Nós bebemos demais e gastamos sem critérios. Conduzimos rápido demais, ficamos acordados até muito tarde, acordamos muito cansados...
Lemos muito pouco, assistimos à TV demais e raramente estamos com Deus.
Multiplicamos os nossos bens, mas reduzimos os nossos valores.
Falamos demais, amamos raramente, odiamos frequentemente.
Aprendemos a sobreviver, mas não a viver; adicionamos a nossa vida e não “vida” aos nossos anos.
Fomos e voltámos da Lua, mas temos dificuldade em comunicar com o nosso vizinho. Conquistámos o espaço sideral, mas não o nosso próprio espaço.
Fizemos muitas coisas maiores, mas pouquíssimas melhores!
Limpamos o ar, mas poluímos a alma; dominamos o átomo, mas não o nosso preconceito; escrevemos mais, mas aprendemos menos; planejamos mais, mas realizamos menos…
Aprendemos a nos apressar e não a esperar.
Construímos mais computadores para armazenar o máximo de informação, produzir mais cópia, mas comunicamos cada vez menos.
Estamos na era da “comida rápida” mas da digestão lenta; do homem grande, mas de carácter pequeno, de lucros acentuados mas de relações vazias.
Esta é a era dos dois empregos, vários divórcios, casas chiques e lares desfeitos.
Esta é a era das viagens rápidas, moral descartável como as fraldas, dos cérebros ocos e das pílulas mágicas.
Muitas coisas nas montras, mas de dispensas vazias.
Esta é um tema para reflectir: o que fazemos das nossas vidas? Como vivemos? Que qualidade temos ao vivê-la e como a vivemos?
Quantas vezes nos lembramos de dar um abraço carinhoso aos nossos pais ou ao nosso melhor amigo? Eles não estão connosco para sempre. Pouco ou nenhum tempo passamos com aqueles que amamos, ou então, se estamos junto deles, há sempre algo que nos divide: a TV, o computador…
Um beijo, um abraço, uma palavra amiga, não custam um centavo, mas alegra e atenua a dor ou a solidão daqueles que nos estão próximos.
... e a vida passa tão depressa...
Adaptado de uma carta de G. Carlim
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