sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Crianças


Crianças,
as flores do amanhã!
Mas... e que flores? E que amanhã?
Se as matam, ainda hoje?
As guerras, a fome,
e a tortura,
que as devora
e as enche de amargura!

As que não morrem,
ficam maltratadas,
feridas, violadas,
E por fim, o que resta delas?

Já não há rostos risonhos
Espreitando atrás das janelas...
Já não gargalhadas,
não há esperança
no rosto belo de uma criança.

Há medo!
Há pavor, em vez de amor.
Há fumo de metralha,
no horror da matança
ficam os orfãos esfomeados...

Há frio nas ruas
e nos corações dos homens,
que não são homens,
são ladrões!
Ladrões sim, de almas e de esperança...

Crianças!
Que deviam ser as flores do amanhã!
Mas...
que esse amanhã venha depressa,
antes que o mundo se esqueça,
de como é risonha
a Esperança
no rosto de uma criança.

2 comentários:

Zé Carlos disse...

Irene querida, que prazwer recebê-la aqui tão de longe. Vc mora na cidade das minhas curiosidades para saber quantos ainda falam português.
Eu quero mandar uma foto sua preparada, mas não descobri seu e-mail, pode escrever para mim? joseccm@terra.com.br

Um forte abraço menina e venha sempre que puder. Zé

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Crianças, um maravilhoso poema que nos narra mais uma triste realidade da vida nos dias de hoje, onde as socieades modernas,países ricos só se interessam pela ganãncia, pelo poder e pelo dinheiro, esquecendo que milhares, senão milhões de crianças passam fome, nada possuem a não ser as doenças, a guerra e os maus tratos.

Um poema que nos leva a reflectir sobre o mundo onde estamos inseridos e que muita coisa nos passa ao lado.
Eu, assim não procedo bem como os meus filhos, pois ajudamos no que podemos, essas crianças através do fundo World Vision, assim todos procedecem e elas terão um dia mais risonho e um futuro mais promissor.

Adorei seu poema que me tocou bem fundo, o meu muito obrigado, estimada Amiga e ilustre poetisa Irene.

As suas melhoras, abraço amigo cá do reino do Sião.