sexta-feira, 17 de junho de 2011

A homossexualidade...


Todos nós conhecemos alguém homossexual: ou porque temos um familiar, um colega ou amigo que tem uma preferência erótica por pessoas do mesmo sexo, e homossexualidade é isso mesmo, quando está presente a possibilidade de escolha, tanto nos pensamentos e emoções, como nos comportamentos sexuais.
Para se ser “homossexual” é necessário que essa orientação seja estável e duradoura. Além dos comportamentos objectivos, inclui índices fisiológicos e cognitivos (pois é possível que haja indivíduos que se envolvam em actividades sexuais, não preferidas, através de fantasias sexuais preferidas).
Mas a homossexualidade sempre existiu e se formos consultar os arquivos, veremos que, entre os antigos romanos e gregos, era uma prática comum, inclusivé entre os grandes líderes da história como por exemplo Nero, Alexandre Magno, etc.
No século XIX, a homossexualidade era considerada como uma doença devido à ignorância e aos preconceitos, deitados por terra num estudo feito em 1957 na Universidade da Califórnia, Los Angeles, que demonstrou a invalidez dessa tese.
Aqui na China, faz mais de uma década que retirou a homossexualidade da lista de doenças mentais. Mas ainda hoje há clínicas e hospitais um pouco por todo o país que prometem cortar o “mal” pela raiz e os métodos aproximam-se da tortura.
O dia 17 de Maio foi consagrado à luta contra a homofobia, e tornou-se simbólico porque já fez 20 anos que a OMS – Organização Mundial de Saúde, tirou a homossexualidade da lista de doenças.
A homossexualidade no adulto torna-se mais provável se existirem factores predisponentes na infância e na adolescência, como por exemplo os traumas psico-sexuais ou comportamentos de identificação errada do papel sexual (feminilidade/masculinidade). Esta probabilidade é tanto maior quanto o relacionamento heterossexual posterior for mais inadequado, negativo ou de aversão (por exemplo por défice de aptidões heterossexuais, por ser vítima de rejeição ou violação) podendo levar gradualmente a experiências homossexuais consideradas mais fáceis ou mais agradáveis.

Estudos vêm desmentir uma ideia muito difundida entre o público, que a homossexualidade não tem vindo a aumentar, nem a diminuir e o que acontece é que nas últimas décadas, em especial no Ocidente, há um maior desenvolvimento de uma atitude social mais tolerante e culturalmente mais aberta, facilitando o fortalecimento e a visibilidade dos movimentos “gay”, e possibilitando que haja cada vez mais homossexuais, que individualmente se assumem como tal.
Porém, qulaquer um de nós repara que, cada vez mais, os jovens têm claras tendências homossexuais. Umas alimentadas por consequência do convívio/oportunidade e outras comprovadas clinicamente desde a infância (disfunções hormonais).
Há conferências onde explicam que é urgente acabar com a ideia que a homossexualidade pode ser tratada e que há mais formas de pensar e viver a sexualidade de cada um.
De facto há dois lados e certamente existem evidências que apoiam ambos! E o que se pode concluir? Devemos acreditar que essa tendência faz parte realmente de uma suposta “natureza”? Ou aderir literalmente a uma visão radical-religiosa contra tal prática?
Poderemos ficar indiferentes aos “outros” e até ignorar essas vivências, porque cada um dorme com quem quiser na intimidade da sua casa, mas… um filho/a nosso, um irmão, ou o nosso melhor amigo/a, que decidiu escolher alguém do mesmo sexo para partilhar a sua vida, como enfrentaremos esse facto?
Há quem o aceite com naturalidade, mas ainda há muita mentalidade conservadora que continuam com a opinião que existem, apenas dois sexos (Homem e Mulher), e custa-lhes a aceitar que a homossexualidade não é um sexo, mas uma opção sexual, ou seja, uma escolha!
Um estudo, realizado por cientistas suecos e publicado na revista norte-americana “Proceedings of the National Academy of Sciences”, reforça a teoria de que a orientação sexual não é um comportamento adquirido, mas tem também uma causa biológica.

Eu, particularmente, tenho as minhas opiniões em relação à homossexualidade; porém, não tenho absolutamente nada contra os homossexuais. Tenho até, por sinal, muitos amigos gays e são pessoas fantásticas, não pelo que escolheram para si, mas pelo que realmente são como pessoas que muito admiro e estimo!
O ponto mais importante nisto tudo é que independente da escolha de cada um, todos acabam por ser iguais.

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