terça-feira, 14 de fevereiro de 2012
O romantismo e as tradições
Ainda dentro da comemoração do "Dia dos Namorados" e tradições à parte, os "lenços dos namorados" é uma tradição antiga que me despertou a atenção, porque me ofereceram um paninho de tabuleiro, baseado nesses lencinhos, que achei um encanto.
É uma tradição, que terá tido origem entre os séculos XVII e XVIII. Nessa época, estes pedacinhos de pano bordados, carregados de amor, eram conhecidos como lenços senhoris e faziam parte do traje feminino, tendo uma função fundamentalmente decorativa.
Com o passar do tempo foram sendo adaptados pelas mulheres do povo, adquirindo o uso de bordar pequenos lencinhos, que chegou até aos dias de hoje.
Os lenços traduziam e, ainda traduzem, os mais variados sentimentos duma rapariga em idade de casar, quer manifestados através dos símbolos, que se prendem com a fidelidade, quer através de símbolos religiosos, que referem o acto específico do casamento, ou ainda através de quadras de gosto popular, que na maior parte dos casos, denunciam a ignorância ortográfica da bordadeira, pois facilmente nos deparamos com erros ortográficos dos mais variados.
Por vezes são também testemunhos de épocas (a emigração para o Brasil), de trabalhos agrícolas (vindimas) e até de críticas sociais.
O Lenço de Namorados terá existido um pouco por todo o país, mas é na região do Minho, que a tradição mais tem perdurado.
Desde sempre, os portugueses partiram: ou para ganhar o sustento noutro lugar, ou para a guerra, ou para embarcarem em navios na aventura da Expansão. Em casa ficavam as mulheres e as crianças.
Mulheres sós, tristes, que trabalhavam a terra, fiavam o linho, amassavam o pão e iam vivendo de esperança e de saudade.
Ora, na hora da despedida, em certas regiões do norte de Portugal, era “obrigatório” a rapariga apaixonada oferecer um lenço ao namorado.
Lenço bordado por ela, com uma quadra da sua autoria. Se bordava com erros ortográficos, isso era um pormenor insignificante, o que contava - e conta - são os sentimentos.
Depois dos abraços e beijos de despedida, o rapaz levava algo que lhe faria lembrar a amada distante. Este lenço era como uma carta, mas mais bela e quase indestrutível, bordada em linho fino, no qual - quem sabe! - algumas lágrimas masculinas, cairiam nos momentos de maior tristeza.
As cores e as quadras desses lenços são das coisas mais bonitas do nosso património artesanal bordado, pela sua autenticidade e ternura. É principalmente na região do Minho que esses “lenços de namorados” têm a sua mais bela expressão. Houve-os bordados apenas a branco ou a negro, mas os mais comuns têm muitas cores e há desenhos “obrigatórios”. Nessa linguagem secreta, fique a saber que rosa quer dizer mulher, coração é amor, lírios simbolizam a virgindade, cravos vermelhos são sinónimo de provocação, e os pombinhos significam os namorados, como não podia deixar de ser
Tudo era feito em função da fantasia, das fantasias - o Amor - e ele de facto parece ser a causa directa desta rica e exuberante manifestação artesanal, que vai contando muitos séculos de namoros e de amores…
Escreve-me, amor, escreve.
Lá do meio do caminho;
Se não achares papel,
Nas asas de um passarinho
A carta que eu te escrevo
Sai-me da palma da mão
A tinta sai dos meus olhos
E a pena do coração.
Felizmente que foi desenvolvido um trabalho de recuperação desta tradição. Campanhas promocionais foram surgindo, de Câmaras Municipais e Associações, produzindo de novo e divulgando através de serviços de turismo e não só. Voltou a estar na moda estes lindos e tradicionais lencinhos, e muitos deles vêm com um certificado de qualidade
Entre várias iniciativas foi criada a marca “Namorar Portugal”, que alia a moda à divulgação turística, com raízes nos tradicionais lenços, já podemos encontrar porcelanas e peças de cerâmicas, inspiradas no tema ”lenços dos namorados”.
