terça-feira, 27 de outubro de 2009
Festa da Lusofonia em Macau e ainda...
A Festa da Lusofonia decorreu este fim de semana, nos dias 22 a 24 de Outubro e como sempre tem acontecido, na zona do Carmo, na ilha da Taipa.
Este local, onde era antes um bairro de traça portuguesa e que hoje se transformou em casas-museu, é um local tranquilo, escolhido há vários anos para, durante os três dias em que decorre esta festa, o público poder divertir-se nas barracas de artesanato e de petiscos com bebidas típicas, visitar os expositores de cada país lusófono e ainda participar nos jogos tradicionais portugueses, para não falar nos sempre excelentes espectáculos de música e dança.
Lusofonia é isto mesmo! Um conjunto de identidades culturais existentes em países falantes da língua portuguesa como Angola, Brasil, Cabo Verde, Goa, Damão e Dio, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe, Timor-Leste que se juntam na grande festa da amizade e permuta de carinho e cultura.
Este ano, mais uma vez a “Rádio Carmo” esteve no ar a transmitir música portuguesa durante toda a Festa, onde o nosso querido locutor da Rádio Macau, Jorge Vale, fez como sempre as honras da casa em parceria com o seu colega chinês, que também foi transmitindo comentários e anúncios em língua chinesa.
ESPECTÁCULOS DE MÚSICA E DANÇA de artistas locais e convidados.
Este é o anfiteatro onde desfilaram as danças tradicionais lusófonas: Grupos de Dança Brasil, Canções e Danças Folclóricas Infantis; Tuna Macaense, Grupos de Percussão "Beat-it" e de Sapateado "On Tat"; Teatro "Tru e Tru" pelo Grupo Maranatha; Grupo Axé Capoeira, Grupo de danças e cantares de Macau.
Convidados especiais e, vindos de Portugal,a "Quinta do Bill", um grupo que é caracterizado por um estilo próprio, ecléctico mas facilmente distinguível, com influências diversas, sendo a mais óbvia, a da música tradicional celta, muçulmana e ameríndia - ainda que se possam referir influências também da própria MPP (música popular portuguesa) ou do jazz.
De Angola, o grupo "Mercado Negro", a história do seu mentor e líder, Messias, que relembra a sua infância em Angola, como o espaço das suas mais longínquas memórias musicais e como a música africana o influenciou decisivamente no seu próprio percurso como cantor, músico e compositor. Já em Lisboa, durante a adolescência, começa o seu gosto pelo reggae, acompanhado por outros amigos, todos eles apaixonados pela música jamaicana, como Jahlú (dos One Love Family).
JOGO DE MATRAQUILHOS: Os jogadores usam figuras montadas em barras rotativas para "chutar" uma bolinha, até o golo do adversário. São necessários reflexos rápidos para controlar os bonequinhos de forma eficaz. O vencedor pode ser definido ao atingir um placar pré-determinado, ou em partidas por tempo.
Como sempre, crianças e adultos estiveram horas a divertirem-se neste jogo que empolga tanto os jogadores como quem assiste.
O ponto alto da festa, foi o torneio, onde participaram miúdos e graúdos, que se bateram pelo título de "campeões de matraquilhos da Lusofonia". Houve um vencedor adulto e outro vencedor da parte júnior que terminou em abraços e gargalhadas.
ARTESANATO: Há semelhança dos outros anos, tem tido muito êxito a venda de artefactos confeccionados para enfeitar as roupas, bonequinhas de pano, sacolas, malinhas, enfim... um sem número de belissimas peças executadas por mãos pacientes e habilidosas.
Uma das atracções com grande êxito para as crianças, foi a pintura no rosto de cores coloridas, que animou muitos rostinhos que exibiam felizes, não só pinturas artisitcas de flores, arabescos, como apareceram muitos "gatinhos", "tigres", etc.
VAMOS ESPREITAR OS EXPOSITORES LUSÓFONOS?
ANGOLA
O continente africano é considerado como o berço da humanidade. O território do actual estado angolano, é habitado desde o Paleolítico Superior, como indica a presença dos numerosos vestígios desses povos recolectores dos quais se deve salientar a existência de numerosas pinturas rupestres que se espalham ao longo do território.
