segunda-feira, 18 de abril de 2011
Alzheimer! Até quando?
É frequente ouvirmos dizer que a mãe daquela nossa colega ou aquela nossa vizinha, já não diz "coisa com coisa". É desculpável porque já tem muita idade e, com a idade, as pessoas vão esquecendo as coisas.... o mais grave porém, foi aquela senhora com 38 anos, que muitas vezes se perde a caminho do emprego ou quando vai às compras e não se lembra onde mora. Mas não acontece só com as senhoras...
Sim, estamos a falar da Doença de Alzheimer, que, "democraticamente", não escolhe raças nem sexo. Pode manifestar-se muito cedo, com casos não documentados de Alzheimer aos 28 anos de idade, mas é mais usual a sua eclosão a partir dos 40 anos de idade, com a incidência a aumentar de forma exponencial a partir dos 60.
Sabe-se que a partir dos 65 anos 10 a 15% da população será afectada, e que a partir dos 85 anos praticamente metade dos idosos apresentará essa doença.
Os sintomas mais comuns passam pela perda gradual da memória, principalmente memória recente, declínio no desempenho de tarefas quotidianas, diminuição do senso crítico, desorientação temporo-espacial, alterações da personalidade, dificuldade na aprendizagem e dificuldades na área da comunicação inter-pessoal. Segundo dados estatísticos, nos EUA 70 a 80% dos pacientes são tratados no domicílio, o que demonstra cabalmente a importância do ensino e da orientação da família nas questões relativas aos cuidados e à gestão desses pacientes. Os doentes restantes permanecem ao cuidado de clínicas especializadas.
O Alzheimer é uma doença degenerativa, progressiva e irreversível que compromete irremediavelmente o cérebro causando alterações comportamentais profundas, dificuldade no raciocínio e na articulação do pensamento e diminuição da memória, com efeitos devastadores sobre o doente e sobre a família. As pessoas com Doença de Alzheimer tornam-se confusas, passando a apresentar alterações da personalidade, com distúrbios de conduta e acabam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmas quando colocadas frente a um espelho.
No começo são os pequenos esquecimentos, normalmente aceites pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que se vão agravando gradualmente.
À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação inviabiliza-se e passam a necessitar de cuidados e supervisão permanente, até mesmo para as actividades elementares do quotidiano como alimentação, higiene, vestuário, etc.
1 – Perda de Memória
Um dos sinais mais comuns da Doença de Alzheimer, especialmente nas fases iniciais, é o esquecimento de informações recentes. Outros exemplos incluem o esquecimento de datas importantes ou eventos, repetir a mesma pergunta várias vezes, usar auxiliares de memória (por exemplo, notas, lembretes ou dispositivos electrónicos) ou mesmo membros da família para as coisas que habitualmente se lembrava por si mesmo.
2 – Dificuldade em planear ou resolver problemas
Algumas pessoas podem perder as suas capacidades de desenvolver e seguir um plano de trabalho ou trabalhar com números. Podem ter dificuldade em seguir uma receita familiar ou gerir as suas contas mensais. Podem ter muitas dificuldades de concentração e levar muito mais tempo para fazer coisas que habitualmente faziam de forma mais rápida.
3 – Dificuldade em executar tarefas familiaresPessoas com Doença de Alzheimer podem ter dificuldades em executar diversas tarefas diárias desde ter dificuldades em conduzir até um local que já conhecem, gerir um orçamento de trabalho ou em lembrar-se das regras do seu jogo favorito. Inclusivamente pode ser incapaz de preparar qualquer parte de uma refeição, ou esquecer-se de que já comeu.
4 – Perda da noção de tempo e desorientação
Podem perder a noção de datas, estações do ano e da passagem do tempo e ter dificuldades em entender alguma coisa, que não esteja a acontecer naquele preciso momento. Às vezes podem até esquecer-se de onde estão ou como chegaram até lá.
5 – Dificuldade em perceber imagens visuais e relações especiais Para algumas pessoas, ter problemas de visão pode ser um sinal de Doença de Alzheimer. Podem ter dificuldades de leitura, dificuldades em calcular distâncias e determinar uma cor ou um contraste. Em termos de percepção, a pessoa pode passar por um espelho e achar que é outra pessoa, não reconhecendo a sua imagem reflectida no espelho.
6 – Problemas de linguagem
Podem ter dificuldades em acompanhar ou inserir-se numa conversa. Param a meio da conversa e não sabem como continuar ou repetir várias vezes a mesma coisa. Vê-se que têm dificuldade em encontrar palavras adequadas para se expressarem ou dar nomes errados às coisas.
7 – Trocar o lugar das coisas
As pessoas já com a Doença de Alzheimer, podem colocar as coisas em lugares desadequados. Por vezes perdem os seus objectos e não são capazes de voltar atrás no tempo para se lembrarem de quando ou onde o usaram. Por vezes, podem até acusar os outros de lhes roubar as suas coisas.
8 – Discernimento fraco ou diminuído
Podem sofrer alterações na capacidade de julgamento ou tomada de decisão. Por exemplo, podem não ser capazes de perceber quando os estão claramente a enganar e ceder a pedidos de dinheiro, podem vestir-se desadequadamente ou mesmo não ir logo ao médico quando têm uma infecção, pois não reconhecem a infecção como algo problemático.
9 – Afastamento do trabalho e da vida social
As pessoas com Doença de Alzheimer podem começar a abandonar os seus obbies, actividades sociais, projectos de trabalho ou desportos favoritos. Podem começar a demonstrar dificuldade em assistir a um jogo do seu clube até ao fim, como faziam antes, ou podem esquecer-se de acabar alguma actividade que começaram.
10 – Alterações de humor e personalidade
O humor e a personalidade das pessoas com Doença de Alzheimer, pode alterar-se. Podem tornar-se confusos, desconfiados, deprimidos, com medo ou ansiosos. Podem começar a irritar-se com facilidade em casa, no trabalho, com os amigos ou em locais onde eles se sintam fora da sua zona de conforto. Alguém com a Doença de Alzheimer pode apresentar súbitas alterações de humor – da serenidade ao choro ou à angústia – sem que haja qualquer razão para tal facto. Alguns especialista estão a testar uma nova droga que poderá ter a capacidade de reverter todos os sintomas da doença de Alzheimer em apenas alguns minutos. Cientistas ingleses dizem que é ainda cedo para que se possam tirar grandes conclusões, uma vez que os testes somente foram feitos num reduzido número de portadores da doença, e não podem ainda ser generalizados ou encarados como uma cura de facto eficiente.
O tratamento envolve a injecção de uma droga chamada Enbrel - que normalmente é utilizada no tratamento da artrite - na coluna, junto ao pescoço.
A actuação da droga passa pelo bloqueio de um químico responsável pela inflamação. Pelo menos um dos doentes que foi tratado com este composto viu os sintomas completamente revertidos em apenas alguns minutos, enquanto outros melhoraram substancialmente na incapacidade de memorização de factos recentes, com a administração de injecções semanais.
ALZHEIMER... até quando?
Nota:
Dentro do cérebro: Quer fazer uma viagem interactiva? Copie o endereço abaixo:
http://www.alz.org/brain_portuguese/links.asp
... e assim, com esta viagem, vamos aprender um pouco mais, sobre essa máquina fantástica, que explica o funcionamento do cérebro e como a doença de Alzheimer o afecta.
Como fazer a viagem?
Há 16 slides interactivos. Ao visualizar cada slide, passe o mouse sobre qualquer texto colorido para destacar os recursos especiais de cada imagem. Em seguida, clique na seta para avançar ao próximo slide.
1. Ao abrir a página, clique em "INICIAR A VIAGEM”.
2. Em cada página exibida, clique nas palavras realçadas em vermelho.
Boa viagem!!
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