Há quase duas semanas que começou o período migratório de milhões de chineses que vão comemorar com a família a chegada do novo ano.
Milhões de chineses começam a regressar a casa das famílias para comemorar a entrada no novo ano lunar, sob o signo do Cavalo, a 31 de Janeiro. Sendo a maior migração interna anual do planeta, conhecido como “a temporada de viagens do Festival de Primavera”.
Este é o único período em que são autorizadas férias para poderem festejar condignamente a chegada do novo ano e assim cumprirem a mais respeitada e milenar tradição.
Os comboios este ano deverão transportar cerca de 400 milhões de passageiros num curto período de duas semanas por ser o transporte mais concorrido e a escolha mais económica. Em muitos casos, esta viagem demora três dias, em comboios e autocarros superlotados, na maioria das vezes em condições precárias. Muitos atravessam o país sem lugar para se sentar, esmagados numa massa claustrofóbica de pessoas e bagagens, em carruagens a deitar por fora. Até as idas à casa de banho estão limitadas, sem espaço para a mobilidade, os passageiros passam viagens inteiras sem usar os lavabos.
Milhares de pessoas POR DIA, tentam passar a fronteira entre a China e Macau. Durante duas semanas, o aspecto era este!
Muitos outros optaram pelo automóvel, aproveitando a abolição das portagens nas auto-estradas nesse período, para evitar maiores congestionamentos, mas outros milhões utilizaram cerca de 840.000 autocarros e 13.000 navios mobilizados para esta quadra.
Segundo estimativas oficiais, os aeroportos acolheram quase 40 milhões de passageiros, porque cerca de 35% dos que viajam nesta altura são estudantes e trabalhadores migrantes, mão-de-obra oriunda das zonas rurais do interior do país e que alimenta hoje as novas indústrias e serviços das grandes cidades e províncias do litoral.
Porque a China é o país mais populoso do mundo, com cerca de 1.350 milhões de habitantes, o movimento milhões de chineses que terão de realizar pelo menos duas viagens, uma para a terra natal e outra para regressar aos locais de trabalho depois do Ano Novo, é sempre um caos no domínio dos transportes e uma dor de cabeça para as autoridades.
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