A" Vista Alegre Atlantis, criou uma linha de mesa completa serviço de chá, café e mesa, com motivos associados aos tradicionais lenços. Flores, corações e pássaros, são alguns dos elementos que decoram as coloridas peças desta colecção.
Podemos encontrar estas peças nas lojas que vendem artigos turisticos em Portugal, Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia, Casas so povo e algumas Associações...
Nas épocas mais românticas, até se pode encontrar em algumas pastelarias, bolinhos românticamente inspirados nos tradicionais lencinhos....
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Dia dos Namorados
Esta terça-feira é o Dia dos Namorados! A data convida os casais a celebrarem o amor. E, o espírito de S. Valentim anda à solta...
Sem conseguir escapar à lógica da nossa sociedade, também este dia especial se tornou num negócio bastante lucrativo.
É verdade que a génese da festividade foi desvirtuada, contudo, continua a ser possível cada um de nós atribuir a este dia, o sentimento puro do amor e termos uma “desculpa” para sair da rotina, trocar chocolates, oferecer um cartãozinho romântico, receber e dar flores, ir a um restaurante diferente do habitual, ou ir dar um simples passeio de mãos dadas...
Independentemente daquilo que se decida fazer, o que interessa mesmo é o sentimento de união que existe no casal, e é isso mesmo que deve ser festejado.
Se tu me amas,
ama-me baixinho.
Não o grites de cima dos telhados,
deixa em paz os passarinhos.
Deixa-me a mim em paz!
Se me queres,
enfim,
…..tem de ser bem devagarinho,
…..amada,
…..que a vida é breve,
…..e o amor
…..mais breve ainda.
(Mario Quintana)
FELIZ DIA E... AME MUITO!
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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012
Ainda o Acordo Ortográfico...
O novo Acordo Ortográfico começou a ser aplicado nos documentos do Estado em 2011, vigorando em todos os serviços, organismos e entidades na tutela do Governo português.
No meio do marasmo dos que se dizem adversários do acordo ortográfico, mas continuam a aplicá-lo no dia-a-dia porque “não há outro remédio”, a posição de Vasco Graça Moura (que sempre se opôs ao AO com fundamento) é digna de aplauso: no CCB, onde já se aplicava o AO, deu ordens para voltar atrás. Se outros tivessem a sua coerência, tudo seria bem diferente em Portugal
No entanto, existem ainda instituições que não o aplicaram, como a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e, reforçando, o Centro Cultural de Belém, que voltou atrás na decisão depois do novo presidente Vasco Graça Moura ter ordenado que todos os conversores – ferramenta informática que adapta os textos ao acordo – fossem desinstalados dos computadores da instituição.
Desde então, a discussão tem estado em aberto, tendo surgindo cada vez mais vozes contra a aplicação do acordo.
Entretanto, o tema chegou às páginas do jornal angolano de capiatais públicos, depois da reunião, em Lisboa, dos ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), onde se pode ler que “nenhum país tem mais direitos ou prerrogativas, só porque possui mais falantes ou, uma indústria editorial mais pujante”.
No editorial, o jornal escreve que a questão do Acordo Ortográfico foi um dos temas debatidos na reunião de ministros, uma vez que a Angola e Moçambique, ainda não o ratificaram.
O jornal, dirigido por José Ribeiro, escreve que, é importante que todos os países “respeitem as diferenças e que ninguém ouse impor regras, só porque o difícil comércio das palavras assim o exige”, arrebatando assim o argumento de que o Acordo Ortográfico, servirá para aproximar as comunidades de língua portuguesa.
