O verdadeiro amor não se reduz ao físico nem ao romântico.
O verdadeiro amor é a aceitação de tudo o que o outro é, o que foi, que será e... o que já não é! Um homem de idade já bem avançada foi à Clínica onde trabalho, para fazer um curativo numa mão ferida... Estava apressado, dizendo-se atrasado para um compromisso, e enquanto o tratava perguntei-lhe qual o motivo de tanta pressa.
Ele contou-me que precisava de ir ao asilo de idosos para, como sempre, tomar o pequeno almoço com a esposa que estava lá internada.
Disse-me também que ela já estava há algum tempo internada nesse lugar, porque sofria de Alzheimer, infelizmente bastante avançado.
Enquanto acabava de fazer o curativo, perguntei-lhe se ela não se alarmaria pelo facto de ele chegar mais tarde.
- Não! - respondeu ele com um sorriso triste.-“ Ela já não sabe quem eu sou. Já há quase cinco anos, que não me reconhece.”
Admirada, perguntei-lhe:
- “Mas se ela já não sabe quem o senhor é, porque tem essa necessidade de estar com ela todas as manhãs?”
Ele então sorriu e, dando-me uma palmadinha na mão, respondeu apressado:
- “Pois… ela não sabe quem eu sou, mas eu, contudo, sei muito bem quem ela é!”
Os meus olhos encheram-se de lágrimas. Enquanto ele atravessava a porta de saída, eu pensei: este é que é o verdadeiro amor! Quem me dera tê-lo na minha vida...
NOTA:Traduzido e adaptado de um texto em espanhol, autor desconhecido
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
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