Hoje celebra-se a sexta-feira santa, que representa o drama imenso da morte de Cristo no Calvário.
A sentença de Pilatos foi proferida sob pressão dos sacerdotes e da multidão.
A condenação à morte por crucifixão, serviria para satisfazer os sacerdotes e o povo
dando resposta ao grito: "Crucifica-O! Crucifica-O!"
Pôncio Pilatos pensou que podia subtrair-se à sentença, lavando as mãos...
Condenado à morte, Cristo tem de carregar a cruz, como os outros dois condenados, que devem sofrer a mesma pena: -"Foi contado entre os malfeitores" (Is 53, 12). Cristo aproxima-Se da Cruz, tendo todo o corpo terrivelmente dilacerado e pisado, e com o sangue que escorre pelo rosto, vindo da cabeça coroada de espinhos.
Jesus, carregando a cruz, invoca o Pai -"Eu e o Pai somos um" (Jo 10, 30); "Quem Me vê, vê o Pai" (Jo 14, 9); "Meu Pai trabalha continuamente e Eu também trabalho" (Jo 5, 17).
Já pregado na cruz, imobilizado na terrível posição, mas mais sublime, o Filho em união com o Pai, grita: -"Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonaste?" (Mc 15, 34; Mt 27, 46). E mais tarde, já sem forças, murmura: - "Perdoa-lhes Pai, eles não sabem o que fazem..."
Ao ver o corpo de Jesus ser tirado da Cruz e colocado nos braços de sua Mãe, diante dos nossos olhos repassa o momento em que Maria recebeu a saudação do anjo Gabriel:
-"Hás-de conceber no teu seio e dar à luz um filho, ao qual porás o nome de Jesus. (..) O Senhor Deus dar-Lhe-á o trono de seu pai David (...) e o seu reinado não terá fim" (Lc 1, 31-33). Maria disse apenas: "Faça-se em mim segundo a tua palavra" (Lc 1, 38), como se desde então tivesse querido exprimir o que está a viver agora.
A verdade e o poder da sua mensagem não está no sonho imputado a ele, que era um Deus. Está na verdade das suas palavras e no facto de que, como nós, era apenas mais um homem, que caminhava pela terra, traçando destinos e é por isso que a força da sua mensagem, está na sua própria grandeza.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário