minha vida toda privada e pessoal?
Onde está o direito à não invasão da minha privacidade? Todos estes dados, em conjunto, permitem o acesso a outras informações da minha vida pessoal e profissional, através da internet. Ex: a página pessoal de qualquer funcionário público. Que raio de prevenção contra a falsificação de documentos é esta? Será que ninguém percebeu ainda que, assim, a cópia da identidade de alguém se torna simples e eficaz?
Basta roubar um simples documento. O complicador é só ter um chip? Mas alguém acredita nisso? Cá por mim, nunca mais apresento o Cartão de Cidadão em lado nenhum.
A carta de condução (que também é um documento identificativo) vai passar a servir muito bem.
E o mais grave, é que, qualquer pessoa pode comprar um leitor destes através da Internet, eu própria pesquisei e cá estão pelo menos 2 modelos que escolhi entre muitos outros:
Leitura de cartões de alto rendimento e de pequenas dimensões para utilização móvel e de secretária. O leitor de BI electrónico Omnikey 3021 USB é muito flexível. Preparado para ler o Cartão de Cidadão (Portugal), o DNI electrónico (Espanha), bem como cartões de Saúde espanhois. Vantagens deste produto: * Leitor de smart cards e de BI electrónico (Cartão de Cidadão) * Suporta a maioria dos sistemas operativos

LEITOR DE CARTÕES PARA O USAR COM O CARTÃO DE CIDADÃO!
Leitor de cartões chip muito fácil de integrar e utilizar com qualquer cartão chip, cartões de crédito, DNI Electrónico espanhol e BI electrónico português, e smart cards.
Ideal para operações com cartão chip, incluindo “single sign-on”, banca online ou assinatura digital. Aplicações móveis Aplicações de leitura do BI Electrónico (Cartão do Cidadão)

Aqui fica o alerta! De facto, para se identificar num hotel, Correios ou noutra situação qualquer sem ser numa entidade do Governo que o exija, pode mostrar a carta de condução, porque é tão válida como o Cartão de Cidadão.

Para mais informações pode consultar o site: www.cartaodecidadao.pt
e, tenha sempre consigo (pode meter no telemóvel), o número do Serviço de Apoio ao Cartão do Cidadão (707 200 886) e o respectivo código de cancelamento (o código comprido junto aos pin que vem na carta de activação) para o caso de ser roubado o cartão.


quinta-feira, 25 de agosto de 2011

A mendiga


Ali sentada, a chuva batia-lhe forte no chapéu, nas costas e nos seus parcos haveres.
Nunca tinha saído daquela vila encravada entre montanhas, que aos poucos crescera e se tornara cidade.
Já tinha tido uma vida de várias cores, agora ela não passava de um cinzento desfocado e os sons, de uma linguagem que mal compreendia.
Não se lembra ao certo quando a despojaram da sua casa, onde andavam os filhos que tinham emigrado cedo e nem sabiam se ela estava viva. Mas...quem fora ela?
Apenas restavam os sacos que continham tudo o que agora possuía, que era nada…
Quando a barriga trinava de fome, sempre encontrava em algum desses sacos, uma côdea dada por alguém, num lugar qualquer, com que apaziguava aquele apertar de saudade, por uma refeição quente.
Os sentimentos eram já confusos, alegria, tristeza, angustia, contentamento, nem sequer percebia o que sentia… só o frio naquelas noites em que o chão luzia de molhado, lhe provocava uma arrelia grande, tão grande, que saía por essa cidade fora, aos tropeções, vociferando e praguejando para os fantasmas imaginários, até o sol lhe aquecer as carnes flácidas e arrepiadas.
Tinha apenas uma ambição e uma esperança: encontrar alguém que lhe sorrisse, lhe desse a mão e a levasse a ver aquela “coisa” infinita, que tanto ouvia falar, a que chamavam Mar!