“Escrevemos à nossa maneira, falamos com o nosso sotaque, desintegramos as regras à medida das nossas vivências, introduzimos no discurso as palavras que bebemos no leite das nossas Línguas Nacionais”, defende o editorial, acrescentando que “do ‘português tabeliónico’ aos nossos dias, milhões de seres humanos moldaram a língua em África, na Ásia, nas Américas”.
Exemplificando, o jornal recorre ao quotidiano dos jornalistas:
- “Ninguém mais do que os jornalistas gostava que a Língua Portuguesa não tivesse acentos ou consoantes mudas. O nosso trabalho ficava muito facilitado se pudéssemos construir a mensagem informativa com base no português falado ou pronunciado. Mas se alguma vez isso acontecer, estamos a destruir essa preciosidade que herdámos inteira e sem mácula. Nestas coisas não pode haver facilidades e muito menos negócios. E também não podemos demagogicamente descer ao nível dos que não dominam correctamente o português”,
- escreve o jornal, defendendo exactamente que os mais sábios ensinem os que menos sabem.
Para o “Jornal de Angola”, o português falado neste país tem características específicas, “uma beleza única e uma riqueza inestimável”, que devem ser mantidas, assim como tem o português do Alentejo ou o português da Bahia. “Todos devemos preservar essas diferenças e dá-las a conhecer no espaço da CPLP”, atesta, concluindo que não é aceitável que através de um qualquer acordo a grafia seja esquecida. “Se queremos que o português seja uma língua de trabalho na ONU, devemos, antes do mais, respeitar a sua matriz e não pô-la a reboque do difícil comércio das palavras.”
A decisão de adopção do Acordo Ortográfico (AO) foi tomada em Conselho de Ministros a 25 de Janeiro de 2011, e começou oficialmente a ser adoptado a 1 de Janeiro de 2012, estando prevista a aplicação generalizada do acordo para 2014. Pergunto-me, se é possível neste momento parar a implementação do Acordo Ortográfico, sem prejudicar todas as crianças que já estudam por ele e se é possível fazer reset nas crianças e começar outra vez?
Eis o que penso sobre o assunto:
Estão a tentar fazer reset connosco, adultos... e nós temos muito mais dificuldade de adaptação do que as crianças.
Se o processo se revertesse agora, repito, agora, daqui a 3 meses, os alunos que estão a aprender português, segundo o novo acordo, nem se lembrariam do que lhes estão a ensinar agora, e nadariam como peixe dentro de água no português, que sempre conhecemos.
E já alguém parou para pensar nos custos inerentes a esta brincadeira? Eu tenho imensos volumes na minha casa de macau e em Lisboa, é quase uma mini-biblioteca. Tudo isto é agora, obsoleto. Não é antigo, reparem, isso é outra coisa...
É obsoleto, ou seja, lixo. Milhões de manuais escolares para o lixo!
Milhões de livros de leitura obrigatória no ensino básico e secundário para o lixo!
Milhões de livros editados e apoiados pelo Plano Nacional de Leitura nos últimos 5 anos, para o lixo.
Milhões de clássicos da literatura para o lixo! É isso que esta brincadeira do AO nos custa.
Não está em causa a evolução natural da língua portuguesa! Está em causa o ego demasiado grande de meia dúzia de políticos da treta, que quiseram deixar a sua marca. Bela marca, não há dúvida!
Se for obrigada profissionalmente a usar o novo AO, farei batota sim! Escrevo normalmente e depois utilizo o conversor. Infelizmente, também sou obrigada a decifrar o que se escreve nessa espécie de dialecto. Dou por mim a tentar avaliar rapidamente quantos significados ou se existe sequer algum significado, para aquele aglomerado de letras que me aparece à frente.
A alegada tentativa de facilitar o entendimento entre utilizadores da língua portuguesa nas suas mais diversas variantes, resulta afinal numa comunicação cheia de ruído para os próprios portugueses, enquanto dos outros lados do Atlântico, as comunidades lusófonas assistem indiferentes a toda esta palhaçada.