Os seus descendentes, os povos Sam ou Khm, também conhecidos pela palavra bantu mukankala (escravo) foram empurrados pelos invasores posteriores, os bantu, para as areias do deserto do Namibe. Estes povos invasores, caçadores, provinham do norte, provavelmente da região onde hoje estão a Nigéria e Camarões. Em vagas sucessivas, os povos bantu, começaram a alcançar alguma estabilização novas técnicas
A arte da máscara azul de Angola, as máscaras de madeira e as esculturas não são criações meramente estéticas, tal como na maioria da arte africana. Elas têm um papel importante em rituais culturais, representando a vida e a morte, a passagem da infância à vida adulta, a celebração de uma nova colheita e o começo da estação da caça.
Os artesãos angolanos trabalham madeira, bronze e marfim, nas máscaras ou em esculturas. Cada grupo etno-linguístico em Angola tem os seus próprios traços artísticos originais.
BRASIL
O seu tema foi este pequeno quarto tipicamente gaúcho, que fez as delicias de todos quantos aqui passaram.
A cultura brasileira reflecte os vários povos que constituem a demografia deste país sul-americano: indígenas, europeus, africanos, asiáticos, árabes etc. Como resultado da intensa miscigenação de povos, surgiu uma realidade cultural peculiar, que sintetiza as várias culturas.
A tensão entre o que seria considerado uma cultura popular e uma erudita, sempre foi bastante problemática no país. Durante um longo período da história, desde os Descobrimentos até meados dos séculos XIX e XX, a distância entre a cultura erudita e a popular, era bastante grande: enquanto a primeira buscava ser uma cópia fiel dos cânones e estilos europeus, a segunda era formada pela adaptação das culturas dos diferentes povos que formaram o povo brasileiro num conjunto de valores, estéticas e hábitos rejeitado e desprezado pelas elites. Grande parte do projecto estético modernista foi o de resgatar nos campos considerados "nobres" da Cultura (nas artes em geral, na literatura, na música, etc) e até mesmo nos hábitos quotidianos a vertente popular, considerando-a como a legítima cultura brasileira.
Pelas fotos, podemos ver que a barraquinha do Brasil, à semelhança de todos os outros anos, tem tido imenso êxito pelas infidáveis filas de espera para beber a “caipirinha”, que se tornou um ícone indispensável nesta Festa.
A comunidade brasileira em Macau, é muito popular e querida por todos os que com eles convivem decido ao jeitinho doce e alegre que caracteriza o povo brasileiro.
CABO VERDE
Trouxe até nós a construção de um pequeno vulcão uma vez que Cabo Verde é um arquipélago de origem vulcânica com um solo de montanhas clivosas, coberto de cinzas vulcânicas, pouca vegetação cresce nas ilhas. Ainda há um vulcão activo que deu origem à ilha do Fogo. O clima é quente e seco com médias anuais de 20º/25ºC e em Janeiro e Fevereiro sofre a acção das tempestades de areia vindas do Saara.
Cabo Verde, é onstituído por dez ilhas, foi descoberto por Portugal no século XV.Tem cerca de 420.979 habitantes e um turismo crescente, principalmente na Ilha do Sal e na Ilha de Santo Antão.
Arquipélago que pertenceu a Portugal desde sua descoberta, tornou-se independente em 1975.
Cabo Verde está dividido em 22 concelhos: Boa Vista, Brava, Maio, Mosteiros, Paul, Porto Novo, Praia, Ribeira Grande, Sal, Santa Catarina, Santa Cruz, São Domingos, São Filipe, São Miguel, São Nicolau, São Vicente e Tarrafal.
As ilhas de Cabo Verde têm poucos recursos. Os mais relevantes são a agricultura, frequentemente afectada pelas secas, e a riqueza marinha do arquipélago. Na cultura têm a música onde há diversos géneros musicais próprios, dos quais se destacam a morna e a coladera.
GOA, Damão e Diu, Este expositor representava a fachada da Basílica de Bom Jesus onde se econtra os restos mortais de S. Francisco Xavier.
A história do Estado da Índia, que compreendia territórios de Goa, Damão e Diu à data da integração na União Indiana, em Dezembro de 1961, constitui um dos mais fascinantes capítulos da aventura portuguesa do Oriente, já que a influência político-administrativa e social daquele se estendeu, por longos anos, à costa leste africana e às longínquas possessões de Macau e Timor.