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Gratidão

Esta cadela Doberman está grávida e este bombeiro acabou de salvá-la do incêndio em sua casa, colocou-a no jardim e continuou a sua luta contra o fogo.
Quando finalmente conseguiu extinguir o fogo, ele sentou-se para tomar um pouco de ar e descansar. Um fotógrafo do jornal Notícias da Carolina do Norte / EUA, que estava ali para reportar o acontecimento, notou que a cadela observava o bombeiro à distância.
Então, viu a Doberman caminhar em direcção ao bombeiro e ficou na expectativa: -"o que é que ela vai fazer?"
Assim que levantou a sua câmara, para apanhar o momento em que o animal iria reagir, ela chegou de mansinho até ao homem cansado, que acabara de salvar a sua vida e a dos seus bebés e então.. o fotógrafo captou o momento exacto em que a cadela beijou o bombeiro!
O ser humano continua a ter muito que aprender com os animais, que tão mal tratados são pelo Homem.
Poucos de nós, humanos, temos o gesto nobre de agradecer a quem nos faz bem, isto inclui médicos, paramédicos, enfermeiros, bombeiros...
Esta foto mostra-nos simplesmente que até os animais têm o sentido da GRATIDÃO.
O facto de nunca agradecer a quem nos trata bem, só demonstra o quanto ainda temos de sofrer, para nos tornarmos realmente humanos...

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O cobrador misterioso


No exterior do England's Bristol Zoo existe um parque de estacionamento para 150 carros e 8 autocarros. Durante 25 anos, a cobrança do estacionamento foi efectuada por um muito simpático cobrador.
As taxas eram o correspondente a 1.40 € para carros e 7.00 € para os autocarros.
Um dia, após 25 sólidos anos de nenhuma falta ao trabalho, o cobrador simplesmente não apareceu.
A administração do Zoo, então, ligou para a Câmara Municipal e solicitou que enviassem um outro cobrador. A Câmara fez uma pequena pesquisa e respondeu que o estacionamento do Zoo era da responsabilidade do próprio Zoo, não dela.
A administração do Zoo respondeu que o cobrador era um empregado da Câmara.
A Câmara, por sua vez, respondeu que o cobrador do estacionamento jamais fizera parte dos seus quadros e que nunca lhe tinha pago ordenado.
Enquanto isso, descansando na sua bela residência nalgum lugar da costa da Espanha (ou algo parecido), existe um homem que, aparentemente, instalou a máquina de cobrança por sua conta e então, simplesmente começou a aparecer, todos os dias, cobrando e guardando as taxas de estacionamento, estimadas em 560 € por dia... durante 25 anos!!!
Assumindo que ele trabalhava os 7 dias da semana, arrecadou algo em torno de 7 milhões de Euros.
E ninguém sabe, nem sequer o seu nome ...!

(Transcrito do "The London Times")

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

A fuga...


Era jovem e bonita. A família casara-a com um rico proprietário, sem que
ela pudesse opor-se. Interesses de família, ordenou o pai, e ela obedecera.
O tempo foi passando e, todos os dias, depois de tomar o pequeno-almoço,ela punha-se a caminho da praia! E todos os dias tinha o mesmo ritual, como eram rituais e monótonos os seus dias de mulher bem casada e sem filhos.
Pelo caminho, ia absorvendo cores e aromas, mesmo desviando-se um pouco, ao fim de algum tempo já os conhecia todos e até os antecipava. Chegada à praia, tirava os sapatos e percorria a orla do mar até chegar às rochas, lá ao fundo.
Voltava… voltava sempre! Mas naquele dia não voltou!
Ainda de sapatos na mão, com o olhar procurando o horizonte, foi entrando de mansinho na água e deixou-se banhar por esse mar imenso.
Ninguém a viu desaparecer por detrás das rochas. As buscas foram infrutíferas; até hoje, o corpo nunca apareceu. Já lá vão mais de 30 anos,ninguém soube ao certo o que lhe terá acontecido.
Mas numa pequena aldeia piscatória, em Espanha, perto da fronteira, uma tranquila e bela mulher, sorri sempre que alguém fala de afogados. Abana a cabeça e só diz:
- “Pois… pois…”

