quinta-feira, 21 de maio de 2009

O Pianista


Esta é uma história real que aconteceu com o pianista e compositor Ignacy Jan Paderewski, que a partir de 1887, quando se apresentou em Viena e Paris, conheceu permanentes êxitos na sua carreira. As causas patrióticas foram primordiais na vida e na obra do pianista e compositor polonês, que serviu o seu país como músico e estadista.

Uma mãe desejando encorajar o progresso do seu jovem filho ao piano, levou-o a um concerto deste pianista.
Depois de se sentarem, a mãe viu uma amiga na plateia, foi até ela para a cumprimentar e ali ficou a conversar uns minutos, tempo suficiente para que a criança, na sua curiosidade infantil e tomando a oportunidade de explorar as maravilhas do teatro, levantou-se e percorreu um dos corredores que, nesta sua exploração o levou a uma porta onde estava escrito “PROIBIDA A ENTRADA"…
Quando as luzes começaram a baixar e o concerto estava prestes a começar, a mãe retornou ao seu lugar e descobriu que o filho não estava lá. Preocupada, olhava à sua volta, tentando localizar o pequeno vulto, quando de repente, as cortinas se abriram e as luzes insidiram sobre o impressionante piano de Steinway, no cento do palco.
Horrorizada, a mãe viu o seu filho sentado ao piano, dedilhando inocentemente o teclado, onde saíam algumas notas de uma música infantil.
Naquele momento, o grande mestre fez a sua entrada, olhando o menino, sorriu e rapidamente dirigiu-se ao piano. Sussurrou ao ouvido do menino: - “Não pares, continua a tocar”.
Então, debruçando-se sobre o teclado, Paderewski estendeu a sua mão esquerda e começou a preencher a parte de baixo. Depois, colocou a sua mão direita ao redor dos ombros do menino e acrescentou um belíssimo acompanhamento juntamente com as notas da criança, improvisando uma suave e encantadora melodia. Juntos, o velho mestre e o jovem noviço, transformaram uma situação embaraçosa numa experiência maravilhosamente criativa. O público ficou perplexo…
A arte não consiste apenas em reproduzir, mas sim em criar.

4 comentários:

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Estimada Amiga e Ilustre Romancista Irene,

Adorei esta bela história, é bem verdade que a arte não consiste apenas em reproduzir, mas sim em criar, e no texto descrito nos dá essa prova.
Uma lição a tirar, se todos nós que sabemos algo soubessemos transmitir, com humildade, esses conhecimentos às pessoas necessitadas, o mundo estaria bem melhor, por a entre ajuda é a base da união, da compreensão e do saber.
Um abraço amigo

Anónimo disse...

É verdade sim senhor. Este pianista é famoso, até há várias associações com o nome dele. Também era muito humano, esta história parece que foi real?!

O Espírito do Tai Chi disse...

Amiga Irene,

Que belo exemplo de grandeza e pureza. E não é assimtão dificil pois não?

Um bom fim de semana deste Portugal
à "beira-mar plantado"...

António Serra

Anónimo disse...

Convém não esquecer que foi o primeiro presidente da Polónia.
Samuel