quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Tic-tac...


Um, dois, Um, dois...
Despertador toca:
Levanta que são horas!
Um, dois, Um, dois,
Desce a escada a correr;
Olha o relógio: Tic-tac, Tic-tac
O trabalho começa! As horas passam...
Tic-tac, Tic-tac
Lentas... que cansaço!

Sai do trabalho
Transportes... compras! Tic-tac, Tic-tac
Corre para casa, que tarde...
Um, dois, Um, dois;
O jantar, as crianças...
Lava a loiça, passa a ferro;
Tic-tac, Tic-tac...
É tarde! Fazer amor?
Que cansaço!
Um, dois, Um dois...

Dormir... pouco, porque em breve o despertador toca;
Tic-tac, Tic-tac;
A vida esgota... o tempo passa...
Tic-tac, Tic-tac

2 comentários:

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Estimada Amiga e Ilustre Romancista e poetisa Irene,

Para mim o Tic Tac do relógio se faz ouvir, mas como já o comtemplei por tantos anos, e embora ele continue, felizmente, a mover os seus ponteiros, para mim as horas não contam, já não tenho esse problema de correias e me sujeitar a horários, esses tempos já passaram, agora vivo, olhando o relógioe com alguma nostalgia olhando o passando.
Esse tempo, para si virá, e depois sim poderá disfrutar de todo o tempo para fazer com calma tudo aquilo que lhe apeteça.
Um abraço amigo, adorei seu poema.
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Te aguardo com ansiedade
e os ponteiros do relógio mirando,
me parece uma eternidade
e eu aqui te esperando

Cada segundo que passa
faz palpitar meu coração
talvez o faça por graça
chamando à atenção

Fecho os olhos, e ali estás
não passa de uma ilusão
pois sei que com outro estarás
martirizando meu coração

Sei que junto não estaremos,
mas nunca perderei a esperança,
sei até o que poderemos,
com amor tudo se alcança

Ordeno ao tempo para parar
mas os ponteiros não obedecem
nem minha dor quer sarar
nem minhas mãos elas aquecem

Faz um frio de gelar
e eu na praça parado
sabendo que has-de de chegar
junto a outro seu amado

Vejo as horas passar
conto os segundos em vão
não deixarei de te amar
sinto palpitar meu coração

A noite essa vai chegando
se vai apagando a luz em meu sorriso
e os ponteiros do relógio sempre andando
me faz ficar tonto sem juizo

O meu pensamento vagueia
olhos as horas mas em vão
vejo tudo o que me rodeia
me dá aperto no coração

Ah!... relógio malfadado
que horas continuas a dar
não passo de um desgraçado
desejoso de teu olhar

Bloqueio o caminho das lágrimas
meus olhos embanciados estão
aguardando teus beijos, tuas dádivas
sabendo que não voltarão

Meu pensamento vai vagueando
recordando tempos de outrora
sofro porque vou amando
ficarei até ao nascer da aurora

Relógio amigo, fiel, sempre correndo
não paras para descansar
vê que eu, estou sofrendo
sem saber se hei-de amar

Teus ponteiros,
se cruzam no tempo
são solidários e companheiros
eu parado não aguento

Vislumbro uma sombra familiar
que para mim se vem dirigindo,
vejo perto o seu olhar
ou será que está fugindo!...

Não!... ela ali está alegre e sorridente
seu relógio tinha parado
foi só isso simplesmente
não esquecendo o seu amado

O tempo para mim parou
e logo ali nos beijámos
feliz é quem sempre amou
e os segundos já não contámos

Os ponteiros se uniram
em bela relação de amor
e pela vida assim seguiram
cheios de vida de alegria e de calor.
Tói Cambeta

artesdeaffonso disse...

Olá Irene muito grato por tua visita, obrigado pelo comentário, foi muito agradável de se ler... fico contente em ver que pessoas como vc reconhece nessas manifestações através da pintura a mensagem por tras delas, muito obrigado e claro teu blog é muito interessante estaremos sempre por aqui