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Regresso de férias

Aqueles dias de praia, passeios, encontro de amigos de convivios feito de saudades e recordações, acabou… isso mesmo, as férias terminaram, estamos de volta ao trabalho, com a disposição renovada e claro, como é típico de português, já estou com uma pontinha de saudades daqueles belos dias que deixamos para trás, com a promessa de voltarmos a fazer tudo de novo nas próximas férias.
Deu para relaxar, rever velhos amigos e agora que as baterias foram recarregadas, é o arregaçar de mangas e labutar mais um ano.
Findo este longo período estival, nada mais oportuno que actualizar ou refazer a agenda para mais um longo ano de actividades diversas e capacitar-me que as férias terminaram mesmo, embora sinta ainda o coração bem longe daqui, mas enfim, o que é mesmo certo, é que voltámos ao activo e a engrenagem habitual começa a mover-se!
Por isso é altura de afinar os planos e ver o que nos espera este ano. Uma coisa é certa, à boa maneira de pensar portuguesa, ainda não é este ano que podemos ficar sentados no sofá e nos chegue tudo feitinho a casa e, ao fim do mês, nos caia o ordenado na conta do banco. Aqui para nós, até há gente que tem essa sorte…
Como sempre, está na altura de pôr de parte aqueles pensamentos mais negativos ou sonhos cheios de efeitos especiais, que só nos fazem esperar pelo rei D. Sebastião numa manhã de nevoeiro.
De volta à rotina, começo a ver o que me rodeia e aquilo com que vamos contar este ano, vê-se a olho nú que não é muito diferente daquilo com que iniciámos e encerrámos nas férias. As notícias vindas de diversos sectores, continuam a debitar as desgraças do costume, portanto, nada de novo no que toca a melhoramentos na vida dos cidadãos, antes pelo contrário, a palavra de ordem é: - "sacrifícios, sacrifícios e mais sacrifícios".
As aulas vão começar, os professores justamente seguem uma luta em defesa do seu estatuto. Estou com eles! Temos um ensino que caminha ao contrário das boas práticas internacionais. Um exemplo que se devia seguir, é o da Finlândia, que tem excelentes resultados na educação, dos melhores a nível europeu.
Não sei como é que conseguem, uma vez que passam 4 horas por dia na escola e os resultados são fantásticos, enquanto os nossos alunos estão lá enfiados o dia todo e os resultados são os mais desastrosos possíveis. Para sanar tanta desgraça, este ano vai ser implementada mais outra medida "revolucionária" no sistema de ensino - as aulas de substituição (podem rir que a situação permite). Vamos seguir os próximo episódios…
No plano político, que se poderá chamar o ano dos pactos, rixas internas, contratos de ordenados chorudos para os amigos do partido governante, reformas antecipadas igualmente chorudas, despedimentos, empresas a fechar, violência, subornos, injustiças, portanto, o costume… continuamos a não avistar nada de bom para quem precisa de trabalhar para comer. Como podemos estar bem, num país que está mal?

Resta-me desejar a todos um bom regresso ao trabalho, um ano cheio de sucessos e actividades positivas, pois só assim podemos dar os nossos dias por bem empregues. Vamos continuar a dar o nosso melhor, certo?

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Acordo ortográfico


Quando eu escrevo a palavra ação, por magia ou pirraça, o computador retira automaticamente o c, na pretensão de me ensinar a nova grafia. De forma que, aos poucos, sem precisar de ajuda, vamos tirando as consoantes que, ao que parece, estavam a mais na língua portuguesa. Custa-me despedir-me daquelas letras que tanto fizeram por mim. São muitos anos de convívio...
Lembro-me da forma discreta e silenciosa como todos estes cês e pês me acompanharam em tantos textos e livros desde a infância. Na primária, por vezes gritavam ofendidos na caneta vermelha da professora: - "não te esqueças de mim!"
Com o tempo, fui-me habituando à sua existência muda, como quem diz, sei que não falas, mas ainda bem que estás aí. E agora as palavras já nem parecem as mesmas. O que é ser proativo? Custa-me admitir que, de um dia para o outro, passei a trabalhar numa redação, que há espetadores nos espetáculos e alguns também nos frangos, que os atores atuam e que, ao segundo ato, eu ato os meus sapatos.

Depois há os intrusos, sobretudo o erre, que tornou algumas palavras arrevesadas e arranhadas, como neorrealismo ou autorretrato. Caíram hifenes e entraram erres que andavam errantes. É uma união de facto, para não errar tenho a obrigação de os acolher como se fossem família. Em 'há de' há um divórcio, não vale a pena criar uma linha entre eles, porque já não se entendem. Em veem e leem, por uma questão de fraternidade, os és passaram a ser gémeos, nenhum usa chapéu. E os meses perderam importância e dignidade,não havia motivo para terem privilégios, janeiro, fevereiro, março são tão importantes como peixe, flor, avião. Não sei se estou a ser suscetível, mas sem p algumas palavras são uma autêntica deceção, mas por outro lado é ótimo que já não tenham.
As palavras transformam-nos. Como uma criança que muda de escola, sei que vou ter saudades, mas é tempo de crescer e encontrar novos amigos. Sei que tudo vai correr bem, espero que a ausência do cê não me faça perder a direção, nem me fracione, nem quero tropeçar em algum objeto abjeto. Porque, verdade seja dita, hoje em dia, não se pode ser atual nem atuante com um cê a atrapalhar.