No calendário litúrgico da Igreja Cristã, o domingo antes da Páscoa, é chamado de DOMINGO DE RAMOS.
Em Macau, este domingo, como em todas as comunidades católicas espalhadas pelo mundo, celebrou-se a missa paroquial, muito especial, dedicada a este dia.
O sacerdote benze solenemente os ramos, distribui-os ao clero e aos fiéis, que os levam primeiro em procissão e depois para as suas casas.
Eles serão guardados e no ano que vem serão queimados na Quarta-feira de Cinzas. As cinzas servirão para nos lembrar que somos frágeis e passageiros: não podemos contribuir em nada para nossa salvação. Ela é a graça concedida pela fé.
Esta cerimónia simboliza a entrada triunfal de Jesus Cristo em Jerusalém, seis dias antes da sua paixão.
Durante a missa canta-se ou lê-se a narrativa da Paixão, escrita por São Mateus,(na terça-feira a de São Marcos; na quarta a de São Lucas e na sexta a de São João), que exprime claramente quais devem ser os sentimentos e os afectos do verdadeiro cristão durante toda a semana santa.
O texto bíblico da prédica abordou um momento posterior a esta entrada triunfal, ou seja, o momento do julgamento de Jesus, em que cada grupo procura jogar a culpa uns nos outros. Pilatos joga a culpa no povo (lava as mãos), o povo joga a culpa em Jesus, pois ele não correspondeu às expectativas. Mateus, que escreveu o texto, joga a culpa nas autoridades. E nós conhecemos o desfecho... Cada pessoa deve, sim, assumir a sua própria culpa, mas também deve entender que está inserida num contexto maior e que as mudanças pessoais devem acompanhar as mudanças estruturais.
Mas, não devemos jamais esquecer que a capacidade de Deus de perdoar, é maior do que a nossa capacidade de errar. Não vivemos mais oprimidos pelas culpas, mas fomos baptizados e por isso, somos os herdeiros da promessa, do perdão e da reconciliação.
domingo, 17 de abril de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário