quarta-feira, 10 de junho de 2009

Dia de Portugal, Camões e das Comunidades



É hoje, dia 10 de Junho, o dia em que, todos os anos, se celebra isto tudo e que se assinala o provável falecimento daquele, que é considerado o maior poeta de língua portuguesa: Luiz Vaz de Camões!
Nunca existiu, nem em Portugal, nem em qualquer outra parte do mundo, poeta algum que igualasse Camões, nem muito menos superasse a dedicação que este deu à sua pátria por meio de uma tão próspera obra épica como “Os Lusíadas”, que são a culminação de toda uma cultura e de uma civilização.
Camões é considerado um poeta fora do seu tempo, pois a sua modernidade e o seu portuguesismo são visíveis no modo como esta obra, tanto no estilo épico como no estilo lírico, se estrutura.
E, Dia das Comunidades, porque neste dia se homenageiam os vários milhões de portugueses espalhados pelo Mundo.



"As armas e os barões assinalados,
Que da ocidental praia lusitana,
Por mares nunca dantes navegados,
Passaram ainda além da Taprobana,
E em perigos e guerras esforçados
Mais do que prometia a força humana,
E entre gente remota edificaram
Novo Reino, que tanto sublimaram;"
"Canto primeiro ( verso 1) "Os Lusíadas" de Luís de Camões

Entre os poemas de Luis de Camões, a sua declaração sobre o que é o Amor, foi o que tocou mais fundo nas almas apaixonadas. Amor é fogo que arde sem se ver... é um não querer mais que bem querer... é querer estar preso por vontade...
Até ao nosso tempo os namorados ou em qualquer dia do ano, declaram o seu amor com esta linda poesia.

Não resisto porém, em publicar aqui um outro poema, afinal tão actual nos dias que correm, pois se existisse uma máquina do tempo e Camões cá voltasse...

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E em mim converte em choro o doce canto.

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
Luís de Camões

7 comentários:

Anónimo disse...

Oi amiga. Já vi que não te escapa nada. Nem me lembrava que hoje é o dia dos "emigrantes"...
beijinhos
F. Santos

Anónimo disse...

Ilustre Romancista e Prezada Amiga Helen,
É bem verdade, hoje é o dia de Portugal, das Comunidades e de Camões, tal como a ilustre romancista também eru escrevi algo, mas sobre a Gruta do Camões que postei no Jornal RaizOnline, em meu parco blog, postei, o discurso do Presidente da Republica e algumas fotos do desfile militar, ainda o desfile não tinha terminado, já eu rinha postado o artigo.
Aqui de minha sala ouvi as músicas que passaram na Casa do Consul, não foi lá comer oas pasteis de bacalhau, por ainda andar de luva branca na mão direita.
PORTUGUSESES SEMPRE ATÉ EM TERRAS DA CHINA.
António Cambeta

Anónimo disse...

Por lapso a baptizei de HELEN, peço imensa desculpa Dona IRENE ABREU.

António Cambeta

Anónimo disse...

Ah, ah, é girissima essa gravura do Camões a assinar o GUEST BOOK.
Claro que se o pobre poeta cá voltasse, voltava logo para a catacumbas. Antes a morte que ver o descalabro emq ue isto se tornou.

Anónimo disse...

Então que tal estava o croquete do senhor Cônsul?

Irene Fernandes Abreu disse...

Olá amigos
Que bom recebê-los aqui neste cantinho que é de todos os que quiserem partilhar comigo pedaços de vida, de contos, de fotos... Sintam-se à vontade e lembro que qualquer pessoa que possua conta no Gmail pode comentar aqui o que pensa e sente. Este bolg não terá sentido sem o carinho dos amigos e pessoas que aqui passam. Abraço.

Anónimo disse...

Veja lá minha amiga, que há quem se queixe que lhe comeram o presunto na casa do cônsul. E eu que vi tanta sobra de chourição, queijo amanteigado, pastelinhos com fartura... sempre há gente muito insatisfeita neste mundo, não acha?