O Estado da Índia nunca foi uma colónia, quer em sentido económico quer no aspecto sócio-político, mas sim uma peculiar comunidade luso-indiana com identidade cultural própria e quase total autonomia administrativa.
A Basílica do Bom Jesus, que contém o túmulo de S. Francisco Xavier - ilustram a evangelização da Ásia. Estes monumentos foram influenciados na divulgação do Manuelino, do Maneirismo e do Barroco em todos os países da Ásia, onde foram estabelecidas missões.
O túmulo de S. Francisco Xavier, localizado na capela da sua invocação, na Igreja do Bom Jesus de Goa, assume-se como uma obra, a vários títulos, excepcional.
Integrado no camarim de uma imponente estrutura retabular, o túmulo propriamente dito, é constituído por várias componentes, destacando-se desde logo a arca feral, de tampa escalonada em prata, de fabrico goês, e o aparato escultórico concebido em momento posterior, em mármore e bronze e de origem italiana.
A Guiné escolheu como tema: A Fortaleza do Cachéu
que se localiza junto à foz do rio Cacheu, na cidade e província de Cacheu, no Noroeste da Guiné-Bissau.
O estabelecimento de uma fortificação em Cacheu, remonta a 1588 por forças Portuguesas com a função de defesa da primeira feitoria fundada na região. Além de assegurar a presença militar Portuguesa, constituía ser um importante apoio ao comércio de tecidos manufaturados, marfim e escravos.
O forte, de pequenas dimensões, apresenta planta na forma de um rectângulo, com 26 metros de comprimento por 24 metros de largura, com pequenos baluartes nos vértices. As muralhas, em pedra argamassada, apresentam cerca de quatro metros de altura por um de espessura. Encontrava-se artilhado com dezasseis peças. O Portão de Armas, com mais de um metro e meio de largura, é o seu único acesso
Este stand ainda faz uma chamada de atenção para 5 áereas protegidas na Guiné:
1. Área da Marinha Comunitária das Ilhas de UROK
2. Parque Natural das Tarrafes do Rio cacheu
3. Parque Natural das Lagoas da Cufada
4. Parque Nacional das Florestas de Cantanhas, que ainda se mantém na sua forma primitiva onde habitam raras espécies de aves e animais marinhos.
5. Parque Nacional Marinho João Vieira Poilão
A Guiné-Bissau possui uma herança cultural bastante rica e diversificada. Esta cultura, que varia de etnia para etnia, passando desde a diferença linguística, à dança, a expressão artística, a profissão, a tradição musical até às manifestações culturais.
A dança é, contudo, uma verdadeira expressão artística dos diferentes grupos étnicos.
Os povos animistas caracterizam-se pelas suas belas e coloridas coreografias. No dia a dia, estas fantásticas manifestações culturais podem ser observadas na altura das colheitas, dos casamentos, dos funerais, das cerimônias de iniciação.
MACAU
Respira-se aqui uma atmosfera internacional que se junta a uma forma de viver verdadeiramente única em que, como sempre, a Europa se encontra com a Ásia e onde as duas maior comunidades (a chinesa e a portuguesa) construíram os seus muitos intercâmbios: uma forma de conviver baseada no respeito e na tolerância mútua.
Portugal saiu da administração de Macau, mas a sua passagem ficou bem vincada nas ruas, na cultura, na gastronomia, no património, na língua e até no comércio, com os vinhos nacionais e outros produtos tradicionais portugueses, que continuam a ter lugar nas prateleiras dos supermercados.
Preservado o património arquitectónico, Macau é hoje ainda uma cidade com características portuguesas. Nas ruas, os seus passeios estão forrados da calçada à portuguesa, os candeeiros são ao estilo dos “antigos” candeeiros de Lisboa, com floreiras a meia altura, que vão dando uma cor diferente e alegre à cidade.
Macau tem a sua própria cultura e maneira de viver, bem como o seu próprio crioulo, o patuá macaense.
Este crioulo é baseado no português e fortemente influenciado pelo cantonês, pelo malaio e por muitas outras línguas. Tudo isto é fruto do longo e histórico convívio, coexistência e intercâmbio entre as culturas ocidental e oriental.
Quando se fala sobre a culinária de Macau, é de destacar a culinária dos macaenses, considerada única no Mundo, que nasceu quando as esposas orientais dos portugueses tentavam fazer comidas portuguesas com os ingredientes locais (principalmente os de origem chinesa), mas também com vários ingredientes oriundos de lugares (como por exemplo Malaca, Índia e Moçambique) visitados pelos portugueses na altura dos Descobrimentos.
