quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Tratado da "Tolerância"


Está generalizada a revolta de todos os cidadãos do mundo devido às actuais medidas tomadas pelas direcções dos aeroportos! A privacidade das pessoas está posta em causa, uma vez que há máquinas para nos "desnudar" literalmente falando, e ainda foi aumentado o tempo de embarque, o que já era muito e agora passou a ser desesperantemente longo, em especial em aeroportos de grande movimento. Tudo porquê? A violência aumenta de dia para dia, ninguém está seguro em parte alguma, porque se perderam valores, porque há diferenças de religiões e os fanáticos actuam com violência e, porque ninguém se entende...
Há 245 anos, Voltaire já pregava o fim das desigualdades, dos preconceitos étnicos e religiosos, e apesar de todo este tempo passado, o homem continua cada vez mais separado do seu irmão nesta escola chamada VIDA.
A prova maior disso é que somos pequenos demais para entender as mensagens que temos recebido desde que Cristo esteve entre nós.

Bastante triste tudo isto, não?

Tratado da "Tolerância" - Voltaire - 1763
"Não é mais aos homens que me dirijo!
É a Ti, Deus de todos os seres, de todos os mundos e de todos os tempos:
Que os erros agarrados à nossa natureza não sejam motivo das nossas calamidades.
Tu, Senhor, não nos destes um coração para nos odiarmos, nem mãos para nos enforcarmos.
Faz com que nos ajudemos mutuamente a suportar o fardo de uma vida penosa e passageira.
Que as pequenas diferenças entre as vestimentas que cobrimos os nossos corpos, entre os nossos costumes ridículos, entre as nossas leis imperfeitas e as nossas opiniões insensatas, não sejam sinais de ódio e de perseguição.
Que aqueles que acendem velas em pleno dia para Te celebrar, suportem os que se contentam com a luz do sol.
Que os que cobrem as suas roupas com um manto branco, para dizer que é preciso amar-Te, não detestem os que dizem a mesma coisa sob um manto negro.
Que aqueles que dominam uma pequena parte deste mundo, e que possuem algum dinheiro,
desfrutem sem orgulho do que chamam “poder e riqueza” e que os outros não os vejam
com inveja, mesmo porque Tu sabes que não há nessas vaidades nem o que invejar,
nem do que se orgulhar.
Que eles tenham horror à tirania exercida sobre as almas, como também execrem
os que exploram a força do trabalho. Se os flagelos da guerra são inevitáveis,
não nos violentemos em nome da paz.
Que possam todos os homens lembrar-se que são IRMÃOS!”

"Que assim seja!"

1 comentário:

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Estimada Amiga e Ilustre Romancista Irene,
É bem verdade o que escreve, sobre esse tema eu já bati no malho, e isto tudo porque existe um tal país que pensa ser o dono e polícia do mundo, usa a tal política houve o que digo mas não faças o que eu faço, e por causa dele, pagamos todos nós.
Qualquer dia e para poupar o gasto com os scanners, passaremos a viajar nus.
Será uma nova Era na aviáo civil, o Nudismo Aéreo.
Um abraço amigo