No meio do marasmo dos que se dizem adversários do acordo ortográfico, mas continuam a aplicá-lo no dia-a-dia porque “não há outro remédio”, a posição de Vasco Graça Moura (que sempre se opôs ao AO com fundamento) é digna de aplauso: no CCB, onde já se aplicava o AO, deu ordens para voltar atrás. Se outros tivessem a sua coerência, tudo seria bem diferente em Portugal
No entanto, existem ainda instituições que não o aplicaram, como a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e, reforçando, o Centro Cultural de Belém, que voltou atrás na decisão depois do novo presidente Vasco Graça Moura ter ordenado que todos os conversores – ferramenta informática que adapta os textos ao acordo – fossem desinstalados dos computadores da instituição.
Desde então, a discussão tem estado em aberto, tendo surgindo cada vez mais vozes contra a aplicação do acordo.
Entretanto, o tema chegou às páginas do jornal angolano de capiatais públicos, depois da reunião, em Lisboa, dos ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), onde se pode ler que “nenhum país tem mais direitos ou prerrogativas, só porque possui mais falantes ou, uma indústria editorial mais pujante”.
No editorial, o jornal escreve que a questão do Acordo Ortográfico foi um dos temas debatidos na reunião de ministros, uma vez que a Angola e Moçambique, ainda não o ratificaram.
O jornal, dirigido por José Ribeiro, escreve que, é importante que todos os países “respeitem as diferenças e que ninguém ouse impor regras, só porque o difícil comércio das palavras assim o exige”, arrebatando assim o argumento de que o Acordo Ortográfico, servirá para aproximar as comunidades de língua portuguesa.
“Escrevemos à nossa maneira, falamos com o nosso sotaque, desintegramos as regras à medida das nossas vivências, introduzimos no discurso as palavras que bebemos no leite das nossas Línguas Nacionais”, defende o editorial, acrescentando que “do ‘português tabeliónico’ aos nossos dias, milhões de seres humanos moldaram a língua em África, na Ásia, nas Américas”.
Exemplificando, o jornal recorre ao quotidiano dos jornalistas:
- “Ninguém mais do que os jornalistas gostava que a Língua Portuguesa não tivesse acentos ou consoantes mudas. O nosso trabalho ficava muito facilitado se pudéssemos construir a mensagem informativa com base no português falado ou pronunciado. Mas se alguma vez isso acontecer, estamos a destruir essa preciosidade que herdámos inteira e sem mácula. Nestas coisas não pode haver facilidades e muito menos negócios. E também não podemos demagogicamente descer ao nível dos que não dominam correctamente o português”,
- escreve o jornal, defendendo exactamente que os mais sábios ensinem os que menos sabem.
Para o “Jornal de Angola”, o português falado neste país tem características específicas, “uma beleza única e uma riqueza inestimável”, que devem ser mantidas, assim como tem o português do Alentejo ou o português da Bahia. “Todos devemos preservar essas diferenças e dá-las a conhecer no espaço da CPLP”, atesta, concluindo que não é aceitável que através de um qualquer acordo a grafia seja esquecida. “Se queremos que o português seja uma língua de trabalho na ONU, devemos, antes do mais, respeitar a sua matriz e não pô-la a reboque do difícil comércio das palavras.”
A decisão de adopção do Acordo Ortográfico (AO) foi tomada em Conselho de Ministros a 25 de Janeiro de 2011, e começou oficialmente a ser adoptado a 1 de Janeiro de 2012, estando prevista a aplicação generalizada do acordo para 2014. Pergunto-me, se é possível neste momento parar a implementação do Acordo Ortográfico, sem prejudicar todas as crianças que já estudam por ele e se é possível fazer reset nas crianças e começar outra vez?
Eis o que penso sobre o assunto:
Estão a tentar fazer reset connosco, adultos... e nós temos muito mais dificuldade de adaptação do que as crianças.
