quinta-feira, 5 de abril de 2012

A Páscoa e as tradições

São muitas as tradições relacionadas com a Semana Santa, que vão desde entregar os ramos aos padrinhos, ao comer o folar e, ou beijar a cruz de Cristo.
Algumas podem já estar ultrapassadas nas grandes cidades, mas na Páscoa, não podem faltar as amêndoas e os ovos, que além de cumprirem a tradição, também animam as festividades e dão um toque de alegria a esta época religiosa.
Muito se tem especulado por na Páscoa se oferecer ovinhos de chocolate coloridos e coelhinhos…

OVOS COLORIDOS O costume de pintar ovos e dar os mesmos de presente na Páscoa, tem várias origens. Uma delas, é que receber ovos pintados, traz boa sorte, fertilidade, amor e fortuna. Na cristandade primitiva, o ovo era símbolo da vida e da ressurreição e, um ovo, era sempre adicionado ao túmulo, quando do falecimento de um cristão.
Os cristãos acarinharam a imagem do ovo para festejar a Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus – o Concílio de Nicéia, realizado em 325, e estabeleceu o culto até aos dias de hoje.
Nessa época, pintavam os ovos (geralmente de galinha, gansa ou cordoniz) com imagens de figuras religiosas, com o próprio Jesus e de sua mãe Maria.
Assim o ovo adquiriu a imagem de conter algo oculto, ser como um túmulo fechado, no qual está encerrada uma vida, que em qualquer momento irá dali surgir...
O ovo é também um alimento, considerado um símbolo de vida, de pureza, de fertilidade, e era usado como forma de pagamento de dívidas, como sacrificio ou como oferta de gratidão.
Em Inglaterra, no século X, os ovos ficaram ainda mais sofisticados, porque o rei Eduardo I (900-924), costumava presentear a realeza e os seus súbditos com ovos banhados em ouro ou decorados com pedras preciosas e oferecia-os na Páscoa.

PORQUÊ O COELHO: O coelho, apesar de ser um mamífero e por conseguinte não põe ovos, assumiu o papel de produtor e entregador dos ovos de Páscoa. Isto devido à notória capacidade de reprodução desses animais, que se tornaram o símbolo da fertilidade, pois o Coelho, na mitologia grega, era o símbolo da fecundidade e aparecia nos respectivos ritos. Daí pode ter-se infiltrado na lenda ocidental, devido à Páscoa estar relacionada no calendário, com o início da primavera.

O FOLAR E A LENDA: Não se consegue precisar no tempo a origem da história do Folar da Páscoa. Sabe-se apenas que é muito antiga e segundo ela, uma jovem aldeã de seu nome Mariana, tinha como grande objectivo de vida, casar cedo.
Tanto rezou a Santa Catarina, que lhe surgiram dois pretendentes ao mesmo tempo: um lavrador pobre e um fidalgo rico. A única coisa que era comum aos dois, era a sua beleza e juventude.
Indecisa quanto à escolha a tomar, a jovem pediu novamente ajuda a Santa Catarina. Ambos os jovens pretendentes a pressionavam a escolher, tendo mesmo o jovem lavrador marcado o Dia de Ramos como data limite para a resposta.
Ainda segundo a lenda, no Dia de Ramos, os dois jovens pretendentes envolveram-se numa luta de morte e, Mariana acabou por se decidir pelo lavrador Amaro.
Contudo Mariana vivia preocupada e receosa porque constava que o fidalgo iria aparecer no dia de casamento para matar o seu Amaro. Mais uma vez recorre a Santa Catarina, e ao que parece, a santa sorriu-lhe enquanto Mariana rezava. Mais tranquila e agradecida, Mariana ofereceu flores à sua santa. Quando chegou a casa tinha em cima da mesa um bolo com ovos inteiros e as flores que tinha oferecido à santa, ao lado. Aflita, Mariana dirigiu-se a casa de Amaro para lhe contar o sucedido, mas a este também tinha acontecido o mesmo. Ambos pensaram que tinha sido obra do fidalgo e quando o procuraram para agradecer, constataram que a ele também tinham oferecido o mesmo.
É por isso que este bolo chamado folar se tornou numa tradição que é entendida como a celebração da reconciliação e da amizade.
Por isso no Domingo de Ramos os afilhados oferecem aos padrinhos um ramo de flores e recebem o folar, no Dia de Páscoa.

A TODOS, UMA DOCE PÁSCOA, CHEIA DE COELHINHOS, OVOS, FOLARES E A RENOVAÇÃO DOS VOSSOS SONHOS!

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