sábado, 11 de janeiro de 2014

Eusébio, uma lenda...

Esta foto mostra o produto de dois tempos e de dois mundos: Eusébio e Ronaldo ombreiam, como os maiores das suas eras.

Eusébio morreu e o futebol perdeu uma lenda! Durante uma semana não se falou em mais nada em todos os meios da comunicação social. Eusébio era uma força da natureza, que levava tudo à frente e honrou Portugal pelo seu excelente trabalho e dedicação ao futebol.
Acho muito bem que se façam homenagens a pessoas que se destacaram na vida social, politica e humanitária, mas infelizmente só se lembram de o fazer depois da pessoas morrer, como por exemplo as homenagens póstumas ao Health Leadger e muitos outros mais.

Não percebo muito bem esse velho hábito de homenagear os grandes feitos e/ou os grandes heróis apenas e só depois de mortos. Enquanto vivas, as ditas "estrelas" (as verdadeiras, que brilham por valor próprio) enchem páginas de revistas e jornais pelos piores motivos. Gerar polémica é o objectivo-mor. Valorizar o trabalho individual? Uma ou duas páginas de longe a longe, nada de mais, não vá o artista habituar-se a tanto mimo e desmazelar-se no seu trabalho ou ver o ego aumentar para dimensões fora do real. E as homenagens, os tributos, a valorização, ficam para o post mortem, quando o homenageado não está mais presente para ver, para sentir, para agradecer, para se orgulhar, merecedoramente, do seu trabalho. Mas assim que morre torna-se o melhor do mundo, um ser único e impossível de igualar.
Felizmente não foi o caso de Eusébio que sempre foi admirado e mimado pelos colegas e por todos os média, mas estou a lembrar-me de Michael Jackson por exemplo. Aqueles que lhe infernizavam a vida, hoje dedicam-lhe edições completas de revistas e jornais. As rádios que o ignoravam quase totalmente, passam as suas músicas incessantemente, repetindo que "nunca se fez nada assim".

As televisões oferecem documentários comprados e atirados para o fundo da prateleira, porque "o Jackson já era" e agora que ele se foi mesmo, são noites consecutivas com reportagens e mais reportagens.
É o espírito do "só dar valor depois de perder" levado ao extremo ou… ganharam balúrdios à conta do morto. É a ridícula valorização do corpo ausente, tantas vezes ignorado, enquanto presente.

Mas o lugar de Eusébio entre os melhores, sempre foi reconhecido, um caso raro e todas as homenagens que lhe fizeram em vida, foram merecidas e portanto é um exemplo a seguir. Eusébio era um embaixador da Fifa e do futebol. Ele fará muita falta.
Descansa em paz Pantera Negra!





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