Se o processo se revertesse agora, repito, agora, daqui a 3 meses, os alunos que estão a aprender português, segundo o novo acordo, nem se lembrariam do que lhes estão a ensinar agora, e nadariam como peixe dentro de água no português, que sempre conhecemos.
E já alguém parou para pensar nos custos inerentes a esta brincadeira? Eu tenho imensos volumes na minha casa de macau e em Lisboa, é quase uma mini-biblioteca. Tudo isto é agora, obsoleto. Não é antigo, reparem, isso é outra coisa...
É obsoleto, ou seja, lixo. Milhões de manuais escolares para o lixo!
Milhões de livros de leitura obrigatória no ensino básico e secundário para o lixo!
Milhões de livros editados e apoiados pelo Plano Nacional de Leitura nos últimos 5 anos, para o lixo.
Milhões de clássicos da literatura para o lixo! É isso que esta brincadeira do AO nos custa.
Não está em causa a evolução natural da língua portuguesa! Está em causa o ego demasiado grande de meia dúzia de políticos da treta, que quiseram deixar a sua marca. Bela marca, não há dúvida!
Se for obrigada profissionalmente a usar o novo AO, farei batota sim! Escrevo normalmente e depois utilizo o conversor. Infelizmente, também sou obrigada a decifrar o que se escreve nessa espécie de dialecto. Dou por mim a tentar avaliar rapidamente quantos significados ou se existe sequer algum significado, para aquele aglomerado de letras que me aparece à frente.
A alegada tentativa de facilitar o entendimento entre utilizadores da língua portuguesa nas suas mais diversas variantes, resulta afinal numa comunicação cheia de ruído para os próprios portugueses, enquanto dos outros lados do Atlântico, as comunidades lusófonas assistem indiferentes a toda esta palhaçada.
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sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012
Optimismo & Esperança
Hoje em dia, não há razões para termos optimismo.
Hoje em dia, só é possível ter esperança, que é o oposto de optimismo.
Ser optimista, é quando, sendo primavera do lado de fora, nasce a primavera do lado de dentro.
Mas já a Esperança é quando, no meio do inverno, descobrimos que dentro de nós, existe um verão invencível…
Por isso, é preciso superar, não só os limites físicos, como ir além deles, e continuar a viver uma vida normal.
Para superar, é também ver os defeitos da alma, a nossa pequenez e ultrapassarmos tudo isso para tentar construir um mundo positivo à nossa volta.
Não basta termos pernas e mãos, é preciso fazer uso deles para abraçar, usar as mãos para ajudar alguém a erguer-se, as pernas para caminhar num sentido justo e os nossos ombros para dividirmos com quem necessita, o peso da cruz.
Temos de acreditar que o melhor de nós, não depende dos outros e se Deus nos deu a inteligência e capacidades superiores ao dos outros animais, significa que podemos ir muito além das limitações, que nós próprios criamos.
Sem sonhos, a vida não tem brilho. Sem metas, os sonhos não têm alicerces. Sem prioridades, os sonhos não se tornam reais. Sonhe, trace metas, estabeleça prioridades e corra riscos para executar os seus sonhos. Melhor é errar por tentar, do que errar por omitir!"
(Augusto Cury)
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Nova técnica contra o cancro
Existe agora uma técnica que usa luz infravermelha para eliminar os tumores, sem afectar as células sadias do organismo.
Além de ser difícil, tratar de um cancro, também é um sofrimento, que só quem passa por ele, é que lhe dá o verdadeiro valor, até porque as sessões de quimioterapia e radioterapia têm efeitos colaterais fortes, deixando o doente fragilizado.
Mas e se a pessoa pudesse ir ao hospital, tomar uma injecção inofensiva, receber uma aplicação de luz e voltar para casa curada, sem efeitos adversos?
