sábado, 27 de julho de 2013

Apanhados no lixo



Viver é uma das coisas mais difíceis do mundo, a maioria das pessoas limita-se a existir!


Na China, onde a maioria dos bebés lançados ao lixo são meninas, devido à política do filho único, o qual os chineses dão preferência aos rapazes, temos a história de Lou Xiaoying, agora com 88 anos e que está acamada, porque sofre de insuficiência renal.
Ela encontrou e salvou mais de 30 bebés deitados no lixo logo após o nascimento.
Na maioria eram meninas chinesas, abandonadas nas ruas de Jinhua, onde ela ganhava o seu sustento, através da recolha de cartões e outros materiais para reciclagem.
Ela e o seu falecido marido Li Zin, que morreu há 17 anos, mantiveram os quatro filhos que adoptaram e foi passando os outros que encontrava, para amigos e familiares, dando-lhes assim a oportunidade de uma vida nova.
Esta é uma lição de fé, solidariedade e respeito para com a vida e para com o seu próximo. 
Esta mulher, pobre mas com um coração sublime, é uma alma perfeita, que deu ao longo da sua vida um amor incondicional pelos desprotegidos da sorte tal como ela. Esta história de vida, mostra que em todas as raças e em qualquer canto deste planeta, há almas generosas que partilham o pouco que têm, com aqueles que nada possuem…


quinta-feira, 25 de julho de 2013

O que é Co-adoptar?





Não sei se esta história é verdadeira, mas sei que se fazem barbaridades com as crianças, em todos os regimes jurídicos. Neste caso, a ser verdade, a família tinha mais que se unir e se pacificar com a família da mãe, em vez de radicalizar antagonismos, que só fizeram mal à criança. É incrivel mas casos como este estão sempre a acontecer e nada se faz em nome do "deixa andar"...

1 – A Teresinha tinha 6 anos quando a mãe, vítima de cancro da mama, faleceu. Desde o ano de idade que vivia com a mãe, perto dos avós e dos tios maternos. Foram estes a passar mais tempo com ela, durante a doença da mãe. Acima de tudo os primos... de quem tanto gostava, e com quem brincava longas horas…

2 – Durante estes 5 anos teve sempre um relacionamento saudável com o pai. O facto de o pai viver com um companheiro, o Jorge, nunca foi motivo de comentário. Contudo, desde os tempos do divórcio, o pai e os avós maternos ficaram de relações cortadas.

Após o óbito da mãe, a Teresinha foi viver com o pai, e com o Jorge.

3 – Os avós maternos receberam então uma notificação para comparecer em Tribunal onde lhes foi comunicado que a sua "neta" tinha sido coadaptada pelo companheiro do pai, pelo que deixava de ser sua neta.

Foi-lhes explicado que por efeito da co adopção os vínculos de filiação biológica cessam. É o regime legal aplicável (art. 1.986.º do C.C. – “Pela adopção plena, extinguem-se as relações familiares entre o adoptado e os seus ascendentes e colaterais naturais”).

Nada podiam fazer. Choraram amargamente a perca desta neta (depois da filha) que definitivamente deixariam de ver e acompanhar.

A Teresinha que tinha perdido a mãe, perdia também os avós, os tios e os primos de quem tanto gostava. Nunca mais pôde brincar com aqueles primos ou fazer viagens com o tio Zé e a tia Sandra que eram tão divertidos. A Teresinha tinha muitas saudades daquelas pessoas que nunca mais vira.

Não percebia porque desapareceu do seu nome o apelido "Passos" (art.º 1.988.º n.º1 – “O adoptado perde os seus apelidos de origem”).

4 – Um dia perguntou ao pai porque mudara de nome. Foi-lhe dito que agora tinha outra família. Não percebeu e, calou… Na escola, via que os outros meninos tinham uma mãe e um pai, mas ela não.

