segunda-feira, 30 de maio de 2011

Os Caçadores e a Flauta Mágica

Havia um caçador que sonhava poder caçar sem correr riscos... um dia, alguém lhe falou de um feiticeiro que tinha poderes mágicos que mais nenhum outro possuía.
Logo que o descobriu, pediu-lhe para ajudá-lo a conseguir alguma coisa que pudesse facilitar o seu trabalho nas caçadas, sem ser atacado por algum dos animais selvagens.
O feiticeiro concordou e, passados alguns dias, ele entregou-lhe uma flauta mágica que, ao ser tocada, enfeitiçava os animais, fazendo-os dançar enquanto ouvissem o som da flauta mágica.
Entusiasmado com o instrumento, o caçador nem perdeu tempo para concretizar o velho sonho e assim, organizou uma caravana com destino a África, convidando dois outros amigos. E lá foram os três, super exitados para a grande caçada de animais selvagens. Logo no primeiro dia de caçada, o grupo deparou-se com um feroz tigre junto ao rio, onde tinham acabado de se refrescar. De imediato, o caçador pôs-se a tocar a flauta e, milagrosamente, o tigre começou a dançar. Foi fuzilado à queima roupa. Horas depois, novo sobressalto: a caravana foi atacada por um leopardo, que saltara de repente de uma árvore. Contudo, ao som da flauta, o animal transformou-se de agressivo em manso e dançou até o abaterem com com vários tiros.
E foi assim até o final do dia.
Os animais mortos, iam-se amontuando na carrinha e os caçadores rejubilavam de alegria por tão bela caçada, sem correrem qualquer perigo. Até que, o grupo encontrou um leão já não muito novo e, pela ferocidade, devia estar muito faminto que, logo os viu, atacou!
Como sempre acontecia em situações de perigo, a flauta soou, mas o leão não dançou, e não perdeu tempo, atacando um dos amigos do caçador-flautista, devorando-o rapidamente.
Logo a seguir, devorou o segundo e o tocador de flauta, desesperadamente, fazia soar as notas musicais, mas sem resultado algum. O leão não dançava!
E enquanto tocava e tocava, o caçador foi devorado. Dois macacos, em cima de uma árvore próxima, assistiram a tudo. Um deles, que, escondido atrás de um tronco tinha observado toda a cena, comentou com sabedoria:
-“Eu sabia que eles iam ter problemas quando encontrassem um dos animais, que fosse surdo...”

Não confie cegamente nos métodos que sempre deram certo, pois um dia podem não dar. Tenha sempre planos de contingência, prepare alternativas para as situações imprevistas, analise as possibilidades de erro. Esteja atento às mudanças e não espere as dificuldades para agir. Lembre-se do leão surdo.

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