sexta-feira, 3 de abril de 2009

Se o arrependimento matasse...


CENA AMERICANA em Princeton, 1981.
A jovem Catherine Brown, cuja mãe a matriculara numa excelente escola privada de Nova Orleans para conseguir uma boa educação para a sua filha, quando chegou ao dormitório da sua nova Universidade (aquela que é considerada a incubadora da elite americana), encontrou então uma negra que seria a sua companheira e com quem teria de dividir o seu quarto durante todo o ano lectivo.
Quando a mãe de Catherine soube dessa desagradável surpresa, telefonou a meio mundo,
pedindo que mudassem a filha de quarto. Afinal, não era justo que a política de acção afirmativa de Princeton começasse por impor à sua menina a companhia desse tipo de gente.
Era mesmo muita falta de sorte, pois a escola tinha 1.100 alunos e apenas 94 caloiros eram negros. Como é conhecido, nos dormitórios das universidades forjam-se algumas das principais ligações sociais e de amizade da elite americana e o convívio com aquela negra seria no mínimo um desperdício de companhia.
A "negrona" chamava-se Michelle Robinson, que veio a ser a senhora de Barack Obama, diplomada por Princeton e Harvard e actual primeira-dama dos EUA.

Grande parte da vitalidade de uma amizade, reside pelo respeito das diferenças e não apenas no desfrutar das semelhanças.
(James Fredericks)

1 comentário:

ANTONIO CAMBETA disse...

Como diz o velho ditado nem tudo o luz é oiro, como tal não podemos julgar as pessoas pela sua cor, sua crença ou sua crença.

Os Cow-boys de então já aprenderam uma enorme lição.

Belo relato que poderá servir de exemplo para muitos que no seu ser não passam de racista e pessoas de má caractér.

Adorei, um óptimo fim de semana