5 – Quando chegou aos 16 anos de idade foi ao ginecologista, sozinha. Ficou muito embaraçada com as perguntas que lhe foram feitas sobre os seus antecedentes hereditários maternos. Nada sabia. Percebeu que o médico não a podia ajudar na prevenção de várias doenças... Estava confusa. Nada sabia da mãe. Teria morrido? Teria abandonado a filha?

6 – Até que um dia descobriu em casa, na gaveta de uma cómoda, um conjunto de papéis em cuja primeira pagina tinha escrito SENTENÇA. E leu... que “o superior interesse da criança impunha a adopção da menor pelo companheiro do pai, cessando de imediato os vínculos familiares biológicos maternos, nos termos do disposto no art.º 1.986.º do C.C., tal como o apelido materno (Passos) (art.º 1.988.º n.º1 do C.C.) que era agora substituído por... Tudo por remissão dos artºs. X.º a Y.º da Lei Z/2013.

7 – O que mais a impressionara naquele escrito foi o facto de que quem a escrevia parecia estar contrariado com a decisão que estava a tomar. E, a dado passo escrevia: "Na verdade, quando da discussão da lei Z/2013 na Assembleia da República o Conselho Superior da Magistratura e a Ordem dos Advogados emitiram parecer desfavorável à solução legislativa que agora se aplica. Porém, “Dura lex sede lex”. A Teresinha não percebeu...

8 – Durante anos procurou a Família materna, em vão... Mas rapidamente consultou os Diários da Assembleia da República onde constavam os nomes dos deputados que tinham aprovado aquela lei que lhe tinha roubado os mimos da avó Rosa, as brincadeiras do avô Joaquim... e os primos.

A Teresinha queria voltar ao tempo destes, que são sangue do seu sangue, mas não pode porque esses anos foram-lhe usurpados. Vive numa busca incessante pela sua identidade. Se as outras raparigas da sua idade sabem das doenças que a mãe e o pai tiveram, porque é que ela não pode saber? Porque lhe negam esse direito?

9 – Leu então num livro que “a adopção é uma generosa forma de ajudar crianças a quem faltam os pais e a família natural para lhes dar um projecto de vida. A adopção é sempre subsidiária”.

E perguntou – Onde está a minha família que nunca me faltou mas, de mim foi afastada por estatuição legal e decisão judicial? A Teresa está muito triste.

10 – O pai e o Jorge entretanto divorciaram-se… e a Teresa é obrigada a ir passar os fins-de-semana a casa do Jorge… porque a Regulação das Responsabilidades Parentais assim o ditou.
 

FONTE: Isilda Pregado (Presidente Fed. Portuguesa pela Vida)

O casal de protagonistas, que não tem nada a ver se eram homossexuais, mas sim, mostraram ter má formação moral, e também demonstra os perigos que uma co adopção pode trazer. 

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Deitei o meu filho no lixo



Nos últimos tempos, as notícias que nos chegam através dos meios de comunicação é de nos deixar os cabelos em pé. Parece que se tornou moda deitar os filhos no lixo. Assim… como se fosse comida enlatada fora de prazo e não um ser humano gerado no próprio corpo e carregado durante nove meses, que afinal não deixou qualquer espécie de laços ou sentimento por aquele ser vivo e indefeso, carne da própria carne e sangue do próprio sangue, que após o nascimento são capazes de o estrangular e, ou enfiá-lo ainda vivo num latão de lixo?
Que se passa com a maioria das sociedades para praticarem tal atrocidade? Onde está aquela “coisa” que se chama piedade ou “amor de mãe”?
Aqui vai a história, de uma das muitas Ritas que povoam este estranho universo de pessoas que, por razões várias, se livram dos seus filhos logo após os partos, na maioria dos casos, feitos por elas próprias:

A Rita chegou a frequentar uma escola secundária de Évora. Filha de um motorista desempregado e de uma empregada doméstica a dias, cedo arranjou um namorado. Com apenas 15 anos passou muitas noites fora de casa. Uma das colegas disse-lhe que pensasse bem em que vidas andava já que faltava à escola assiduamente. Os pais foram chamados à directoria da escola mas não compareceram. Disseram à filha que não tinham nada a ver com a vida que levava com o namorado e que não queriam saber mais nada sobre os seus estudos e o seu futuro. O ambiente familiar deteriorou-se ao ponto da Rita bater na mãe e o seu pai ter partido uma bilha de barro em cima das suas costas.
O pai foi preso por ter participado num assalto a uma residência e a mãe fugiu para fora da capital alentejana com outro homem. As colegas de Rita tentaram recuperar a Rita-estudante mas a Rita-mulher rejeitou o contacto e resolveu aceitar o convite do namorado, numa manhã quente de Agosto. O destino era Espanha, para onde o companheiro a convencera de que por lá tinha trabalho.
Passados quatro meses Rita regressou à urbe eborense com um semblante misterioso, triste e desorientado. As colegas tentaram novamente compreender as suas decisões de vida e confirmaram que Rita estava grávida. Quando pareceu que tudo não passaria de mais um caso de mãe solteira, Rita voltou a desaparecer. As suas colegas ficaram desoladas por não terem conseguido cativar Rita num regresso às aulas e a um modo de vida melhorado, porquanto, uma das amigas prontificou-se a ceder-lhe um quarto em sua casa.
Quando entre os amigos de Rita menos se esperava que ela voltasse à terra que a viu nascer, na freguesia de São Mamede, eis que Rita bateu à porta da amiga que se tinha mostrado hospitaleira e pediu guarida. E o teu bebé? Aborto? Adopção? Rita chorou incessantemente durante mais de dez minutos e a sua anfitriã voltou a indagar sobre o paradeiro do bebé, que ela sabia ter estado na barriga de Rita. Abandono junto da porta de algum colégio de freiras? Na igreja do padre que lhe ministrou o baptismo? Rita, em soluços, balbuciou umas palavras incompreensíveis. A amiga abraçou-a e sentou-a no sofá da sala. Estavam sozinhas e confidentes. Rita voltou a chorar e a sua amiga voltou a interrogar. Diz, diz onde está o bebé? A resposta veio tenebrosamente chocante e tão macabra quanto realista. Rita confessou que tinha asfixiado o filho num saco de plástico e que o tinha deitado num contentor de lixo.
Portugal está assim. Os leitores acompanham certamente o que se passa no rectângulo mal plantado à beira-mar, mas não fazem ideia como a situação social se está a agravar. Os números do crime são assustadores e as autoridades confirmam constantes casos de bebés mortos ou abandonados.
Em face deste panorama negro, as opiniões dividem-se. Para uns, estamos perante várias falhas no sistema de apoio e solidariedade social. Para outros, a justificação prende-se com a destruição paulatina que tem vindo a acontecer no seio do sistema religioso existente no âmago dos agregados familiares.

(Baseado em caso verídico)
Publicado no Jornal “Hoje Macau” 

PROIBIDO DEITAR BEBÉS NO LIXO 

Um morador dos EUA manifesta assim a sua revolta, devido à quantidade de bebés deitados neste contentor de lixo.

Abandonar um filho, matá-lo ou entregá-lo para adopção tem forçosamente que merecer um estudo profundo por parte dos psicólogos e psiquiatras. E dos políticos! Sim, de políticos, porque são eles que decidem e controlam certo tipo de políticas que atiram com as populações mais desprotegidas para o desespero, suicídio e para o crime. Abandonar um filho é crime horrendo. Indiscutível! E as causas? Onde estão as causas de tamanha barbárie? Não podem ser causas equacionadas sem profundidade e acabando-se por diagnosticar um fenómeno que nada tem de doentio.
Quem está doente é o país. A situação degrada-se todos os dias. Nos mais diversos quadrantes da sociedade. 
Dos casais desempregados aos estivadores. 
Dos estudantes e crianças internadas em hospitais, que espelham fome aos polícias e militares que apoiam o tráfico de droga e de armas. 
Portugal está à beira do abismo, dizem certos observadores. 
Diremos, que já caiu bem no fundo...