Evidentemente, as tradições culinárias destas esposas influiram nestas comidas, originando a culinária macaense, considerada por muitos como uma genuína gastronomia de fusão. Lacassá de talharins e porco afumado, "Min Chi" (carne picada), "Tacho" (ensopado de carne e legumes), arroz gordo, cabidela de pato, camarões grandes recheados, inhame chau-chau com lap-yôck, galinha assada, caldo de raiz de lótus e caril de galinha, são algumas das comidas macaenses mais populares.
MOÇAMBIQUE
O seu tema foi dedicado a “Escritores e Poetas Moçambicanos”.
A cultura Moçambicana, como a cultura africana em geral, continua a ser apenas associada à arte tradicional. Trata-se de uma falsa ideia que muito tem contribuído para desvalorizar os seus criadores e intérpretes contemporâneos.
Ninguém fica indiferente aos nomes de Bertina Lopes, Malangatana, José Craveirinha e de Mia Couto. Reconhecidos internacionalmente levam a cultura moçambicana aos quatro cantos do mundo .
Escritores
Mia Couto é hoje o nome mais sonante das literatura moçambicana. Entre outros nomes, lembremos Rodrigues Júnior, Guilherme de Melo, Luís Bernardo Honwana, Correia de Matos, Orlando Mendes, Ungulani Ba Ka Klosa e muitos outros.
Poetas
José Craveirinha e Rui Knopfli são incontestavelmente os mais conhecidos, mas não nos podemos esquecer de Alberto Lacerda, Reinaldo Ferreira.
Gastronomia:
Frango à Cafreal; Caldeirada de Cabrito à Moçambicana; Caril de Caranguejo; Matapa de Camarão; Chacuti de galinha e ainda muitos doces que fizeram as nossas delicias…
PORTUGAL, a inspiração para este expositor foi um Coreto! Isso mesmo, um Coreto, é uma cobertura, situada ao ar livre nos jardins públicos e nas praças principais das cidades portuguesas, para abrigar bandas musicais em concertos, festas e romarias, também é usado para apresentações políticas e culturais.
Portugal é muitas vezes designado como "um país de poetas". Efectivamente, a poesia portuguesa tem tido um peso e influência substancialmente maior na literatura do país do que a prosa. Existem bons exemplos, tanto na poesia lírica como na épica. Os poetas portugueses mais conhecidos no mundo são, sem dúvida, Luís Vaz de Camões e Fernando Pessoa, ainda que não se deva desprezar, especialmente, toda a poética galaico-portuguesa medieval.
A culinária portuguesa é reconhecida como uma das mais variadas do mundo, ainda que esteja restrita a um espaço geográfico diminuto, mostrando influências mediterrânicas (incluindo-se na chamada "dieta mediterrânica") mas, também, atlânticas, como é visível na quantidade de peixe consumido tradicionalmente.
A base da gastronomia mediterrânica, assente na trilogia do pão, vinho e azeite, repete-se em todo o território nacional, acrescentando-se-lhe os produtos hortícolas, como em variadas sopas, e frutos frescos.
A carne e as vísceras (chouriços), principalmente de porco, compõem também um conjunto de pratos e petiscos regionais, onde sobressaem os enchidos que correm fama pelo mundo.
Com o advento das descobertas marítimas, a culinária portuguesa rapidamente integrou o uso, por vezes quase excessivo, de especiarias e do açúcar.
No âmbito da cultura popular há ainda a acrescentar o folclore, o artesanato e o futebol…
S. TOMÉ E PRINCIPE, é um estado insular localizado no Golfo da Guiné, composto por duas ilhas principais (São Tomé e Príncipe) e várias ilhotas, num total de 1100 km², com cerca de 120 mil habitantes. Estado insular, não tem fronteiras terrestres, mas situa-se relativamente próximo das costas do Gabão, Guiné Equatorial, Camarões e Nigéria.
Com uma história densa de contornos universais, São Tomé e Príncipe é um mosaico cultural muito rico. A população são-tomense é resultado da miscigenação entre portugueses e nativos oriundos da costa do Golfo da Guiné, Angola, Cabo Verde e Moçambique, assim se explica tal riqueza, bem patente na sua cultura (no folclore, na língua, na dança, na música, no seu ritual e na gastronomia).
