quinta-feira, 19 de maio de 2011
MENOPAUSA
A menopausa é o sinal da natureza de que a função reprodutora da mulher está a terminar, porque o organismo produzirá menos estrogénio (hormona responsável pelo ciclo menstrual) e também menos progesterona (hormona sexual feminina segregada pelo ovário), que são as duas principais hormonas que controlam o aparelho reprodutor feminino.
Para entender o porquê dos níveis de estrogénio diminuirem na menopausa, temos de voltar um pouco atrás no tempo: Quando uma menina atinge a puberdade, por volta dos 12 a 14 anos, ela possui nos ovários todos os óvulos de que necessitará durante toda a sua vida reprodutiva. Durante a fase reprodutora de uma mulher (da puberdade à menopausa), habitualmente em cada mês, é libertado um óvulo para uma possível fecundação (gravidez). Essa libertação do óvulo ocorre juntamente com a produção cíclica da hormona pelo ovário. Nas duas primeiras semanas do ciclo, logo após a menstruação, os ovários produzem o estrogénio e, quando estes atingem a máxima produção, acontece a ovulação.
Durante as duas semanas seguintes, ocorre a produção de progesterona. Quando esta produção acaba, vem novamente a menstruação. Estas hormonas produzem não só modificações no corpo de uma adolescente, como também são responsáveis pela ocorrência mensal das menstruações. Com o passar do tempo, a mulher possui cada vez menos óvulos e os seus ovários vão tendo cada vez menos actividade. Normalmente por volta dos 45 aos 55 anos, ela deixa de ovular e os seus ovários deixam de produzir hormonas.
Isso significa que não só a gravidez deixa de ser possível, como também não terá mais menstruações e nem as hormonas, que desempenham o importante papel no seu organismo para a reprodução e para a sua saúde em geral.
OS PRIMEIROS SINTOMAS DA MENOPAUSA
Apesar da mulher talvez estar ansiosa para nunca mais menstruar, o seu corpo poderá sentir a falta do estrogénio, que os ovários costumavam produzir. A maneira como o seu organismo revela essa falta, é através dos seguintes sintomas:
- Ondas de calor (afogueada) são sentidas por 75% a 80% das mulheres que estão na menopausa;
- Aproximadamente 255 das mulheres sofrem esses afogueamentos durante 5 anos ou mais;
- Suores nocturnos, ondas de calor que ocorrem à noite. Frequentemente levam à perda do sono e ficam com uma sensação de cansaço durante o dia.
- Insónia;
- Irritabilidade;
- Dispareunia (relações sexuais dolorosas) e prurido sintomas do tracto urinário (infecções do tracto urinário e incontinência urinária).
- Vontade frequente de urinar, acompanhada de dor e ardor;
- Mesmo antes da menstruação cessar completamente, 80% das mulheres começam a apresentar sintomas de falta de estrogénio.
- Como já vimos o declínio do estrogénio durante e depois da menopausa, leva a uma atrofia, quer dos tecidos da vagina, como do tracto urinário. As consequências clínicas mais usuais são sintomas desconfortáveis vaginais (secura vaginal);
A deficiência estrogénica é, também, a causa de um grave problema da pós-menopausa: a osteoporose.
Trata-se de um problema ósseo metabólico, que leva à perda gradual da massa óssea e que, na maioria dos casos, só é detectado quando uma fractura ocorre – altura em que o desenvolvimento da doença é irreversível.
A reposição hormonal, tratamento antes muito utilizado, hoje, já é mais restrito e utilizado em determinados casos.
Muitos médicos optam por tratar e amenizar os sintomas da menopausa, apenas com uma dieta equilibrada, com alimentos específicos e realização de actividades físicas.
Os alimentos que ajudam a enfrentar essa fase, amenizar sintomas e prevenir complicações, são facilmente encontrados na natureza e possuem fito-estrógenos, ou seja, substâncias que no nosso organismo "fingem" ser a hormona de estrogénio e acabam por assumir esse papel. São eles: soja, linhaça e o gergelim, por exemplo.
Já para diminuir o consumo do colesterol através da fonte animal, sem deixar de consumir proteínas, o ideal é consumir as que tenham alto valor biológico, de fonte vegetal como a proteína de soja. No controle de peso, os alimentos integrais são os grandes aliados nessa luta, uma vez que, o consumo deles dá mais saciedade, devido às fibras e são menos calóricos. Utilize nas suas refeições preparados de arroz integral, farinha de trigo integral, linhaça, massas integrais, germe de trigo, fibra de trigo, aveias, granolados, etc. Hoje em dia qualquer supermercado ou farmácia têm um leque bastante vasto desses produtos.
Para o controle do colesterol, a Lecitina de Soja, rica em ómega 3 e ómega 6, consumida diariamente, com certeza contribuirá para deixar o organismo com níveis saudáveis. Utilize também a Linhaça Moída em iogurtes ou num restinho de sopa.
Consuma alimentos ricos em cálcio, como leites desnatados e seus derivados, vegetais verde-escuros (couve, espinafre, brócolis), peixes (sardinha), bebidas de soja enriquecidas, tofu, semente de gergelim ou girassol.
Faça exercício e beba muita água ao longo do dia...
Estas, foram algumas das sugestões, mas lembre-se que é importante consultar um médico e nutricionista para que eles possam orientá-la de forma individual, quanto ao tratamento dos seus sintomas, acompanhamento e prevenção de complicações que possam surgir na SUA menopausa.
É importante adoptar hábitos alimentares saudáveis e praticar actividades físicas, mas sempre com a orientação de um profissional.
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