Parece até mágico, mas está a tornar-se realidade! Pesquisadores dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA desenvolveram uma nova técnica, a “fotoimunoterapia”, que utiliza raios de luz infravermelha (invisível a olho nu) para destruir tumores.
Então, funciona assim. primeiro o paciente recebe uma injecção com versões modificadas dos anticorpos HER2, EGFR ou PSMA, que têm a capacidade de se "colar" nas células cancerosas. Sozinhos, eles não fazem nada contra o tumor. Só que esses anticorpos são turbinados com uma molécula chamada IR700 - é a microbomba que irá destruir o cancro.
Em seguida, o paciente recebe raios infravermelhos emitidos por uma máquina. Eles penetram no corpo e chegam até a IR700, que é activada e liberta uma substância que ataca a célula cancerosa. Ou seja: é como se fosse uma microquimioterapia, que só mata o tumor e não afecta as células sadias.
Testes em ratinhos de laboratório tiveram resultados animadores: o tratamento mostrou–se eficaz contra os tumores de mama, pulmão, pâncreas, cólon e próstata.
- "Acreditamos que esse método tenha potencial para substituir vários tratamentos de quimioterapia, radioterapia e cirurgia", diz Hisataka Kobayashi, líder do estudo.
FONTE:
Revista Superinteressante de Fevereiro de 2012
Além de ser difícil, tratar de um cancro, também é um sofrimento, que só quem passa por ele, é que lhe dá o verdadeiro valor, até porque as sessões de quimioterapia e radioterapia têm efeitos colaterais fortes, deixando o doente fragilizado.
Mas e se a pessoa pudesse ir ao hospital, tomar uma injecção inofensiva, receber uma aplicação de luz e voltar para casa curada, sem efeitos adversos?
Parece até mágico, mas está a tornar-se realidade! Pesquisadores dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA desenvolveram uma nova técnica, a “fotoimunoterapia”, que utiliza raios de luz infravermelha (invisível a olho nu) para destruir tumores.
Então, funciona assim. primeiro o paciente recebe uma injecção com versões modificadas dos anticorpos HER2, EGFR ou PSMA, que têm a capacidade de se "colar" nas células cancerosas. Sozinhos, eles não fazem nada contra o tumor. Só que esses anticorpos são turbinados com uma molécula chamada IR700 - é a microbomba que irá destruir o cancro.
Em seguida, o paciente recebe raios infravermelhos emitidos por uma máquina. Eles penetram no corpo e chegam até a IR700, que é activada e liberta uma substância que ataca a célula cancerosa. Ou seja: é como se fosse uma microquimioterapia, que só mata o tumor e não afecta as células sadias.
Testes em ratinhos de laboratório tiveram resultados animadores: o tratamento mostrou–se eficaz contra os tumores de mama, pulmão, pâncreas, cólon e próstata.
- "Acreditamos que esse método tenha potencial para substituir vários tratamentos de quimioterapia, radioterapia e cirurgia", diz Hisataka Kobayashi, líder do estudo.
FONTE:
Revista Superinteressante de Fevereiro de 2012
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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012
Abelhas - Precisam-se!
As abelhas estão doentes e a desaparecer massivamente. Elas estão a morrer um pouco por todo o mundo!
Desde que este estranho distúrbio, do lento desaparecimento das abelhas, foi descoberto na Florida, pelo apicultor David Hackenberg, em 2006, pouco se concluiu sobre as suas causas, apenas que as abelhas saem da colmeia e nunca mais regressam, deixando a rainha, os ovos e as larvas à fome.
O fenómeno não teria provavelmente a importância que tem, se o desaparecimento das abelhas não tivesse consequências directas na nossa cadeia alimentar, já que são elas as responsáveis pela polinização.