TIMOR, o tema foi a mostra de uma casa simples que povoa Timor-Leste, que é um dos países mais jovens do planeta Terra, e ocupa a parte oriental da ilha de Timor no extremo sudeste da Ásia.
Conhecido como Timor Português, foi uma colónia portuguesa até 1975, altura em que foi invadido pela Indonésia.
Permaneceu considerado oficialmente pelas Nações Unidas como território português por descolonizar até 1999. Foi, porém, considerado pela Indonésia como a sua 27.ª província com o nome de "Timor Timur". Em agosto de 1989, cerca de 80% do povo timorense optou pela independência em referendo pela Organização das Nações Unidas.
A língua mais falada em Timor-Leste é o tétum. Devido à recente ocupação indonésia, grande parte da população compreende o indonésio bahasa mas só uma minoria compreende o português. Geograficamente, o país enquadra-se no chamado sudeste asiático, enquanto do ponto de vista biológico aproxima-se mais das ilhas vizinhas da Melanésia, o que colocaria na Oceânia e por conseguinte, faria dele uma nação transcontinental.
Lema: "Honra, Pátria e povo"
E pronto, chegámos ao fim de mais uma Festa da Lusofonia em Macau, que terminou com muita folia, alegria (com a responsabilidade das muitas caipirinhas, pois então) e para o ano vai haver mais, se Deus quiser...
Segunda-feira, dia 26 de Outubro é feriado de Cheong Yeong, o dia em que os chineses prestam culto aos antepassados, no nono dia do nono mês do ano lunar é o Chong Yeong, que se chama, por isso, também,“Duplo Nove”.
Uma das características que demonstra a importância de Macau como ponto de intercâmbio da cultura oriental e ocidental, é a diversidade das religiões aqui professadas.
Para além do confucionismo, budismo e taoismo como principais religiões, o catolicismo, o protestantismo, e o islamismo, coexistem em Macau desde tempos antigos. Nos últimos quatrocentos anos, os residentes de Macau de diferentes nacionalidades, raças e crenças religiosas têm coexistido sempre em harmonia, influenciando-se mutuamente com os seus costumes e tradições.
Os discípulos e crentes das diversas religiões desenvolvem com devoção as suas próprias actividades nas suas festas religiosas tradicionais.
O Dia dos Finados é uma festa móvel podendo ser celebrada antes ou depois do dia 5 de Abril. Este é um dia para homenagear os antepassados. Durante esta festa, os residentes chineses de Macau, como todos os seus compatriotas espalhados pelo mundo, têm o costume de sair de casa para irem “pisar o verde e limpar as sepulturas”.
Limpar as sepulturas é a conduta correcta para respeitar e recordar o passado, promover íntimas relações com familiares e cumprir os deveres filiais.
Geralmente, os residentes vão a diversos cemitérios na zona urbana de Macau e nas ilhas, ou aos cemitérios na vizinha província de Guangdong, ou ainda em frente da tabuleta mortuária colocada nos templos para render homenagem aos seus antepassados. Primeiro, limpar sepulturas e cortar ervas à volta, depois, são feitas ofertas de incenso, velas de cera e sacrifícios em respeito aos antepassados.
Durante esta festa, os chineses sobem a um ponto alto para admirar a paisagem,
vão aos cemitérios limpar as tumbas dos seus antepassados prestando-lhes culto, e lançam papagaios de papel.
Poucos dias depois de Chong Yeong, é o Dia dos Finados cristão, ou seja, no próximo dia 2 de Novembro,também é feriado público de Macau.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
3 comentários:
Obrigado pela visita,ameiiiiiii.
Um beijo grande
Estimada Amiga e Ilustre Historiadora Irene,
Como não podia deixar de ser, também dei um passeizito até à zona do Carmo, gostei do que vi, melhor do que no ano transacto, porém nada bebi, estou proibido pelos médicos, comer esse ainda o não havia.
No dia 11 teremos o 9 Festival de Grastonomia aqui bem perto de minha casa e lá irei para petiscar!...
Um abraço amigo
Ola, ola... grandes farras! Mas que rica vida leva esta minha amiga... adorava viver uns tempos em Macau, deve ser maravilhoso tanta folia. Inveja a falar...
Beijinhos e bom fim de semana.
Sissi
Enviar um comentário