sábado, 5 de fevereiro de 2011

Os casinos em Macau...


Nestes dias de férias em Macau, é a loucura total nas apostas dos casinos. O jogo entre os chineses é mais que um mero entretenimento: é praticamente um instinto nato.
De tal forma esta "necessidade" está no seu sangue, que um simples camponês que passa o ano inteiro a fazer os mais incríveis sacrifícios para economizar algum dinheiro do seu magro salário, repentinamente entrega-se de corpo e alma ao jogo em arriscadas operações, nas salas de qualquer casino, em busca da fortuna.
À falta de casinos autorizados na China e havendo numerosos adeptos em busca de apostas para desafiar a sorte, existe grande variedade de jogos, são tantos que é difícil enumerar. Esta prática estende-se às ruas, praças, casas de chá, feiras e outros espaços públicos ou mesmo em casa de cada um onde se juntam grupos para fazerem as suas apostas desde o mahjong aos tabuleiros de xadrez chinês.
Os casinos de Macau são bem conhecidos em todo o mundo e arrastam consigo uma longa história.
Macau é uma das poucas cidades da Ásia, onde o jogo é legalizado, sendo a única da China autorizada a tal, tornando-se um roteiro do jogo, conhecida como a "Las Vegas do Oriente"!
Dezenas de casinos fazem a felicidade e a desgraça dos seus apostadores.
Começando pelo primeiro, o emblemático e mundialmente conhecido Hotel e Casino Lisboa, inaugurado nos anos 60, juntando-se-lhes gradualmente, o Sands, o Winn, o Venetian - actualmente o maior casino do mundo e uma recriação da cidade de Veneza, com canais, gôndolas, 3000 suites e que alberga o Cirque du Soleil -, e o MGM Grand Macau.
Muitos outros vão crescendo como cogumelos num bocado de terra roubado ao mar, o Cotai, uma zona entre as ilhas de Coloane e Taipa, que continua a afirmar-se e a preparar-se para receber outros mega empreendimentos para fazerem companhia aos já existentes.
Mega hotéis-casino ligados a não menos mega grupos que incluem o Four Seasons, City Dreams, Grand Hyatt, Shangri-La, Traders, Sheraton, St. Reggis, Hilton, Conrad, Fairmont e Raffles que, no total, representarão mais de 40 mil quartos.

Estes casinos oferecem provavelmente a maior variedade de jogos no mundo, tais como o baccarat, blackjack, roleta, boule, "pequeno e grande" fan-tan e, como não podia deixar de ser, uma variadíssima gama de máquinas espalhadas por todo o lado, mas as apostas fortes, são feitas nas luxuosas salas privadas onde são colocadas nas mesas verdadeiras fortunas, e não é por acaso que estes casinos têm tido lucros fabulosos...

Em Macau, habitam duas sociedades, que nunca ou raramente se encontram: as pessoas que residem e trabalham no Território e um segundo grupo, o dos forasteiros e dos marginais, aqueles que investem muito tempo e dinheiro num dos 33 casinos que transformaram Macau numa versão oriental (e ainda mais sofisticada) de Las Vegas.
O contraste entre as duas faces da cidade é tão estranho quanto evidente: por alguma razão, os funcionários públicos não estão autorizados a apostar nos casinos, da mesma forma que muitos dos jovens residentes evitam a realidade do jogo... porventura porque conhecem histórias desprovidas do colorido dos néons, que iluminam estes espaços onde o Sol nunca espreita.
Para muitos que conseguiram os seus postos de trabalho nestes casinos, abertos 24 horas, a manhã seria igual à madrugada, não fosse o ar desgastado da clientela ou algum abrandamento no fluxo de jogadores.

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