Todos sabemos o uso que o Homem faz do mel, do pólen, da cera, da geleia real, do própolis ou do veneno que a abelha comum (Apis melífera) permite. Mas é precisamente no serviço de polinização que delas mais precisamos e, se elas morrem, o prejuízo para a agricultura, é incalculável. Mais de 80% das espécies de plantas floríferas no mundo e das espécies cultivadas na Europa, dependem de insectos, em especial das abelhas.
Na província de Sichuan, no sul da China, as abelhas desapareceram nos anos 80, devido ao uso descontrolado de pesticidas. Para sobreviver, os agricultores têm de polinizar manualmente as árvores de frutos. Os três milhões de flores polinizadas diariamente por uma colmeia, transformaram-se num trabalho lento e árduo, de mão-de-obra intensiva.
O que aconteceu na China pode ser o prenúncio do que irá suceder no resto do mundo. O problema é que não existem seres humanos suficientes para fazer o trabalho das abelhas e, assim, evitar o desaparecimento de parte substancial da nossa cadeia alimentar.
Até agora, os mais afectados foram os EUA, em especial os produtores de amêndoa da califórnia, que normalmente recorrem aos serviços de apicultores que tiveram enormes dificuldades em fornecer as abelhas por já serem poucas e as que restam andam muito enfraquecidas.
Em Portugal, começam a surgir queixas, em especial na zona Norte, que viram as suas colónias desaparecer de forma súbita. O mesmo se passa em Trás-os-Montes, uma das principais regiões nacionais na produção de mel e pólen pois, milhares de abelhas estão a morrer, embora a dimensão não seja tão catastrófica, como nos outros países.. Estimam-se quebras de 60% e pensa-se que na origem poderá estar uma doença provocada por um ácaro (varroa), mas ainda não se tem a certeza de nada.
PROCURAM-SE CULPADOS:
Segundo o estudo publicado na revista “PLoS ONE”, investigadores norte-americanos identificaram a mosca parasitária apocephalus borealis como possível causa do desaparecimento das abelhas domésticas. A mosca deposita os seus ovos no abdómen da abelha, que, sete dias depois, acaba por morrer.
Embora fossem já adiantadas várias hipóteses para o fenómeno, para além dos ácaros, das alterações climáticas, do uso de pesticidas, o aumento de áreas de plantações de transgénicos, da poluição ambiental e da radiação dos telemóveis…
É verdade! O excessivo uso dos telemóveis teve a especial atenção do cientista suíço, David Favre, que culpa o telemóvel pela possível diminuição das colónias de abelhas, devido às frequências que elas captam e que as desorienta.
Oitenta e três experiências feitas nas imediações das colmeias, perceberam que, para além de elas ficarem desorientadas quando um telemóvel está a funcionar nas imediações, também não saem da colmeia se estiver algum telemóvel a funcionar perto. Embora não esteja 100% provado que seja esta a causa da morte das abelhas, as investigações continuam e prometem muita polémica…
Desde que este estranho distúrbio, do lento desaparecimento das abelhas, foi descoberto na Florida, pelo apicultor David Hackenberg, em 2006, pouco se concluiu sobre as suas causas, apenas que as abelhas saem da colmeia e nunca mais regressam, deixando a rainha, os ovos e as larvas à fome.
O fenómeno não teria provavelmente a importância que tem, se o desaparecimento das abelhas não tivesse consequências directas na nossa cadeia alimentar, já que são elas as responsáveis pela polinização.
Todos sabemos o uso que o Homem faz do mel, do pólen, da cera, da geleia real, do própolis ou do veneno que a abelha comum (Apis melífera) permite. Mas é precisamente no serviço de polinização que delas mais precisamos e, se elas morrem, o prejuízo para a agricultura, é incalculável. Mais de 80% das espécies de plantas floríferas no mundo e das espécies cultivadas na Europa, dependem de insectos, em especial das abelhas.
