sábado, 21 de março de 2009

Hoje é o dia dedicado à ARVORE


As árvores produzem beleza para os olhos, na mudança subtil das suas cores e estações...
A árvore é sombra protectora, sombra que varia com o dia, que avança e faz variados rendados de luz semelhantes à estrelas...
As árvores são sinónimos de eternidade
...que o Homem pense nisso, que as proteja e respeite!

Horas mortas... curvadas aos pés do Monte
A planície é um brasido... e, torturadas,
As árvores sangrentas, revoltadas,
Gritam a Deus a bênção duma fonte!

E quando, manhã alta, o sol postonte
A oiro a giesta, a arder, pelas estradas,
Esfíngicas, recortam desgrenhadas
Os trágicos perfis no horizonte!

Árvores! Corações, almas que choram,
Almas iguais à minha, almas que imploram
Em vão remédio para tanta mágoa!

Árvores! Não choreis! Olhai e vede:
- Também ando a gritar, morta de sede,
Florbela Espanca

1 comentário:

António Manuel Fontes Cambeta disse...

Estimada Amiga e Ilustre Poetisa, adorei esta sua bela descriação sobre as àrvores, que igualmente simbolam o homem, porém existe uma diferença, as árvores morrem de pé ao contrário do homens, que, esses não tem lugar definito para dar a alma ao criador.
Adorei igualmente, e lhe agradeço o gentil comentário postado em meu parco blog.
Acabei de chargar da cidade de Nakhon Naioke, onde fui passar o dia.
Meus respeitosos cumprimentos a seu esposa essa forte árvore cuja sombra a protege e acrinha.
Um abraço amigo