Um Novo ano aí chega e com ele novas oportunidades de retomarmos antigos sonhos, projectos não concretizados, amigos há muito não vistos, procura de antigos locais que nos marcaram, ou novos, por onde desejaríamos deambular e que nos aguardam.
Todos os Anos temos uma segunda oportunidade: de sermos melhores, de reatarmos laços, de compormos estragos, de pedir desculpa por uma qualquer falha nossa, ou somente de dizermos a alguém o quanto a amamos, o quanto nos faz/fez feliz, quantas saudades hospedadas nos nossos peitos, recortes de lembranças retidos na memória do coração...
Seremos capazes de agarrar todas essas oportunidades em 2011?
Respeitaremos quem somos ao ponto de permitirmos o nosso Ser vivenciar tudo a que se tem direito?
Valerá a pena correr por um sonho, ou desperdiçarmos mais um Ano Novo das nossas vidas e continuarmos acomodados aos velhos hábitos?
Será desta que acreditamos que é possível sermos o Ser, que viemos para ser?
A única alegria neste mundo é a de começar. É belo viver, porque viver é começar, sempre, a cada instante.
A vida... e a gente põe-se a pensar em quantas maravilhosas teorias os filósofos arquitectaram na severidade das bibliotecas, em quantos belos poemas os poetas rimaram na pobreza das mansardas, ou em quantos fechados dogmas os teólogos não entenderam na solidão das celas.
A vida é o que eu estou a cada instante a ver e a viver: uma manhã majestosa e nua sobre os montes cobertos de neve e de sol, uma manta de panasco onde uma ovelha acabou de parir um cordeiro, e duas crianças — um rapaz e uma rapariga — silenciosas, pasmadas, a olhar o milagre ainda a fumegar.
Viver ao sol, gratuitamente, como um lagarto. Tudo na vida pode ser uma maravilha porque tudo nela tem uma justificação.
É, da mais rasteira erva ao mais nojento bicho, não haver presença no mundo que não seja necessária e insubstituível. Que, do contrário, era faltar na terra esta admirável plurivalência, que faz de uma tarde de sol, de trigo e de cigarras o mais assombroso espectáculo que se pode ver. O medir depois a distância que vai da formiga ao leão, da urtiga ao castanheiro, de Nero a S. Francisco de Assis, é uma casuística que não tem nada que ver com a torrente de seiva que inunda o mundo de pólo a pólo.
O amor e a amizade são os sentimentos que mais contribuem para dar sentido e cor às nossas vidas
Respostas que encontraremos, com certeza, no nosso interior se nos propusermos a escutá-lo.
A todos, desejo um Feliz 2011!
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
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