Na província de Sichuan, no sul da China, as abelhas desapareceram nos anos 80, devido ao uso descontrolado de pesticidas. Para sobreviver, os agricultores têm de polinizar manualmente as árvores de frutos. Os três milhões de flores polinizadas diariamente por uma colmeia, transformaram-se num trabalho lento e árduo, de mão-de-obra intensiva.
O que aconteceu na China pode ser o prenúncio do que irá suceder no resto do mundo. O problema é que não existem seres humanos suficientes para fazer o trabalho das abelhas e, assim, evitar o desaparecimento de parte substancial da nossa cadeia alimentar.
Até agora, os mais afectados foram os EUA, em especial os produtores de amêndoa da califórnia, que normalmente recorrem aos serviços de apicultores que tiveram enormes dificuldades em fornecer as abelhas por já serem poucas e as que restam andam muito enfraquecidas.
Em Portugal, começam a surgir queixas, em especial na zona Norte, que viram as suas colónias desaparecer de forma súbita. O mesmo se passa em Trás-os-Montes, uma das principais regiões nacionais na produção de mel e pólen pois, milhares de abelhas estão a morrer, embora a dimensão não seja tão catastrófica, como nos outros países.. Estimam-se quebras de 60% e pensa-se que na origem poderá estar uma doença provocada por um ácaro (varroa), mas ainda não se tem a certeza de nada.
PROCURAM-SE CULPADOS:
Segundo o estudo publicado na revista “PLoS ONE”, investigadores norte-americanos identificaram a mosca parasitária apocephalus borealis como possível causa do desaparecimento das abelhas domésticas. A mosca deposita os seus ovos no abdómen da abelha, que, sete dias depois, acaba por morrer.
Embora fossem já adiantadas várias hipóteses para o fenómeno, para além dos ácaros, das alterações climáticas, do uso de pesticidas, o aumento de áreas de plantações de transgénicos, da poluição ambiental e da radiação dos telemóveis…
É verdade! O excessivo uso dos telemóveis teve a especial atenção do cientista suíço, David Favre, que culpa o telemóvel pela possível diminuição das colónias de abelhas, devido às frequências que elas captam e que as desorienta.
Oitenta e três experiências feitas nas imediações das colmeias, perceberam que, para além de elas ficarem desorientadas quando um telemóvel está a funcionar nas imediações, também não saem da colmeia se estiver algum telemóvel a funcionar perto. Embora não esteja 100% provado que seja esta a causa da morte das abelhas, as investigações continuam e prometem muita polémica…
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domingo, 5 de fevereiro de 2012
Liberdade...
Quanto a mim, a liberdade é uma ilusão! São imperdoáveis as histórias harmoniosas de omissões de verdade, falsas de acréscimos, que esta vida de catálogos falantes nos oferece.
Não é segredo nenhum o que estou a representar por grafismos, mas é mais agradável fingir o desconhecimento.
É mais fácil recusar a utopia, de que o conceito de liberdade depende. É deplorável a falsa ideia de que vivemos libertos... A nossa servil vida nada mais é, que um conjunto de protocolos impostos e não digo isto com demasiado espanto ou desespero.
Empobrece-me ter este conhecimento e ainda mais me entristece saber que não sou a única a ter esta percepção.
A nossa vida, são factos estéticos que pretendem agradar ao outro e também a nós próprios. Não me encolho nem me dobro perante esta realidade bruta, com que me deparei há já algum tempo, luto a cada fluir do dia, a cada fluir da noite pela doçura que esta falsidade me pode proporcionar e percorro-a ignorando o engano. Afinal também eu posso fingir, e entre altos e baixos, verdades e mentiras, existe um caminho que posso percorrer... o da liberdade aparente.
A liberdade pode ser aparente, mas fomos nós que a tornámos nesta sensação de falsidade. Mesmo nos pequenos gestos que nos libertam de preconceitos e ilusões, poderemos encontrar um sentimento libertador.
Ainda que nos sintamos muitas vezes condicionados, se o nosso pensamento é livre, então somos livres.
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