quinta-feira, 14 de maio de 2009
As dívidas
Numa pequena vila e estância de veraneio na costa sul da França, chove e nada de especial acontece. Cada vez mais a crise sente-se.
Toda a gente deve a toda a gente, carregada de dívidas.
Subitamente, um rico turista russo entra no foyer do pequeno hotel local.
Pede um quarto e coloca uma nota de 100 € sobre o balcão, pede uma chave de quarto e sobe ao 3.º andar para inspeccionar o quarto que lhe indicaram, na condição de desistir se este não lhe agradar.
O dono do hotel pega na nota de 100€ e corre ao fornecedor de carne a quem deve 100€, o talhante pega no dinheiro e corre ao fornecedor de leitões para pagar os 100€ que lhe devia há já algum tempo, este, por sua vez, corre ao criador de gado que lhe vendera a carne e este, corre a entregar os 100€ a uma prostituta que lhe cedera serviços a crédito.
Esta recebe os 100€ e corre a entregar ao dono do hotel os 100€ pela utilização casual de quartos à hora, para atender clientes.
Neste momento o russo rico desce à recepção e informa o dono do hotel que o quarto proposto não lhe agrada, pretende desistir e pede a devolução dos 100€. Recebe o dinheiro e sai.
Não houve neste movimento de dinheiro qualquer lucro ou valor acrescido.
Contudo, todos liquidaram as suas dívidas e estes moradores da pequena vila costeira, encaram agora com mais optimismo o futuro.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
4 comentários:
Estimada Amiga e Ilustre Romancista Irene, adorei ler esta bela história, eu não tirei ilasóes algumas, deixco isso para os políticos portugueses, pois a lição é óptima e eles que a sigam, assim teríamos um país sem dívidas rsrsrsrs.
Um abraço amigo
Olá, Irene.
A estorinha do russo é apresentada em muitas escolas de Economia, para provar o valor da circulação fiduciária que gera, apesar de não parecer, riqueza.
Agora vou â descoberta do seu blog mas devagar. Um abraço.
Álvaro Belo Marques
Olá Álvaro
Obrigada pela visita. Gostaria de ter acesso ao seu blog...
Abraço!
este comentario espelha o excelente optimismoe a forca titanica da Irene.
Rogerio
Enviar um comentário